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Um Ano Inesquecível – Inverno | Confira nossa crítica

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Um Ano Inesquecível – Inverno tem uma boa diversidade e aborda temas importantes, mas isso não faz o filme ser bom. A produção parece se perder em seu próprio enredo ao querer trabalhar com tantas temáticas e focar em mais personagens, e assim, deixa tudo apenas jogado e raso ao longo de seus minutos.

Ficha Técnica
Título: Um Ano Inesquecivel – Inverno
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Caroline Fioratti
Estreia: 16/06/2023
Duração: 1 hora e 41 minutos
Classificação: 12 anos
Gênero: Drama, romance
País de Origem: Brasil
Sinopse: Mabel é uma jovem que está para se formar em seu último ano do colégio. Ela fica revoltada quando descobre que vai perder a viagem de formatura para ir em uma viagem ao Chile com os pais, no local ela conhece Benjamin, com quem não se dá bem de início.

História

O terceiro filme da franquia Um Ano Inesquecível tem base no conto da escritora Paula Pimenta e se passa no inverno. O filme tem foco em Mabel (Maitê Padilha), uma jovem que está se formando no colégio e tem muito medo que as coisas mudem. Além disso, ela fica revoltada porque é obrigada a deixar a viagem de formatura do colégio de lado para viajar para o Chile com a família.

Lá ela conhece Benjamin (Michel Joelsas), que trabalha como instrutor na estação de esqui e logo de início os dois não se dão bem. Junta a revolta que ela já estava sentindo por estar lá com conhecer um garoto que odeia o clichê já estaria montado. Mas só em teoria, porque o filme se perde completamente no que propõe.

Inicialmente, nós realmente acreditamos saber para onde a história vai leva e o que vai acontecer. Mesmo com a inclusão de outros personagens ao redor e tudo o mais, só que o filme parece se perder em sua própria história. Querendo mudar a temática e focar em outras pautas, mas sem querer excluir o romance e com isso, tudo é mal explorado e apenas jogado.

Pra que isso?

A atuação é muito boa, ambientação também, dá pra sentir frio só de ver toda aquela neve e aja neve. Trilha sonora também é boa, bem brasileira e se encaixa com as cenas que aparecem. Só que é a brasilidade é exatamente uma das coisas que faltam nesse filme. Com todos os outros mostrando as estações em território brasileiro, esse manda a protagonista para o exterior. Tudo bem que ela odeia de início, mas faltou a brasilidade.

Outro ponto que o filme deixa a desejar é apego pela protagonista. Mabel têm seus problemas, assim como todo mundo também. Ansiedade grita pelos medos que rondas a menina, as crises de pânico apresentadas e todo o debate de saúde mental são sim super importantes. Mas é preciso fazer da maneira correta. Mabel vem mais como uma menina de classe alta mimada, só que sem aquele estilo patricinha que estamos acostumados, do que como uma adolescente com problemas.

E além disso, ao mesmo tempo que quer trabalhar a questão mental da personagem, como ela se sente, como está quebrada e tudo mais, o filme ainda quer que o romance exista. As primeiras interações entre Mabel e Benjamin são bem bacanas, mas depois somem e de repente eles parecem estar tão conectados, mesmo sem ter uma construção de fato para isso.

Histórias

A diversidade no filme é muito presente, e os personagens secundários ganham tela e geram apego no público no início. Mas ao longo dos minutos do filme eles acabam sendo mais uma coisa simplesmente jogada lá. Passando até a impressão de que estão lá meramente por “cotas”. Não adianta ter tanta diversidade e mostrar uma parte dos problemas deles se vai tudo ficar no ar.

(Divulgação/Prime Video)

As atuações são boas sim e as interações entre o grupo também. Mas um filme com menos de duas horas era melhor ter escolhido menos temáticas para mostrar. O romance tem um péssimo desenvolvimento, Mabel tem mais química com Adriano (João Manoel) em poucos segundos de interação do que com Benjamin, seu próprio par romântico. Ela e Benjamin de repente aparecem tão unidos, mas quando foi que criaram tamanho vínculo?

Ainda colocaram um concurso que em grande parte o que vai mover o filme e também a protagonista, para ao final a gente não ter uma resposta sobre isso. Afinal, o que aconteceu com o concurso? Qual foi a resolução que ela teve com as amigas? Os pais deveriam se sentir tão maus por ela assim? São tantas histórias, tanta coisa acontecendo que o filme não consegue se aprofundar em nada.

Um Ano Inesquecível – Inverno

O filme que se passa na estação mais fria do ano acaba refletindo bem o clima em que se passa com um enredo frio. Um Ano Inesquecível – Inverno se perde no que propõe, se perde no próprio roteiro. E não adianta abordar saúde mental e ter diversidade se nada ganha a profundidade necessário para ser bom, para ser necessário.

O início é gostoso de assistir, mas depois se torna uma produção frustrante que tem uma boa fotografia junto com suas outras qualidades como trilha sonora, mas com a gente sentindo que falta algo a mais. Deixar o romance de lado para focar na questão mental não seria um problema, o problema, na verdade, foi querer fazer tudo ao mesmo tempo, para ao fim não fazer nada. Nem mesmo o carisma dos atores e as participações especiais, incluindo de Paula Pimenta, conseguem salvar o filme.

Para ver o que achei de Um Ano Inesquecível – Outono é só clicar aqui.

 


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