Finalmente a tão aguardada adaptação da Sony Pictures do bem sucedido jogo de videogame da Naughty Dog, “Uncharted”, chega aos cinemas. Mas será que “Uncharted – Fora do Mapa”, consegue honrar o legado do jogo que faz enorme sucesso? Confira!
| Título: Uncharted – Fora Do Mapa |
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| Ano de Produção: 2022 |
| Dirigido Por: Ruben Fleischer |
| Estreia: 17/02/2022 |
| Duração: 115 Min |
| Classificação: 12 anos |
| Gênero: Ação/Aventura/Mistério |
| País de Origem: EUA |
| Sinopse: Baseado em uma das séries de videogame mais vendidas e aclamadas pela crítica de todos os tempos: O esperto Nathan Drake (Tom Holland) é recrutado pelo caçador de tesouros Victor “Sully” Sullivan (Mark Wahlberg) para recuperar uma fortuna perdida há 500 anos. O que começa como um golpe, acaba se tornando uma aventura épica que se estende por todo o mundo para alcançar o tesouro antes do implacável Moncada (Antonio Banderas), que acredita que é o herdeiro legítimo da fortuna. |
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Bem, vamos lá… Na minha humilde opinião, “Uncharted – Fora do Mapa”, passou longe de honrar o legado dos jogos de videogame (São 4 no total). E no decorrer da resenha explico o Porquê.
NARRATIVA
“Uncharted – Fora do Mapa” (Uncharted: Drake’s Fortune), é um preludio do primeiro jogo, mostra um Nathan Drake (Tom Holland) ainda inexperiente que trabalha em um “PUB” como “barman”, onde sua habilidade em preparar drinks é tão boa quanto roubar os incautos que atravessam seu caminho. Até que ele conhece aquele que nos games é seu principal parceiro de aventuras, trata-se de Victor “Sully” Sullivan (Mark Wahlberg), que se juntam com uma antiga “amiga” de Sully a esperta, pouco confiável e também caçadora de tesouros Chloe Frazer (Sophia Ali).
Os 3 reunidos (Nate, Sully e Chloe), após roubarem um artefato em um leilão, precisam fugir do poderoso colecionador Moncada (Antonio Banderas), e sua perigosa e mortal braço direito Braddock (Tati Gabrielle), assim nossos “heróis” se aventuram em uma jornada perigosa para descobrir onde está um tesouro que vale bilhões de dólares.
ROTEIRO
Olhando a descrição da aventura acima empolga né? Mas infelizmente, o roteiro escrito a 8 mãos por Rafe Judkis ( A Roda do Tempo, The Division), Art Marcum (MIB – Internacional, Transformer o Último Cavalheiro), Daniel Trachtenberg (The Boys, Rua Cloverfield 10) e Daniel Trachtenberg (Prey, Black Mirror), é extremamente genérico, ou seja, a não ser pela temática e personagens, este roteiro poderia servir para qualquer filme de caçadores de tesouro.
DIREÇÃO
Ruben Fleischer (Venon – Tempo de Carnificina, Stumptown), bem que tentou! Temos bastante cenas com a cara do diretor principalmente as de ângulo aberto quando as habilidades dos atores (ou seus dublês) podem ser mostradas sem cortes.
PRODUÇÃO E PARTE TÉCNICA
O Produtor Charles Roven ( Esquadrão Suicida, Liga da Justiça – Snyder Cut, 12 Macacos), poderia ter se informado melhor sobre o que significa a franquia “Uncharted” para os fãs do game, e escolhido um roteiro melhor, menos genérico, mas mesmo assim, conseguiu reunir um bom elenco e profissionais competentes.
A trilha sonora de Ramin Djawadi que tem em seu currículo trilhas sonoras consagradas como das séries: Game of Thrones (aposto que você ouviu a música na sua mente), Westworld, Prison Break, também dos filmes: Eternos, Circulo de fogo, Instinto Secreto entre outros… talvez a trilha, seja uma das melhores coisas do filme.
Os efeitos especiais ficaram dentro da média, sem nenhuma novidade, nada que me impressionou, e mesmo sendo o básico deu pro gasto.
A fotografia assinada por por Chung-Hoon Chung ( Zumbilândia, It – A Coisa, A Batalha das Correntes), soube aproveitar cada locação usada no filme, gostei muito.
ELENCO E PERSONAGENS
Tom Holland (Nate), mostrou definitivamente que está pronto para interpretar qualquer personagem, não foi a toa que ele foi o escolhido para viver o Homem-Aranha no MCU diante tanto atores bons, e olha não estou nem contando a excelente atuação dele no filme “O Diabo de Cada Dia” da Netflix.
Mark Wahlberg (Sully), parecia que estava no piloto automático, na minha opinião sua atuação foi burocrática e sem carisma (e carisma não pode faltar no Sully), espero que na sequencia melhore (parece que pelo menos a caracterização será melhor, por causa do que vi nas cenas pós créditos).
Chloe Frazer (Sophia), deu um charme especial ao filme, sua dualidade me fez ficar em duvida o tempo todo de que lado ela estava, muito boa atuação.
Braddock (Tati Gabrielle), deliciosamente insuportável e traiçoeira como um boa vila tem que ser! Apesar de que em alguns momentos ensaiava uma certa “canastrice do bem” (vilão tem que ser meio canastra mesmo).
Moncada (Antonio Banderas), muitas caras, bocas e ameaças, mas pouca atuação( Antes de tudo quero salientar que sou fã do Banderas, mas nesse filme não rolou), esperava mais de um ator tão experiente quanto o Banderas, talvez o roteiro ruim que deram pra ele atrapalhou.
CONSIDERAÇÕES FINAS
“Uncharted – Fora de Mapa” é uma adaptação de games sem parecer que é, como já disse lá em cima, o roteiro é genérico e poderia servir para qualquer filme de aventura, mesmo com as caracterizações e easter-eggs espalhados pelo filme, não rolou.
A cena pós crédito é boa, e se o filme tiver uma sequencia, tudo indica que aí sim! Entraremos no universo do aclamado jogo de videogame.
As atuações de boa parte do elenco são boas, e acredito que algumas ruins foram atrapalhadas pelo roteiro.
A parte técnica em geral é muito boa, a trilha sonora, efeitos especais, efeitos sonoros, fotografia me agradaram bastante, já a direção e o roteiro deixaram a desejar.
Vale a pena ver “Uncharted – Fora do mapa” no cinema? Se você estiver querendo ver um filme de aventura de caçadores de tesouro, talvez! Mas se você procura ver as aventuras de Nathan Drake e Sully, vá por sua conta e risco! Quem sabe você goste.
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