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Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo | Confira nossa crítica

Desculpe! Não vou iniciar as minhas considerações com o clichê de que Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo é o verdadeiro multiverso da loucura. Eu realmente não gosto dessas comparações. 

Até porque, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo é merecedor de um patamar diferente, sem ser constantemente comparado com o Universo Cinematográfico da Marvel. Afinal, o filme dos Daniels merece muito mais! 

Ficha Técnica
Título: Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Ano de Produção: 2021
Dirigido Por: Os Daniels (Dan Kwan e Daniel Scheinert)
Estreia: 23 de junho de 2022
Duração: 140 min
Classificação: 14 anos
Gênero: Ação/Comédia
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Em síntese, Em Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, acompanhamos uma imigrante chinesa (Michelle Yeoh) que parte rumo a uma aventura onde, sozinha, precisará salvar o mundo, explorando outros universos e outras vidas que poderia ter vivido.

 

Celebrem o Absurdo!

Em um mundo onde fãs querem que personagens irreais, como por exemplo, os elfos sejam de determinada etnia, Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo dá um tapa na cara de todos e celebra o absurdo. E é com isso que o filme brinca com o espectador.

Afinal, imagine um mundo onde os humanos têm dedos de salsicha?! Os twitteiros de plantão pirariam!

Cotidiano = Caos

Evelyn Wang (Michelle Yeoh) é uma mulher comum, dona de uma lavanderia, frustrada com as suas decisões e pensando, constantemente, na famigerada pergunta de 1 milhão de dólares: E se eu tivesse agido diferente?

Em sua realidade, ela não sabe como agir com a relação homoafetiva de sua filha Joy Wang (Stephanie Hsu); tenta mostrar ao seu pai, Gong Gong (James Hong), que sua vida é “perfeita”; está cansada da inércia de seu marido Waymond Wang (Ke Huy Quan); tudo isso misturado a vários comprovantes que necessitam passar pelo crivo da auditoria da Receita Federal.

E é em meio ao seu inferno astral, que o caos se instala e a experiência de quem assiste ao filme se torna transcendental diante de tantos universos. E bota universos nisso!

Isso porque, cada ramificação do multiverso refere-se a cada sim ou não que Evelyn decidiu na vida e a cada decisão em que a própria evolução humana o fez, o que torna tudo sem sentido, mas ao mesmo tempo extraordinário.

E em meio a esse caos, com referências a Tigre e o Dragão, Matrix, Power Rangers e até mesmo a Ratatouille, o filme te faz questionar, rir e chorar, ou seja, tudo, realmente ao mesmo tempo.

Esta família é muito unida E também muito ouriçada

Michelle Yeoh e Stephanie Hsu são os destaques da trama e não, somente, pelo fato de serem as protagonistas, mas pela atuação, que vão desde o seu viés engraçado até a brilhante carga dramática trazida aos papéis. Acreditem! É por conta delas, que uma plateia de críticos estava chorando no cinema.

Aliás, devo dizer que esse foi o melhor papel feito por Yeoh diante da sua extensa carreira no cinema.

Ke Huy Quan e Jamie Lee Curtis, também, estão ótimos em seus personagens, cuja participações não estragam o brilhantismo das protagonistas, mas funcionam como perfeito equilíbrio e desenvolvimento da história.

E, claro, que não poderia esquecer de toda a imponência de James Hong, como patriarca da família. Para quem assistiu aos Aventureiros do Bairro Proibido, sabe do que estou falando. Seu Gong Gong impacta a todos, principalmente em relação à protagonista Evelyn, deixando-a, literalmente, sem fala.

Veredicto: Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo

Tenho certeza que ao sair do cinema se alguém te perguntar sobre Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo você vai cantar: Eu não sei o que aconteceu! Eu não sei o que aconteceu!

No entanto, é esta a magia do presente filme! Isto é, transformar em uma loucura generalizada, a mesmice do cotidiano, com a história universal da humanidade: as relações familiares.

Aqui, os Daniels provaram que é possível fazer o melhor filme de ação e comédia de 2022, sem a necessidade de altíssimos orçamentos, sabendo simplesmente contar uma boa história, por mais absurda e totalmente inverossímil que seja.

Menção Honrosa:

É surreal a maneira que os personagens necessitam fazer para acionar os seus talentos do multiverso. Prepare para as altas risadas.

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Até mais, e Obrigado Pelos Peixes!

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