TOC TOC TOC – Ecos do Além | Confira nossa crítica

Toc Toc Toc - Ecos do Além 01

“Toc Toc Toc – Ecos do Além” (2023) pode até ecoar para nós de forma familiar, mas nos surpreendendo pela sua transição entre o horror psicológico para o fantástico.

Ficha Técnica
Título: “Toc Toc Toc – Ecos do Além”
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Samuel Bodin
Estreia: 31 de agosto de 20023
Duração: 1h 28min
Classificação: 16 anos
Gênero: Terror
País de Origem: EUA
Sinopse: TOC TOC TOC – Ecos do Além é um filme norte-americano de terror dirigido por Samuel Bodin (Marianne, T.A.N.K.) e estrelado por Lizzy Caplan, Antony Starr e Woody Norman. Ligeiramente inspirada no conto O Coração Delator, de Edgar Allan Poe, a trama se passa em uma pequena cidade, em uma casa aparentemente comum, e acompanha Peter (Norman), um tímido menino de oito anos. Um dia, Peter começa a ouvir uma misteriosa e incessante batida vinda de dentro da parede de seu quarto e, apesar de contar para os pais, eles insistem que tudo não passa de um fruto da imaginação fértil do filho. Porém, quando uma série de acontecimentos macabros começam a intensificar o medo de Peter, ele passa a suspeitar de que seus pais estejam escondendo um terrível segredo. Nessa família envolta em enigmas, caberá à professora substituta do menino levantar a questão: o que pode acontecer a partir de agora?

 

Mais um filme de terror?

Assim como o gênero de adaptações de HQ de super-heróis para o cinema, o gênero de horror tem sido tão levado para a tela grande que acaba transitando entre o desgaste e a criatividade. Curiosamente, alguns filmes nos dão aquela típica sensação de Déjà vu, mas que para a nossa surpresa ainda funciona, desde que o realizador crie uma atmosfera que realmente nos cause incomodo em algumas passagens da história.

Direção e narrativa

Dirigido por Samuel Bodin, e estrelado por Lizzy Caplan, Antony Starr e Woody Norman. O longa é ligeiramente inspirado no conto “O Coração Delator”, de Edgar Allan Poe, mas aqui a trama se passa em uma pequena cidade, em uma casa aparentemente comum, e acompanha Peter (Norman), um tímido menino de oito anos. Um dia, Peter começa a ouvir uma misteriosa e incessante batida vinda de dentro da parede de seu quarto e, apesar de contar para os pais, eles insistem que tudo não passa de um fruto da imaginação fértil do filho.

Toc Toc Toc - Ecos do Além 02

Samuel Bodin capricha na construção de uma atmosfera mórbida, sendo que a casa onde acontece os principais eventos da trama mais parece que foi extraído de um conto de fadas gótico e que já nos dá entender que o lugar possui misteriosos segredos. Durante o percurso ficamos o tempo todo ao lado de Peter, já que nos identificamos com ele por ser alguém que sofre bullying na escola, mas ao mesmo tempo sofrendo a superproteção de pais estranhamente peculiares para dizer o mínimo. Por conta disso, ele já se vê diante de um horror psicológico e que nada deve para qualquer Bicho-papão que poderá surgir ao longo da projeção, mas que fará também despertar o seu o lado obscuro para dizer o mínimo.

Curiosamente, Samuel Bodin cria um verdadeiro pega ratão para aqueles que estão assistindo a trama, pois quando achamos que já temos uma vaga ideia de quem é o verdadeiro mau em pessoa, eis que os desdobramentos da trama nos fazem testemunhar algo fora do que a gente imaginava. Até lá, não faltam ingredientes típicos do cinema de horror que no passado deram certo, mas que se não forem bem dirigidos acabam se tornando o mais do mesmo. Não é o que acontece aqui, já que o realizador os realiza com bastante exito e fazendo com que qualquer barulho, rangido da porta ou vulto se mexendo no canto da sala se torne algo amedrontador e criando em nós pura tensão.

Toc Toc Toc - Ecos do Além 01

Inspirações

Além disso, por mais que tente ser original, não há como negar que o cineasta buscou fontes de inspiração para a construção, tanto visual como narrativa. Em alguns momentos, por exemplo, o filme me lembrou tanto o maravilhoso “O Babadook” (2014), como também o questionável “Mama” (2013), principalmente em seu ato final. Porém, se neste último filme citado ele se entregava aos efeitos visuais duvidosos, aqui o diretor opta pelas velhas fórmulas de se fazer cinema de horror como antigamente e criando assim uma sensação de peso em determinadas cenas cruciais e que as tornam muito mais assustadoras do que a gente poderia imaginar.

Veredito

No saldo geral, o filme cumpre o que promete, ao nos criar uma sensação incomoda, assim como também nos fazendo temer pelo destino do protagonista. É claro que o final sempre nos dá uma pista para uma eventual continuação, mas em tempos em que Hollywood mais se entrega pela arrecadação da bilheteria do que pela criatividade eu duvido que um futuro segundo filme supere esse. “Toc Toc Toc – Ecos do Além” é um belo exemplo de filme de horror cuja criatividade e velhas fórmulas caminham de mãos dadas e fluindo perfeitamente.

Quer saber mais sobre filmes? Então, clique aqui!

Conheça nosso canal no YouTube: