O Panda lutador mais amado, interpretado por Jack Black, retorna em mais uma sequência divertida, em uma nova aventura, em busca de um sucessor e ao mesmo tempo tentar vencer uma oponente muito perigosa, vinda de uma cidade desconhecida.
Título: Kung Fu Panda 4 |
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Ano de Produção: 2024 |
Dirigido Por: Mike Mitchell |
Estreia: 21 de março de 2024 |
Duração: 1h 34min |
Classificação: Livre |
Gênero: Comédia, Aventura, Animação |
País de Origem: Eua |
Sinopse: Depois de três aventuras arriscando sua própria vida para derrotar os mais poderosos vilões, Po, o Grande Dragão Guerreiro( Jack Black) é escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz. A escolha em si já problemática ao colocar o mestre de kung fu mais improvável do mundo em um cargo como esse e além disso, ele precisa encontrar e treinar um novo Dragão Guerreiro antes de assumir a honrada posição e a pessoa certa parece ser Zhen (Awkwafina) uma raposa com muitas habilidades, mas que não gosta muito da ideia de ser treinada. Como se os desafios já não fossem o bastante, a Camaleoa (Viola Davis), uma feiticeira perversa, tenta trazer de volta todos os vilões derrotados por Po do reino espiritual. |
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Fim de uma era, início de outra
A franquia Kung Fu Panda enfrenta um revés um pouco desapontador em seu quarto capítulo, precisando “passar o bastão” neste novo capítulo. “Kung Fu Panda” já teve seus altos e baixos ao longo dos anos, mas o quarto filme da franquia, sob a direção de Mike Mitchell e Stephanie Stine, prova-se um desvio catastrófico de sua trajetória memorável. Enquanto Jack Black continua a brilhar como o hilário Po, o resto do elenco de vozes parece lutar sob o peso de um roteiro confuso e um pouco mal estruturado.
A premissa de Po traindo um novo Dragão Guerreiro sem uma justificativa convincente é apenas o começo dos problemas deste filme. O surgimento da feiticeira metamorfa Camaleoa (dublada por Viola Davis em inglês, e Taís Araújo no Brasil) poderia ter sido um conflito intrigante se não fosse por sua execução rasa e inconsistente. Os novos personagens parecem vazios e mal explorados, deixando os espectadores ansiando por mais profundidade e significado.
A Comédia que salva
A comédia ocasional de Po, ainda entregue com maestria por Jack Black, traz momentos de riso, mas não é suficiente para compensar a falta de coerência narrativa e o declínio na qualidade da animação. A decisão de reciclar a trilha sonora do filme anterior e reduzir drasticamente o orçamento de produção resultou em um visual simplório e desinteressante, carente da identidade visual marcante dos filmes anteriores. A inserção de “Oops I Did it Again” de Britney Spears, agora cantada por Jack Black, e Crazy Train (Ozzy Osbourne) versão instrumental com instrumentos chineses tradicionais foi uma das boas jogadas, em compensação.
O desrespeito aos personagens e ao Universo estabelecido, juntamente com a falta de desenvolvimento da trama e das motivações, tornam “Kung Fu Panda 4” uma decepção em vários aspectos, mesmo tendo alguns momentos divertidos. A tentativa de manter em aberto a possibilidade de um quinto filme parece mais uma medida desesperada do que uma promessa de redenção.
Magia perdida?
Em suma, “Kung Fu Panda 4” falha em capturar a magia e o encanto dos filmes anteriores, perdendo-se em uma mistura de elementos desgastados e falta de inovação. Mesmo os espectadores mais jovens podem se sentir desapontados com a falta de coesão narrativa e a superficialidade da história apresentada. Quando poucas piadas se salvam, talvez seja hora de arriscar algo diferente.
Veredito Final
Apesar dos momentos engraçados e da presença cativante de Jack Black, “Kung Fu Panda 4” não consegue resgatar a grandiosidade de seus predecessores, deixando os fãs da franquia ansiando por tempos melhores (o que eu mesmo espero, caso tenhamos o quinto filme da franquia). Tempo de Duração: 94 minutos.