Não Abra! | Confira nossa crítica

Não Abra!

Quando uma adolescente de família indiana percebe que algo sobrenatural está por perto, tudo pode acontecer!

Ficha Técnica
Título: Não Abra!
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Bishal Dutta
Estreia: 02 de novembro de 2023
Duração: 1h 39min
Classificação: 14 anos
Gênero: Terror
País de Origem: EUA
Sinopse:  A trama acompanha Sam (Suri), uma adolescente de origem indiana que vive nos Estados Unidos. Moradora de um subúrbio com sua família conservadora, Sam luta para lidar com várias inseguranças culturais, que acabam aumentando por conta de sua amiga distante, Tamira (Mohana Krishnan) – que sempre carrega consigo um misterioso jarro vazio. Após um desentendimento com a amiga, em um momento de raiva, Sam acaba quebrando o jarro, mas jamais poderia imaginar que, ao fazer isso, libertaria uma força demoníaca antiga e extremamente perigosa que sequestra Tamira. Desesperada, Sam faz de tudo para encontrar a amiga, mas sua busca faz com que ela mesma acabe na mira do demônio. Correndo sério perigo, ela deve desvendar segredos enterrados há muito tempo por seus ancestrais para conseguir se livrar da entidade que se alimenta de seus medos mais profundos.

 

Terror de Cultura Indiana

Agora não se trata apenas de assombrações norte-americanas ou modificações importadas, mas sim, de uma família vinda da Índia criando raízes na américa, e tendo que lidar com uma maldição vinda do outro lado do mundo.

A tardia descoberta cultural de Hollywood sobre lendas de países de fora das Américas consegue ser positiva (até certo ponto). Uma lenda (sobre o Pishacha) passa a rondar a vida de adolescentes imigrantes da Índia que vieram para longe, tentar uma vida melhor, traz uma história que respeita bem a religião alheia.

Não Abra

Crise Adolescente

A adolescente Sam, vinda da Índia com sua família, sacrifica até amizades para poder ser aceita pelos populares do colégio aonde estuda, e com isso, acaba se afastando das pessoas de seu país natal.

Atuações mornas, mas, que em alguns momentos até são convincentes, e situações bem genéricas, movem o filme de forma mediana a maior parte do tempo. Há alguns momentos em que até parece que vai começar a ficar melhor, mas, o roteiro não deixa.

Há várias chances da história ter um bom andamento, mas, infelizmente, sempre fica um ar de que algo está faltando para que a próxima cena tenha mais sentido em estar ocorrendo tão cedo.

Visualmente bom

Algo bom que podemos citar aqui são os efeitos especiais. São raros os momentos em que ficam estranhos, mas, a maior parte do tempo, são simples, mas, convincentes. A trilha sonora foi bem desenhada, e é uma das coisas positivas do filme (talvez a mais positiva), unindo o clima tenso e as músicas que embalam a cultura das famílias imigrantes.

Como temos na direção Bishal Dutta, é trazido a cultura de seu país natal com respeito e fidelidade (diferente do que ocorreria se fosse adaptado por um dos diretores mais comuns de Hollywood). Infelizmente, não é suficiente para que o filme seja incrível, mas, ele é bom para ver numa tarde no cinema, ou mesmo na TV de casa.

Mortes Estranhas

As mortes são bem estranhas, algumas com efeitos muito bons, e outras com momentos bem duvidosos (como o interesse amoroso da protagonista que mal aparece, e muita coisa é acelerada).

A fotografia do filme é um dos pontos altos do filme, junto da trilha sonora e de grande parte dos efeitos especiais. Talvez pudesse explorar mais o folclore em cima do “demônio”, para dar um pouco mais de firmeza à lenda, e um background menos supérfluo para os personagens terem um pouco mais de apelo com o público.

Assista o trailer:

Veredito Final

O filme não é ruim, mas, deixa a desejar, levando em conta a riqueza das histórias da Índia. Atuações mornas, roteiro até que razoável, efeitos bons, trilha sonora muito boa e fotografia caprichada. Mas, dava pra melhorar bastante, apesar de tudo.

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