Depois de lançar FUBAR na Netflix, Arnold Schwarzenegger ganha uma série documental na plataforma de streaming, que chega ainda nesta semana. Em uma das cenas da obra (via Variety), o astro admite ter assediado mulheres no passado.
Cinco dias antes da eleição para governador da Califórnia em 2003, o Los Angeles Times publicou uma reportagem na qual seis mulheres acusavam Schwarzenegger de apalpá-las e humilhá-las.
Schwarzenegger disse na época que os relatos eram “inventados” e que ele “nunca agarrou ninguém”, embora também tenha admitido que “se comportou mal às vezes” no passado.
“Minha reação no começo, eu fui meio que… defensivo”, disse Schwarzenegger, que tecnicamente não se desculpou, na série documental de três partes da Netflix. “Hoje, posso olhar para isso e meio que dizer, não importa a hora. Se aconteceu há 40 anos atrás, ou hoje, isso é errado. Foi uma besteira. Esqueça todas as desculpas, foi errado.”
Apesar das alegações, Schwarzenegger ainda venceu a eleição. A investigação do Los Angeles Times acabou não afetando as pesquisas ou mesmo a carreira de Schwarzenegger.
“Pessoalmente, fiquei surpresa que não tenha tido mais efeito na eleição. Pensei que mais pessoas se ofenderiam”, diz a repórter Carla Hall, do Los Angeles Times, no documentário.
“Quando Schwarzenegger anunciou que estava concorrendo a governador, a equipe do LA Times imediatamente entrou em alta velocidade para começar a investigar histórias que ouvimos por anos, mas ninguém realmente as investigou completamente”, acrescenta. “Tivemos apenas seis semanas para trabalhar nisso e começamos a conversar com mulheres.”