Algumas gerações depois do filme anterior, finalmente chegamos ao ponto em que os macacos não conheciam humanos que falam mais, e com isso, a palavra de Cesar é distorcida por algumas tribos. Uma humana desconhecida surge e acaba tirando a paz de uma vila pacífica.
Título: Planeta dos Macacos: O Reinado |
---|
Ano de Produção: 2024 |
Dirigido Por: Wes Ball |
Estreia: 09 de maio de 2024 |
Duração: 2h 25min |
Classificação: 14 anos |
Gênero: Resposta em itático e cinza claro |
País de Origem: Resposta em itático e cinza claro |
Sinopse: Planeta dos Macacos: O Reinado dá continuidade à saga dos primatas inteligentes, situando-se em um futuro distante após os eventos de Guerra pelo Planeta dos Macacos de 2017. Com muitas sociedades de macacos surgindo desde a liderança de Caesar (Kevin Durand), a divisão entre eles é evidente: alguns desconhecem completamente os feitos do líder, enquanto outros distorcem seus ensinamentos para construir impérios poderosos. Neste novo mundo, um líder macaco busca escravizar outros grupos para adquirir tecnologia humana, desencadeando uma luta pelo poder e sobrevivência. Enquanto isso, um jovem macaco testemunha da captura de seu clã e inicia uma jornada em busca da liberdade. No entanto, é uma jovem humana que se torna a chave para os destinos entrelaçados dessas diferentes facções. Planeta dos Macacos: O Reinado fala em questões de poder, liberdade e coexistência, enquanto os primatas evoluídos e os humanos lutam para encontrar seu lugar em um mundo pós-apocalíptico onde os segredos do passado podem determinar o futuro de todos. |
---|
O futuro é logo ali
“Planeta dos Macacos: O Reinado” é uma obra que nos transporta para um futuro distante, onde a evolução e a regressão da humanidade e dos símios se entrelaçam em uma narrativa densa e emocionante. O filme, ambientado 300 anos após os eventos de “A Guerra”, apresenta uma sociedade simiesca complexa e dividida, onde o legado de César é tanto um farol de esperança quanto um fardo distorcido pelas gerações.
A introdução de Noa, um macaco da Tribo da Águia, é uma escolha narrativa astuta que nos permite explorar as nuances desse novo mundo através de seus olhos. A busca de Noa por sua família capturada é o fio condutor que nos leva por uma jornada de descobertas e revelações. Acompanhado por Raka, um orangotango sábio, e Mae, uma humana que desafia as expectativas de sua espécie, Noa enfrenta desafios que testam não apenas sua coragem, mas também suas convicções.
Clássicos nunca morrem
O filme brilha ao resgatar elementos do clássico de 1968, com primatas que remetem às suas versões originais, enquanto o CGI moderno traz uma camada adicional de realismo e expressividade. A comunicação e a cultura das diferentes tribos são exploradas com uma riqueza de detalhes que enriquece o universo da franquia.
No entanto, “O Reinado” hesita ao não abordar a viagem no tempo, um elemento icônico da série original que poderia ter adicionado uma camada extra de complexidade à trama. Além disso, o filme parece regredir ao ignorar a premissa estabelecida anteriormente de que não haveria mais humanos falantes. Ao reintroduzir uma humana articulada como Mae, o filme perde a oportunidade de explorar mais profundamente a (des)evolução da linguagem e comunicação.
Podemos dizer que “O Reinado” é um filme que captura a essência da luta pelo poder e identidade, tanto pessoal quanto coletiva. A direção de Wes Ball é competente, mantendo o ritmo e a tensão ao longo da narrativa, embora não alcance o vigor dos filmes anteriores.
Veredicto Final
Em suma, “Planeta dos Macacos: O Reinado” é uma adição valiosa à saga, que, apesar de seus deslizes, oferece uma aventura sci-fi cativante e reflexiva. É um filme que certamente agradará os fãs de longa data e atrairá novos admiradores, mantendo viva a chama de uma das franquias mais queridas do cinema.