X – A Marca da Morte | Confira nossa crítica

Quando o filme de terror, como X – A Marca da Morte, não é só uma simples história repleta de sangue e te faz encarar as hipocrisias da vida, até que vale a pena ficar com os olhos abertos.

Marca da Morte
Ficha Técnica
Título: X – A Marca da Morte
Ano de Produção: 2021
Dirigido Por: Ti West
Estreia: 11 de agosto de 2022
Duração: 1h45min
Classificação: +18 anos
Gênero: Terror
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Em 1979, Maxine, uma atriz pornô, Wayne seu namorado e produtor e mais um grupo de atores e pessoas vão para o Texas em uma fazenda, propriedade de Howard e Pearl, um casal idoso, para gravar o novo filme pornográfico The Farmer’s Daughters. Quando o grupo chega na propriedade, são recebidos pelo casal – que apresenta estranhas características. Howard é temperamental com o grupo, sempre falando sobre sua espingarda, enquanto Pearl começa a perseguir Maxine silenciosamente. Com as gravações iniciando sem o conhecimento do proprietário do local, Pearl começa a agir estranhamente e pessoas passam a desaparecer. Howard acaba descobrindo o real motivo do filme e o elenco passa a ter que começar a lutar por suas vidas. No entanto, o idoso casal tem mais a esconder do que apenas não querer que sua pequena fazenda seja um cenário de filme adulto.

Enredo fácil, mas com alguma camada

X – A Marca da Morte é uma história fácil de compreender: uma produtora de filmes adultos vai a uma fazenda, no interior do Texas, filmar o filme, As Duas Filhas do Fazendeiro (acredito que todos têm a mente fértil o bastante para saber como será o filme).

Marca da Morte

Na “casa grande” habitam somente um casal de idosos, um tanto quanto excêntrico e religioso, que não faz ideia do que a produtora irá fazer ali. Até que em pleno ato fatídico que dá vazão ao filme pornográfico, os atores são pegos.

Dessa forma, não é difícil adivinhar o que vai acontecer à equipe?! Afinal, estamos situados em um palco totalmente característico de um filme slasher.

Logo, preparem-se para muito sangue, cabeças esmagadas e outros deleites que só um filme de terror pode nos oferecer.

O filme pode até trazer alguns pontos capazes de confrontar com a mesmice fatídica de seu subgênero, mas não inova quanto à temática. Isso porque, ainda que te deixe na dúvida de qual personagem vai sobreviver à história, o plot já foi utilizado em filmes como a franquia Pânico, por exemplo.

Sem contar com alguns momentos em que o esdrúxulo se torna cômico, principalmente, nos momentos em que a vilã Pearl (não direi o nome de atriz, para não estragar a surpresa) aparece. Não sei se era a intenção do roteiro de Ti West, mas o riso no momento de tensão sobreveio, em vários momentos.

Produção Técnica como um Personagem

A fotografia de X – A Marca da Morte é um espetáculo à parte, principalmente, em quadros como o nado de Maxine (Mia Goth) no lago da fazenda e a dança de Pearl com sua imagem no tom escarlate, refletida pelo sangue de uma vítima.

Marca da Morte

Sem contar a inteligente alternância do tamanho dos quadros e os momentos de tela dividida, que transmitem uma sensação de contraste para o filme, totalmente viável ao contexto da história.

É como se o enquadramento fosse um outro personagem do longa e fizesse, também, parte do próprio roteiro. Algo, aliás, que me remeteu à direção de Coppola em seu saudoso Drácula de Bram Stoker.

Tudo isso embalado por uma trilha sonora digna de um filme ambientado nos anos 70, com músicas que repercutem no imaginável do espectador e têm citações diretas com o destino dos personagens e a lição que o filme quer passar. Canções, aliás, que colidiram de maneira eficaz com o tom mais dramático na segunda parte do filme.

O que denota toda a dicotomia entre Expectativa X Realidade da protagonista e antagonista. Isto é, X – A Marca da Morte foi todo trabalhado para contextualizar a sua própria frase: “Eu sou você amanhã”. 

Veredicto: X – A Marca da Morte

Digno da cadeira cativa do gênero, X – A Marca da Morte não é inovador. É a mistura de tudo o que é eficaz em um filme slasher, sem medo de ser explícito. Mas não se engane! Ele é capaz de ironizar toda a hipocrisia tão fatídica do seu próprio subgênero.

Detalhe: o final nos deixa curioso para o seu prelúdio, que já foi confirmado!

Até mais, e Obrigado pelos Peixes!
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