Voice of Cards: The Beasts of Burden | Confira nossa review

Temos que pegar? Eu quero ser o melhor dos treinadores? Confira nessa review!

Voice of Cards: The Beasts of Burden é o terceiro game da franquia Voice of Cards, que curiosamente surgiu em outubro do último ano e já conta com 3 games, em menos de 1 ano. A série, é uma nova franquia da Square Enix, com envolvimento da equipe por trás das séries Drakengard e Nier, tais como o diretor de criação Yoko Taro, o produtor executivo Yosuke Saito, o diretor musical Keiichi Okabe e o designer de personagens Kimihiko Fujisaka. Os games, no entanto, podem ser apreciados de forma independente, como games stand alone, cada um fornecendo uma história diferente.

Ficha Técnica
Desenvolvido por: Alim
Publicado por: Square Enix
Gênero: RPG
Série: Voice of Cards
Lançamento: 13 de setembro de 2022
Classificação indicativa: 12 anos
Modos: Single-player, Multiplayer
Disponível para: Microsoft Windows, Nintendo Switch e PlayStation 4

 

As cartas continuam dando a voz!

Voice of Cards: The Beasts of Burden mais uma vez faz uso de sua direção de arte na forma de um jogo de tabuleiro, literalmente, e novamente faz uso da narração e de cartas para nos contar a história. Os dois títulos anteriores tinham narradores diferentes, o que deu à ambientação uma sensação geral diferente, o que também ocorre com Voice of Cards: The Beasts of Burden. Nesta aventura, a narradora é uma mulher, que combina com a protagonista feminina, uma escolha que se encaixa no desenrolar da narrativa. As interações entre os personagens, e suas conversas são contadas em detalhes pela narradora. Embora tudo seja representado com cartas, as interações entre as cartas agora foram melhoradas, para dramatizar a ação que elas querem refletir, a fim de enfatizar conversas ou momentos de ação.  Evitando usar a mesma arte genérica para os habitantes da cidade, cada cidade agora também tem seu próprio toque único em NPCs.

A exploração e direção de arte dos games da franquia Voice of Cards é um dos diferenciais em relação aos demais RPGs

Um novo game, uma nova história!

Notavelmente, The Beasts of Burden é uma história mais sombria em comparação com seus antecessores. A história começa com uma menina de 14 anos, chamada Al’e (por padrão, você pode nomeá-la como quiser), que vive em cavernas subterrâneas com sua mãe e outros habitantes para se proteger de monstros. A menina não conhece nada além do lugar onde mora, e seu desejo é um dia conhecer a superfície, algo que lembra a história d’A Pequena Sereia. Após uma série de eventos, ela é forçada a deixar sua casa, e após ser salva por um garoto, ela viaja para uma cidade próxima que dá início à sua aventura, embarcando assim em uma busca por uma criatura chamada Divine Beast of Steel. Além do jovem misterioso L’gol, eles também se juntarão ao jovem nerd Pulche e ao atrapalhado artista de circo Tralis, ao longo da jornada. Ela também descobre que não apenas a Divine Beast of Steel existe, mas também dois seres mais poderosos, que ela deve procurar.

A composição da party desta versão do game: o nerd; o garoto misterioso em busca de vingança; a heroína da vez; e o artista circense.

Algumas novas adições

Em relação aos jogos anteriores, as mecânicas permanecem basicamente as mesmas. Visitaremos cidades nas quais investigaremos eventos, encontraremos um aliado, receberemos missões e conheceremos NPCs. Então, passamos por dungeons nas quais encontraremos inimigos aleatórios, eventos e baús de tesouro, para finalmente enfrentar um chefe de nível. O combate, por sua vez, ocorre através do uso de diferentes cartas que representam os personagens, objetos, inimigos e ataques. Em vez de barras mágicas, temos cristais, que são obtidos passando os turnos, sendo usados para execução de certos ataques e habilidades. Para realização de ataques mais poderosos, exige-se o uso de mais cristais. A principal diferença em relação aos outros jogos é a adição de cartas de monstros. Os monstros podem ser obtidos de diferentes maneiras: como recompensas após as batalhas, em baús ou comprando, o que confere um incremento no combate. Essa nova habilidade é até mesmo contextualizada à narrativa, sendo que as pessoas subterrâneas podem capturar e controlar monstros. Cada carta de monstro tem uma classificação representada por estrelas que indicam o nível de poder de cada um, quanto maior, mais poderosa a carta. Se obtivermos uma carta do mesmo tipo que já possuímos, ela será substituída pela de maior classificação, evitando assim ter que fazê-la manualmente. De um modo geral, o nível de dificuldade aqui, na maior parte do game, é relativamente baixo, mas as lutas contra chefes certamente podem oferecer uma resistência notável e enfrentar os inimigos de nível mais alto quando você chega a uma nova área certamente exigirá um pouco mais de seu time.

O grande trunfo desta edição do game: as cartas de monstros

Músicas

A música é mais uma vez parte essencial do jogo, novamente a cargo de Keiichi Okabe, Shotaro Seo e Oliver Good. Os tons de jazz dos lançamentos anteriores foram selecionados, com arranjos do folclore do norte da Europa. Há uma atmosfera quase que sonolenta na música, mas se funde perfeitamente com a narração suave, iluminação quente e jogabilidade geralmente lenta. “In Search of Stars” é a música tema do jogo e transmite aquele tom mais sombrio de uma jornada desconhecida.

Voice of Cards: The Beasts of Burden: Vale a pena?

Voice of Cards: The Beasts of Burden ainda mantém os mesmos fundamentos dos primeiros jogos, mas agora alguns aspectos, como a mecânica de monstros e a movimentação das cartas, foram melhorados. A parte mais chata, porém, são as batalhas aleatórias, que incomodam na maioria dos J-RPGs, e a repetitividade que o game pode oferecer depois de algumas horas de jogatina. Talvez sinais de saturação da fórmula que a franquia já esteja apresentando, com tantos lançamentos em uma janela tão breve de tempo. Dito isso, ainda é um RPG divertido com uma história que vale a pena explorar se você é fã do gênero ou de títulos anteriores.

O Teoria Geek agradece a Square Enix pela chave de PlayStation 4 fornecida para a produção dessa análise.


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