Um Doce Revolução é um filme baseado em fatos reais que traz mais de um debate. Ele chegou as telas essa semana quando também foi comemorado o Dia Internacional das Mulheres. Um filme de peso que mostra que mulheres lutaram, mas que além de tudo a luta ainda é necessária. Uma Doce Revolução é o tipo de filme que te tira do sério por ver como as coisas eram antes e reconhecer pontos ainda em comum hoje em dia. Um filme muito necessário.
Título: Uma Doce Revolução |
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Ano de Produção: 2021 |
Dirigido Por: S.E. DeRose |
Estreia: 08/03/2022 |
Duração: 1 hora e 47 minutos |
Classificação: 14 anos |
Gênero: Fatos reais, drama |
País de Origem: Estados Unidos |
Sinopse: Em 1963, Grace Gordon tem que lidar com a morte do pai e a falência do mesmo. Assim, ela busca caminhos para poder continuar usufruindo as coisas boas da vida. Ao mesmo tempo que se discute os direitos civis. |
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Começo
O filme se passa em 1963 e começa com a chegada de Grace Gordon (Anna Friel) a uma cidadezinha. A mulher está voltando para sua cidade de origem para o enterro do pai. Grace já foi casada duas vezes e é divorciada, o que resulta em alguns comentários por parte das pessoas ali presentes. Quem de fato cuida da casa é Mattie (Starletta DuPois), uma mulher negra, Jubilee (Pauline Dyer) é sua neta e também está sempre por ali.
Em dado momento do enterro um homem se aproxima de Grace se apresentando como Bradfort Lotts (Tom Schanley), o responsável por cuidar das finanças. Grace não dá muita bola e é vista como uma pessoa metida pelo homem e sua esposa ali presentes. Outra figura que dá as caras no local é o congressista vivido por Kelsey Grammer, um homem da política que tem certa afinidade por Grace.
O enterro segue sem problemas, mas um debate ronda as conversas. Os direitos civis estão em pauta, o dos negros para ser mais exata. Existe quem seja a favor de mudar os direitos, existem aqueles que acham que tudo está bom como está. Mas é um fato que a segregação continuava a existir.
Dinheiro
Grace acaba indo falar com Bradfort Lotts em seu escritório. É lá que ela conhece Ruth (Tina Ivlev), uma jovem prostituta. Enfim, Bradfort dá a notícia de que Grace está falida, pois seu pai havia usado o dinheiro para financiar as aventuras da mulher e também os casamentos. Ela então o questiona sobre um empréstimo e ele só afirma que o “banco só empresta para homens”.
Ao chegar em casa e contar tudo para Mattie, elas sentam juntas para escolher um homem que as ajudaria a sair dessa. Assim, elas começam a ligar para um e outro e a marcar encontros que geralmente não dão muito certo. Ao mesmo tempo que o debate sobre os direitos civis e a segregação cresce cada vez mais, só que sem incluir mulheres nisso.
E o homem que acaba sendo o escolhido de fato é o congressista. É com ele com quem Grace consegue melhor interagir. Mas ela também busca um trabalho e vende suas joias para tentar ir mantendo a casa enquanto isso. Jubilee também se posiciona e mostra ter pensamentos diferentes dos de outras pessoas.
Pontos positivos
Por ser um filme baseado em fatos ele é bem forte. É incrível ver mulheres que “lutaram” para conseguir alguma coisa anos atrás e ainda mais incrível ainda ver mulheres tão diferentes se ajudando. As relações construídas entre elas no filme são lindas e algo maravilhoso de se ver mostrando que a sororidade não é algo novo assim.
Todo o debate que o filme tem por trás também é ótimo. A cena em que Grace está em busca de um emprego e o futuro chefe pede para que ela e as outras duas candidatas “deem uma volta e levantem a saia” é algo absurdo. Mas que acontecia e ainda acontece, talvez não de forma tão escrachada, mas semelhante.
A trilha sonora, ambientação, figurino e cabelo também colaboram muito, afinal é um filme que se passa na década de 60 e se atentar a esses aspectos é importante também. Os personagens que cercam as mulheres também são interessantes de se ver em cena. Toda a discussão sobre a segregação e os direitos civis também é importante de ser vista.
Opinião
Uma Doce Revolução é o tipo de filme que pode te deixar com raiva em alguns momentos por ver como as coisas eram e identificar pontos em comum com os dias de hoje. Mas é ótimo ver mulheres lutando e se unindo, ver como as coisas mudam. É um filme que vale a pena ser assistido por todas as pessoas e também ser refletido sobre os assuntos que aborda.