Venom: Última Rodada | Confira nossa crítica

Em Venom: A Última Rodada, Eddie Brock retorna para esta última dança com Venom, seu melhor amigo alienígena, o simbionte mais festeiro do planeta, desta vez, precisando sobreviver ao maior perigo que o planeta já enfrentou (até o momento): uma possível chegada de Knull, o criador dos simbiontes!

Ficha Técnica
Título: Venom: Última Rodada
Ano de Produção: 2024
Dirigido Por: Kelly Marcel
Estreia: 24 de outubro de 2024
Duração: 1h 50min
Classificação: 14 anos
Gênero: Ação, Comédia, Fantasia
País de Origem: EUA
Sinopse:  Eddie Brock (Tom Hardy) e Venom estão em uma frenética fuga. Caçados por forças tanto do seu planeta natal quanto da Terra, a dupla se encontra em um aperto crescente, com a rede se fechando rapidamente ao seu redor. À medida que a pressão aumenta, Eddie e Venom são forçados a tomar uma decisão devastadora que marcará o fim de sua última dança juntos. O filme conta com cenas eletrizantes, com Venom devorando inimigos enquanto luta ao lado de Eddie. A situação se complica quando outros alienígenas do planeta de Venom descobrem seu paradeiro e chegam à Terra com a missão de capturá-lo. A aliança inseparável entre Eddie e Venom é posta à prova como nunca antes, enfrentando ameaças implacáveis e perigos de todos os lados. Dirigido por Kelly Marcel, o filme também conta com Juno Temple e Chiwetel Ejiofor, prometendo um desfecho épico e emocionante para a saga.

 

Acertando os Erros

O filme inicia com uma leve “retcon” em relação à forma que terminaa visita de Venom e Eddie ao MCU, mostrando um novo tipo de “portal” de viagem entre dimensões do multiverso, e uma crítica às diferenças entre MCU e universo Sony, já demonstrando uma certa “animosidade” entre as empresas, mas de forma cômica. Desde o início, tudo indica que o “Venomverso” é baseado no bar (Ultima rodada/Ultima Dança), com pequenas quebras de tensão interessantes.

Não dá para dizer o que se passou na cabeça de quem estava dirigindo, mas, tivemos atores que já passaram por algo da Sony ou da Marvel, como Mordo (Doutor Estranho) e o querido vilão doutor, o “Lagarto” (do Espetacular Homem Aranha), fazendo papéis de um general e de um hippie em família na busca da área 51, por exemplo. Algumas coisas ficaram meio perdidas e até sem sentido, em relação aos núcleos diferentes de personagens. A senhorita Chen, da lojinha de bairro, tem um grande destaque em certo momento.

Venom - A Última Rodada

Graficamente assustador

As animações 3D lembram muito os filmes de 2003, e os jogos de Playstation 2, então, fica parecendo que o filme é daquela época, e não de 2024. Knull aparece pouco, e acaba mais lembrando Sephirot em Final Fantasy, mas não tem muito destaque, apenas traz o motivo da aventura e perseguição atual.

Alguns conceitos utilizados desta vez, foram certeiros: simbiontes tem fraqueza contra fogo e som, mas não são destruídos por eles, apenas se machucam. A única coisa capaz de destruí-los são os caçadores de simbiontes, e isso é deixado bem claro no filme.

Abraçando a Galhofa

Assim como “DC Legends of Tomorrow”, que a partir da terceira temporada, resolveu assumir um ar mais descontraído, escrachado, beirando ao trash oitentista, o terceiro filme da saga de Venom vem com ares de despedida e nostalgia, ao mesmo tempo que tenta arrancar gargalhadas do público a todo custo. Mas, a história mesmo, acaba deixando um pouco de lado todo o ar sombrio que foi colocado nos dois filmes anteriores, de certa forma.

Algumas decisões convenientes demais, destoaram bastante, mas, ainda assim, mostrou o lado mais “humano” do simbionte, mostrando o medo, a insegurança, e até mesmo a vontade de viver, e a esperança, do que antes era apenas uma gosma escura espacial. Achei bem interessante a escolha, mesmo que muito rápida e mal utilizada, de vários simbiontes da galera de Venom e Homem Aranha. Toxina, e vários outros simbiontes, fizeram suas aparições com uma cena bem intensa, mas, Escárnio teve um destaque curioso.

Venom - A Última Rodada

Música para nossos ouvidos

Como anunciado pela assessoria de imprensa antes do filme, este era o fim de uma era, e o início de uma nova história, o que pode indicar possíveis spinoffs, em caso do filme obter certo sucesso. Não é um filme para ser levado muito a sério, mas, deixa boas pistas de que pode haver algo futuro, digamos, interessante. A trilha sonora misturando clássicos e releituras pode ter marcado bem esse pensamento, já que trouxe cenas emotivas e até de dança inesperada.

Talvez não seja o melhor momento para Venom, mas, com certeza, ainda há muita lenha para queimar. Infelizmente, é capaz de ser uma despedida desta versão do personagem, por um olhar mais puxado para o empresarial (e conhecendo o histórico de remakes e retcons de Hollywood em relação à filmes de heróis desde os anos 90), mas, sem sombra de dúvidas, é um momento em que o público está se sentindo saturado de “grandes filmes de heróis”.

Veredito Final

Venom – A Ultima rodada, mesmo não sendo um filme “feito para um Oscar”, ele com certeza diverte e traz boas emoções, se você for com a alma leve. O roteiro é bem simples, e há algumas conveniências aleatórias para a história ter uma continuidade, mas, isso não estraga a experiência de quem gosta de algo no estilo “Deadpool”, mesmo que não esteja no memso nível de qualidade.

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