Assalto na Paulista | Confira nossa crítica

Assalto na Paulista procura dramatizar um dos assaltos mais emblemáticos do país, em que uma associação criminosa assaltou um banco na avenida mais famosa de São Paulo e roubou um valor estimado de R$500 milhões.

assalto na paulista
Ficha Técnica
Título: Assalto na Paulista
Ano de Produção: 2021
Dirigido Por: Flávio Frederico
Estreia: 25 de agosto de 2022
Duração: 110 min
Classificação: 16 anos
Gênero: Suspense
País de Origem: Brasil
Sinopse: Em síntese, a história trata de um poderoso bandido do interior paulista, Rubens (Eriberto Leão), o qual criou uma jovem que fugiu de casa após ser violentada pelo próprio pai. Sua filha adotiva, Leônia (Bianca Bin) cresceu e tornou-se parte integrante do grupo criminoso comandado por ele.

Pontos Positivos

Eriberto Leão e Bianca Bin fizeram um milagre diante de um roteiro não tão bem elaborado. A interpretação de ambos saltava as telas, principalmente, quando a câmera focava nos rostos dos intérpretes de Rubens e Leônia.

Aliás, devo destacar, o trabalho de Bianca Bin, pois apesar do assalto ter sido “bem sucedido”, seus olhos sempre focados e lacrimejantes mostravam que nada estava bem, principalmente, em seu interior. Devo dizer que foi a única personagem na qual, realmente, eu me importei na trama.

A fotografia do filme também funciona, sobretudo, quando vemos os frames tanto das paisagens do interior paulista quanto das que mostram a própria Avenida Paulista.

Sem contar com a trilha sonora, pois embora alguns possam achar as músicas um tanto quanto piegas, eu acredito que elas ornaram com a proposta do longa-metragem e o ambiente interiorano, em que passa uma parte da trama.

Pontos Negativos

Contudo, embora a ideia de dramatizar o famoso assalto na Avenida Paulista seja promissora, acredito que o roteiro não funcionou como deveria. Isso porque, o filme não evolui bem.

A impressão era de que tudo foi jogado e que o espectador deveria entender como algo implícito. Ainda que seja uma forma de narrativa, é necessário atentar-se para que o desenvolvimento da história não acabe sem sentido.

Um exemplo disso são as dificuldades que “encaixaram” no assalto. Ou seja, elas não são suficientes para elevar a tensão do espectador. Ou ainda, a concretização do roubo em si, que transmitiu a sensação de que tudo foi muito fácil.

Ademais, devo dizer que excetuando os personagens de Leão e Bin, não é possível adquirir simpatia por nenhum personagem da associação criminosa. Isto é, nenhuma baixa dos integrantes é realmente sentida.

E, apesar das interpretações dos protagonistas estarem impecáveis, não posso dizer da história entre eles, pois a relação de pai e filha não foi devidamente construída. Justificando-se, apenas, em uma frase: “você teria a idade da minha filha se ela estivesse viva”.

O que é uma pena! Talvez, alguns minutos a mais de tela poderiam justificar a maior interação entre eles, em especial, nos flashbacks.

Veredicto: Assalto na Paulista

Com um quê de Faroeste Caboclo e Onze Homens e um Segredo, a obra traz uma excelente ideia em dramatizar um dos maiores assaltos do país. Ela empolga quanto às interpretações dos protagonistas, mas peca quanto à sua trama e interações mal construídas.

Até mais, e Obrigado pelos Peixes!

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