Capcom Fighting Collection | Confira nossa review

Ficha Técnica
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Gênero: Luta
Série: Darkstalkers, Street Fighter, Red Earth, Cyberbots, Pocket Fighter
Lançamento: 24 de junho de 2022
Classificação indicativa: 12 anos
Modos: Single-player, Multiplayer
Disponível para: PlayStation 4, Nintendo Switch, Microsoft Windows, Xbox One

Muitos de nós, gamers, empregamos várias horas de nossas curtas vidas nos saudosos fliperamas de boteco, saindo na pancadaria nos grandiosos jogos de luta da época, ora com amigos, ora com estranhos com idade para serem seu pai. Fora das telas dos arcades, empresas ficaram marcadas pela competição acirrada de sempre estar em evidência. Capcom, SNK e Midway, todos os anos lançavam games atrás de games, a fim de abocanharem sua fatia do mercado. E como uma forma de resgatar os bons momentos dessa saudosa época, assim também como uma forma de celebrar os 35 anos da série Street Fighter, a Capcom decidiu lançar Capcom Fighting Collection.

Sobre a Coletânea

A coletânea compila as versões arcades de 10 games, lançados entre os anos de 1994 e 2003, sendo majoritariamente por games da série Darkstalkers (5 games), marcando assim a primeira vez em que todos os títulos da série estão disponíveis no ocidente. As demais séries presentes na coletânea são Street Fighter, Pocket Fighter, Red Earth e Cyberbots.
  • Darkstalkers:
    • Darkstalkers: The Night Warriors (1994)
    • Night Warriors: Darkstalkers’ Revenge (1995)
    • Vampire Savior: The Lord of Vampire (1997)
    • Vampire Hunter 2: Darkstalkers’ Revenge (1997)
    • Vampire Savior 2: The Lord of Vampire (1997)
  • Street Fighter:
    • Hyper Street Fighter II: The Anniversary Edition (2003)
  • Pocket Fighter:
    • Super Puzzle Fighter II Turbo (1996)
    • Super Gem Fighter Mini Mix (1997)
  • Red Earth:
    • Red Earth (1996)
  • Cyberbots:
    • Cyberbots: Full Metal Madness (1995)

Gameplay e Experiência

Se colocarmos de lado as opções de filtro com scanlines disponíveis e os papeis de parede utilizados para preencher a totalidade da tela, os títulos aqui se apresentam exatamente como eram em suas versões originais, na época em que foram lançados, com controles bem responsivos e sem lags que incomodem. Os modos de jogo presente em cada um dos 10 games são os básicos de qualquer fighting game de arcade: um modo arcade para 1 jogador; um modo versus; além de modos de jogo adicionados exclusivamente para a coletânea, um deles sendo um modo de treinamento, que por si só já dispensa explicações; e um modo online, com rollback netcode, para melhora da experiência online, podendo até mesmo ser feita buscas por partidas em todos os 10 títulos simultaneamente, com possibilidade de espera no menu, no jogo ou até mesmo no museu. O modo online oferece partidas casuais, ranqueadas, personalizadas e classificação nas ranqueadas, além de um modo espectador e opção de soltar ataque especial com um único botão. O game também conta com uma lista de golpes completa do personagem controlado, no menu de pausa. Também é possível realizar e carregar save states. Dos títulos presentes todos podem ser experimentados nos idiomas inglês ou japonês, com exceção de Vampire Hunter 2: Darkstalkers’ Revenge e Vampire Savior 2: The Lord of Vampire, disponíveis apenas em japonês. Os games também permitem ajustes de dificuldade, velocidade e número de rounds.

Sobre os títulos

  • Darkstalkers
Franquia relativamente popular da Capcom nos anos 90, trata-se de uma série de luta com personagens clássicos da literatura e da mitologia mundial, como Drácula, Frankenstein, Sasquatch e tantos outros. É a série com mais games da coletânea, contando com 5 games, sendo que é a primeira vez que 2 deles, Vampire Hunter 2: Darkstalkers’ Revenge e Vampire Savior 2: The Lord of Vampire, são lançados no ocidente.
  • Street Fighter:
De longe a série mais famosa dos games de luta, dispensa apresentações. Apesar de na coletânea possuir apenas um título, o game escolhido já é uma espécie de coletânea por si só. Lançado originalmente para arcades e PS2 em 2003, Hyper Street Fighter II: The Anniversary Edition, trata-se basicamente de um port modificado de Super Street Fighter II Turbo no qual os jogadores podem controlar qualquer versão dos personagens principais dos cinco jogos de Street Fighter II. No momento de seleção dos personagens, o jogador deve escolher um dos cinco jogos de Street Fighter II, o que limitará os personagens selecionáveis ao elenco do jogo selecionado, o que determina todas as características do personagem escolhido no jogo selecionado, desde o moveset, frames de animação, voz e retrato. Quanto aos cenários e finais dos personagens, são os mesmos de Super Street Fighter II Turbo.
  • Pocket Fighter:
Versões chibi (miniaturas) de personagens das séries Street Fighter e Darkstalkers se enfrentam em gêneros de puzzle e luta nesta coletânea. Super Puzzle Fighter II Turbo é um game de puzzle, em que cada jogador controla pares de gemas que caem em um campo de jogo, semelhante a tetris. Em Puzzle Fighter, no entanto, as gemas só podem ser eliminadas entrando em contato com uma Crash Gem da mesma cor, que elimina todas as gemas adjacentes de mesma cor. Quando as gemas são eliminadas, Counter Gems caem no campo de jogo do oponente. O jogo continua até que o campo de um jogador atinja o topo de sua tela. Enquanto o gameplay decorre, os personagens escolhidos executam golpes no centro da tela, um no outro, até que ocorra o nocaute. Já Super Gem Fighter Mini Mix é uma versão com quase o mesmo elenco de Puzzle Fighter, mas sem o gameplay de puzzle, desta vez sendo um game de luta propriamente dito, com os mesmos sprites em chibi. Possivelmente o game mais divertido da coletânea, com muitos easter eggs do universo Capcom nos golpes dos personagens e nos cenários. Merecia um remake modernizado no mesmo estilo.
  • Red Earth:

Lançado no Japão como War-Zard, é um jogo de luta 2D com tema de fantasia, com tons de RPG, que apresenta dois modos de jogo diferentes: um modo Quest, para um jogador, e um modo Versus. No Quest Mode, o jogador escolhe entre quatro personagens e progride em uma história de seu personagem enquanto luta contra uma série de oito adversários controlados pela CPU, ganhando experiência pontos durante cada batalha, que são usados para melhorar o ataque e defesa do personagem e adquirir novos golpes. Passwords também são disponibilizadas para recuperar posteriormente o nível de habilidade que seu personagem atingiu durante seu progresso no modo Quest. Importante ressaltar que esta é a primeira vez que Red Earth foi lançado em consoles, desde seu lançamento, há 25 anos.

  • Cyberbots:
Franquia de onde saiu Jin Saotome e seu mecha Blodia, de Marvel VS. Capcom, Cyberbots é um game spin-off do jogo beat’em up Armored Warriors, semelhante a outros tantos jogos de luta criados pela Capcom, mas dessa vez, com mechas. Partes selecionáveis dos mechas, como diferentes pernas (que afetam as habilidades de movimento), braços (que afetam as capacidades de alcance e melee) e armas podem ser combinadas. Cada robô também possui um medidor que é carregado com energia toda vez que atinge o oponente ou quando os botões de ataque são pressionados simultaneamente. Uma vez com a barra totalmente carregada, um “super especial” pode ser executado. O título menos charmoso e menos interessante do pacote.

Galeria e Extras

Além dos modos em que a porrada come solta, há também o já conhecido modo museu presente em várias coletâneas, onde aqui é possível ver concept arts, documentos de design e um music player para conferir a trilha sonora de cada game. Também é possível acompanhar o progresso de suas conquistas em um modo chamado Prêmios do lutador (desafios), onde fica disponibilizado seu perfil.

Capcom Fighting Collection: Vale a pena?

Seja você um apreciador de bons games de luta, um saudosista da franquia Darkstalkers,  um explorador em busca de conhecer novas séries com menos notoriedade ou apenas queira reviver com os amigos os bons tempos de boteco, é uma coletânea que vale a pena ser conferida. Um grande louvor a Drakstalkers, mas uma pena que outras franquias não sejam também lembradas pela Capcom, como Rival Schools, Power Stone, Dino Crisis e tantas outras. As escolhas aqui agradam pela quantidade de títulos, variedade e qualidade. Sem dúvidas a coletânea com menos holofote dos últimos tempos, mas que nem por isso deve deixar de ser conferida.

 

 

O Teoria Geek agradece a Capcom pela chave de PlayStation 4 fornecida para a produção dessa análise.


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