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Dino Crisis | Um clássico que não pode ser esquecido

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Dino Crisis, uma obra prima que iniciou com um delicioso e afrontoso Survival Horror, prosseguiu com uma mistura de alta ação e terminou com algo que é difícil descrever. A franquia que tinha TUDO para dar certo, porém que acabou ficando apenas na memória dos gamers mais antigos. Aqueles que se aventuravam nos puzzles quase impossíveis de serem resolvidos ou na ação em meio a uma mistura de câmera fixa com 3D que parecia ser feita apenas para nos fazer morrer mais rápido.

Desenvolvida pela CAPCOM (mais conhecida pela criação de Resident Evil), a série de jogos eletrônicos de Dino Crisis teve seu primeiro lançamento em 1999, inicialmente para PlayStation 1. A trama nos faz embarcar em um mundo infestado de dinossauros, dos menores e extremamente rápidos e inteligentes (alguns se fingem de mortos, acredita?) para os mais gigantes e perigosos, fornecendo combates extremamente interessantes e desafiadores. E sim, ele teve uma super inspiração em cima dos clássicos filmes de Jurassic Park, obra que revolucionou o cinema em sua época.

Shinji Mikami, também pai de Resident Evil, foi o produtor desta franquia. Devido a isto, vários elementos que fazem referência ao amado jogo de zumbis foi trazido genialmente para o mundo dos dinossauros e vice-versa. Infelizmente com a saída dele da continuação do projeto, essa trama foi ladeira abaixo e a dona CAPCOM engavetou após o terceiro título numerado ser lançado.

Entretanto, como nunca é demais falar sobre ícones do universo gamer para que assim mais discípulos possam surgir e se deliciar, cá estamos. Minha missão é fazer você ficar com a pulguinha de atrás da orelha e procure o jogo para se esbaldar ou caso já tenha se aventurado por ele, quero te deixar com aquela vontade de repetir a dose! Bora?

Dino Crisis 1

O primeiro volume da franquia vem embrulhado com uma pequena (e deliciosa) dorzinha de cabeça, porém daquelas que não sossegamos até chegar ao final. Um Survival Horror que nos oferece puzzles dificílimos em ambientes claustrofóbicos, coleta de documentos, um “leva e traz” de itens para abrir portas avançando por cenários e tudo isso enquanto estamos cercados por dinossauros. Pouca munição nos é fornecida enquanto muito de nosso cérebro exigido.

S.O.R.T., uma equipe especial de resgate, recebe a missão de ir para uma ilha desconhecida e isolada chamada Ibis, em busca de um cientista que fugiu de seu país de origem e vem praticando estranhos experimentos no local. Ao chegar, a equipe já é capaz de ver a carnificina que os dinossauros fizeram e quantas vidas já haviam sido perdidas, deixando o local praticamente deserto, com cadáveres por todos os lados.

Durante o jogo, controlamos a protagonista Regina, uma especialista em armamentos, que durante sua investigação, descobre que o grupo de cientistas que trabalhavam com Edward Kirk, por quem vieram procurar, desenvolveram uma tecnologia chamada Third Energy (Terceira Energia). Esta energia criada é capaz de transportar seres e objetos por qualquer tempo, razão pela qual existem tantos dinossauros no local.

Num caminho extremamente desafiador, a missão é levar Kirk de volta a salvo, assim como o que restou da equipe de resgate. Durante o progresso do jogo, terão momentos em que podemos escolher por quais caminhos seguir, o que pode vir a resultar em três finais diferentes.

Dino Crisis 2

Chegando ao mais aclamado pela maioria dos fãs, pois aqui nos deparamos com aquela jogatina extremamente viciante que é impossível largar! A ação é o foco neste segundo volume, com um armamento bem criativo e divertido a nossa disposição. Também com uma grande diversificação dos dinossauros, que vão nos oferecendo desafios cada vez mais empolgantes.

Um ano se passou após os acontecimentos do primeiro jogo e agora além de controlarmos a protagonista Regina, também há momentos em que alternamos com Dylan Morton, membro de uma força especial do exército, Tenente da equipe que foi requisitada no local.

Agora nas mãos do governo, a Third Energy acabou sofrendo um novo acidente, o que ocasionou no desaparecimento de uma cidade e o surgimento de uma selva pré-histórica, infestada de dinossauros que estavam dilacerando tudo e todos que haviam restado no complexo de pesquisa militar do local. Encontros com pessoas viajantes no tempo, dinossauros em terra, mar e céu, esse jogo se transforma em um pacote brilhante e recheado para quem procura uma aventura sem igual.

Dino Stalker

Criado para ser um jogo de tiro em primeira pessoa, Dino Stalker é um spin-off da série de Dino Crisis, também considerado como uma pré-sequência ao Dino Crisis 2.

Neste controlamos o personagem Mike Wired, um soldado da Força Aérea dos EUA. Mike foi capturado durante a Segunda Guerra Mundial, em meio a uma batalha de aviões, sendo teleportado para outra dimensão. Em novo ambiente hostil, ele terá de se defender de vários dinossauros enquanto luta pela própria sobrevivência. Durante a queda, uma voz misteriosa fala por seu comunicador pedindo para que o protagonista se encontrasse com alguém desconhecido para ele até então… Aí que vemos a trama se conectar com a saga principal, matando algumas curiosidades que ficaram em aberto nos jogos anteriores.

É uma trama fraca e repetitiva, porém interessante para ser explorada pelos fãs, já que revelam alguns segredos e nos dão algumas surpresas muito bem-vindas!

Dino Crisis 3

O primeiro jogo da saga em que Shinji Mikami não participou da produção, ou seja… Exclusivamente lançado para o Xbox, chegamos ao último volume da trama (que ninguém lembra que existe e quem lembra, tenta esquecer).

Uma equipe de operações especiais chamada S.O.A.R. é mandada para investigar um novo incidente na nave Ozymandias, próxima ao Planeta Júpiter. Não demora para notarem o tremendo silêncio que se encontra no local inicialmente e consequentemente serem caçados pelos dinossauros que estão soltos dentro dela. Controlando desta vez um personagem chamado Patrick Tyler, devemos lutar contra os predadores com um número bem reduzido de armamentos.

Além de cenários repetitivos, eles eram enjoativos e bem sem vida. Para resumir, basicamente podemos dizer que a fórmula num todo para este último título, revoltou os fãs. E o que a CAPCOM optou em fazer após o fracasso dele? Abandonou a franquia.

Valeria a pena um Remake?

E como!

Existem fãs por aí (inclusive, obviamente quem vos fala) que sonham com um Remake. Os dois primeiros jogos são icônicos e amados por quem se aventurou por eles. Os demais não são tão conhecidos devido a exclusividade e… Por outras razões. Entretanto, a franquia mais do que merece ser resgatada das sombras. Imaginar a Regina, o Dylan e os demais personagens na Unreal Engine atual, é emocionante (até sinto um cisco cair no meu olho…)! Os combates com os dinossauros já são bonitos no gráfico antigo, se fossem nos atuais, ia deixar muitos marmanjos de queixo caído.

A CAPCOM já nos mostrou que sabe utilizar a tecnologia para desenvolver Remakes de alta qualidade. Muitos fãs clamam para que eles lembrem desta franquia e a revivam para os consoles de última geração, tanto que um dia a questionaram se haveria possibilidade de um retorno da franquia e eles falaram que se muito do público mostrasse interesse em cima de um novo título, era possível sim.

Se uma continuação ou Remake estariam em seus planos, só eles poderiam dizer… Mas levando tudo em consideração, o mais inteligente (e rentável para eles), seria voltar com tudo trazendo o game reimaginado desde os primórdios para conquistar tanto novos fãs como para chamar os antigões que já têm amor pela franquia.

Sinceramente, em minha humilde opinião, eu acho que um dia eles trarão este Remake sim. Apesar da esperança existir, ainda será um momento surpreendente, pois o silêncio é tanto que facilmente nos fazem desacreditar que vai sair de fato. Apoio e exijo uma revelação a altura! Só espero, do fundo do meu coração, que seja antes de eu completar meus 84 anos, hein?

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