Yu Yu Hakusho | Confira nossa crítica

Sucesso absoluto nos anos 90, a obra do mestre Yoshihiro Togashi enfim ganha sua tão aguardada versão live action. Versão, infelizmente, bastante questionável!

Ficha Técnica
Título: Yu Yu Hakusho
Ano de Produção: 2022
Dirigido Por: Akira Morii e Kaata Sakamoto
Estreia: 2023
Duração: 5 episódios
Classificação: 16 anos
Gênero: Ação
País de Origem: Japão
Sinopse: Depois de perder a vida em um ato de bondade, o delinquente juvenil Yusuke Urameshi é chamado para ser detetive espiritual e investigar casos de Yokais perigosos.

 

Resumo do Resumo

Baseado no mangá homônimo, Yu Yu Hakusho foi adaptado para anime em 1992 e rapidamente ganhou fama mundial. Deixando, desde o seu encerramento, uma saudosa base de fãs para trás! A qual os produtores da série em questão buscavam alcançar com esse esperado lançamento da Netflix.

Contudo, apesar de seguir a premissa básica da história original, acompanhando o processo evolutivo de Yusuke Urameshi (Takumi Kitamura) como Detetive Espiritual, a produção cometeu o erro crasso de tentar espremer 66 episódios em 5. Cortando a melhor saga, inclusive, o espetacular Torneio das Trevas.

Obviamente, essa insanidade custou caro! Sendo eliminados no processo dezenas de personagens importantes e encurtados arcos que requeriam mais tempo para atingir a excelência. Com tudo soando absurdamente açodado e reduzido, até mesmo desleixado em alguns trechos.

Sem Alma

No ritmo do corre-corre da cidade grande, as maiores qualidades da icônica animação foram deixadas para trás. Tal qual a ligação bem trabalhada entre os protagonistas, que geravam cenas extremamente emocionantes ao longo da trama. Coisa inexistente nesse insípido live action!

A despeito das coreografias fantásticas das lutas e da fidelidade à aparência dos personagens, o roteiro exclui toda e qualquer profundidade do enredo. Ao ponto de cenas marcantes como o velório do Yusuke e a morte da Mestra Genkai (Meiko Kaji) passarem batidos, sem causar comoção alguma.

Isso para não falar das perucas estilo cospobre de alguns atores, dos golpes saindo sem ser conclamados, da trilha sonora inacreditavelmente genérica (usar a consagrada para que, né?), da abertura sem sal e da sentida ausência dos diálogos cômicos. Coisas deveras relevantes no anime, mas que foram escanteadas, de maneira indefensável, na série!

Oportunidade Desperdiçada

Todavia, ainda que detenha falhas grosseiras, a adaptação não chega a ser ofensiva como Os Cavaleiros do Zodíaco: O Começo ou Dragonball Evolution. Afinal, pelo menos reconhecemos os personagens ao vê-los e suas personalidades foram devidamente respeitadas pelos produtores.

Outro ponto que merece elogios é a dublagem, trazendo quase a totalidade das vozes presentes na famigerada animação. Fato o qual causa enorme nostalgia, mesmo perante todos os problemas ao redor! Até porque Yu Yu Hakusho sempre foi lembrado, justamente, pelas suas falas singulares.

Já as atuações do elenco variam bastante, com destaque positivo para o impecável Shuhei Uesugi como Kuwabara e negativo para o protagonista, excessivamente carrancudo. No geral, porém, todos honraram a privilegiada chance que receberam! Valendo uma menção especial a Sei Shiraisi e Kotone Furukawa, brilhantes encarnando Keiko e Botan.

Por fim, fica a sensação de que faltou capricho para o resultado derradeiro sair à altura do notável nome da franquia. Pois os efeitos especiais foram decentes, os cenários deslumbrantes e as caracterizações razoavelmente bem feitas, mas o roteiro rushado jogou tudo por água abaixo. Pelo visto, não aprenderam nada com o sucesso recente de One Piece!

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