Durante a segunda edição da Gamescom 2025, tive um encontro especial com Eddie Antonini, representante da Tectoy, que trouxe atualizações empolgantes sobre o projeto Zeenix — o console portátil nacional que busca concorrer com gigantes como o Steam Deck e o Nintendo Switch. A conversa, conduzida por mim, teve também participação de Bruno, da BlackRock, revelou os próximos passos da empresa e reforçou o comprometimento com o público gamer brasileiro.
Do Lite ao Pro: evolução e novidades do Zeenix
Segundo Eddie, após o lançamento do Zeenix Lite, o modelo de entrada já disponível nas lojas da Tectoy e no site oficial do projeto (zeenix.gg), a versão Zenix Pro está prestes a chegar. Previsto para ainda este semestre, o novo modelo promete melhorias significativas e vem acompanhado de uma linha de periféricos, incluindo dois teclados (65% e 75%), mouse e o aguardado Zeenix Pro Controller, cuja face será removível, abrindo espaço para possíveis edições especiais no futuro.
“Não posso confirmar nem negar, mas fica a informação: o controle terá frente removível“, brincou Eddie, alimentando o mistério — e o hype — em torno de possíveis parcerias e customizações inspiradas em personagens como Sonic.
A transparência como estratégia
Durante a conversa, Eddie destacou a importância da responsabilidade na comunicação com o público. “Anunciar algo antes da hora pode frustrar expectativas“, explicou. Ele também enfatizou o cuidado com prazos e informações, mesmo diante da ansiedade dos fãs. “Nós também somos o público“, comentou. “Quero muito contar tudo, mas aprendi com o tempo a ter calma.“
Essa sinceridade tem sido um diferencial da Tectoy, que, apesar de críticas e piadas online — algumas de mau gosto, segundo o próprio — apóso lançamento do Zeenix Lite, vê nas interações dos fãs um reflexo do carinho pela marca. “O humor do brasileiro é maravilhoso. Faz parte da jornada.“
Jogos no Zeenix: liberdade acima da exclusividade
Quando perguntado sobre títulos exclusivos, Eddie foi direto: nenhum. “Libere seu jogo” é o lema do Zeenix, e com razão: por rodar Windows 11, todo jogo compatível com PC pode rodar no console, tornando exclusividade algo desnecessário. “Faz mais sentido abrir o jogo do que fechá-lo“, defendeu.
Ainda assim, ele revela que a receptividade de desenvolvedores — especialmente independentes — tem sido excelente. A Tectoy está incentivando produtores brasileiros e latino-americanos a adaptarem seus jogos com suporte a controle e touch screen, duas das principais funcionalidades do Zenix. “Quero muito ver jogos brasileiros rodando nele”, declarou.
E o Double Dragon do Zeebo?
A cereja do bolo foi a pergunta sobre o lendário Double Dragon do Zeebo, considerado por muitos como a melhor versão do clássico. Eddie não fugiu da resposta: “Hoje não está no roadmap. Mas… nada é impossível.” A possibilidade, embora remota, ainda habita os sonhos nostálgicos dos fãs.
Conclusão: Zeenix é mais que um console, é um convite à comunidade
O papo com Eddie Antonini revelou não apenas os planos da Tectoy, mas também a filosofia por trás do Zeenix: criar um console aberto, com espaço para inovação, desenvolvedores independentes e personalização. Em um mercado saturado de promessas grandiosas e entregas frustrantes, a Tectoy aposta no caminho da transparência, acessibilidade e diálogo com o público.
Na Gamescom 2025, ficou claro: o Zeenix não é só mais um portátil — é o começo de uma nova era para o gaming brasileiro.
Veja a entrevista na íntegra: