Triângulo da Tristeza | Confira nossa crítica

Vivemos numa realidade onde o que define se a pessoa possui o respeito dos demais ou não, é o tamanho da sua carteira. Porém, caso o dinheiro deixasse de ter valor, como sucederia o reposicionamento social nesse mundo?

Ficha Técnica
Título: Triângulo da Tristeza
Ano de Produção: 2021
Dirigido Por: Ruben Östlund
Estreia: 2023
Duração: 2h 28min
Classificação: 14 anos
Gênero: Drama, Comédia
País de Origem: Suécia
Sinopse: O casal de modelos Carl e Yaya são convidados para um cruzeiro de luxo para super-ricos. O que a princípio parecia digno de ser postado nas redes sociais, termina catastroficamente quando uma brutal tempestade atinge o barco, deixando os sobreviventes presos em uma ilha deserta e lutando para sobreviver.

 

Viagem dos Sonhos

Após enfrentarem problemas no relacionamento, muito graças aos frequentes destemperos do rapaz, o jovem casal de modelos Carl (Harris Dickinson) e Yaya (Charlbi Dean) resolve tirar férias num cruzeiro de luxo. Tencionando, assim, reacender a chama da paixão entre eles, antes que ela se apague por completo!

O cruzeiro em questão, extremamente exclusivo, está lotado dos mais asquerosos exemplos de milionários esnobes e egocêntricos. O que tira bastante o brilho do passeio e dificulta a missão dos protagonistas.

Apesar disso, eles acabam se enturmando com alguns dos membros menos abjetos a bordo. Visando evitar, a todo custo, acabarem influenciados pelos figurões ou jogarem fora aquele momento de reaproximação.

 

O Naufrágio

No ápice da viagem, o requintado jantar com o Capitão (Woody Harrelson), a embarcação é atingida por uma forte tempestade. Sacudindo-a como se fosse um brinquedo!

Tal movimento, obviamente, acaba mexendo com os passageiros. Os quais se veem frente uma situação inusitada! Pois sejam eles pessoas ricas e poderosas, ou a tripulação de humildes trabalhadores, todos sofrem os mesmos efeitos.

Isso nos leva à parte mais nojenta do longa, onde a natureza crua do ser humano é jogada na cara do telespectador. Com cenas de vômitos e disenterias intensas durante longos minutos! Interrompidas, somente, quando um acidente leva ao naufrágio do navio.

Valores Trocados

Os poucos sobreviventes, abrigados numa salvadora ilha deserta, enfrentam então um novo paradigma. Afinal, a única que se mostra útil diante das adversidades encontradas ali, é uma funcionaria comum do barco afundado! Passando todos, enfim, a trata-la como líder e paparica-la em troca dos seus favores.

Talvez essa seja a razão pela qual Triângulo das Tristezas foi parar no Oscar 2023. Porque o começo do filme é bastante arrastado, levando quase uma hora até algo relevante acontecer, e o final um tanto quanto agridoce. Respeito quem goste de encerramentos subentendidos, mas eu não sou um desses!

A fotografia do longa, a trilha sonora, as atuações, tudo me fez sentir dentro de uma produção mediana. Só se salvando, realmente, o choque de realidade imposto aos personagens durante a tempestade e na praia pós-naufrágio.

É provável que as indicações ao maior prêmio do cinema tenham jogado a minha expectativa lá em cima, por isso a decepção. Mas, seja qual for o motivo, eu diria ser até bastante válido assistir, caso tenha estômago forte.

Quero deixar registrado aqui, também, um tributo à protagonista feminina da trama, Charlbi Dean. Falecida antes mesmo do lançamento da obra, em virtude de uma sepse. Tão nova, tanta carreira pela frente. Que esteja em paz!

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