Especialista em conteúdos acadêmicos comenta fatos científicos derivados da série que atingiu a marca de 64 milhões de espectadores em menos de um mês na Netflix
A série Stranger Things da Netflix aborda diversas questões sobre um mundo paralelo em que ocorrem experiências científicas de natureza diversa. Pensando nisso, Leandro Reinaux, CEO da Even3, startup que simplifica eventos e conta com uma frente dedicada à veiculação de trabalhos acadêmicos, abordou 3 fatos científicos derivados de episódios que reforçam a importância das pesquisas e divulgações científicas.
Para Leandro, a divulgação científica tem como objetivo tornar a educação e o conhecimento mais populares, viabilizando melhorias significativas no dia a dia. “Por isso, na Even3, temos uma frente dedicada à veiculação de trabalhos acadêmicos, para publicação de artigos, trabalhos e pesquisas científicas, com objetivo de promover a conexão entre pessoas e conhecimentos”, comenta o CEO. Confira abaixo alguns exemplos tirados de Stranger Things:
Mundo invertido: Realidades Paralelas
Em Hawkins, cidade que se passa a série, o “Mundo Invertido” é como o real, porém, apresentado de uma forma sombria. Lá vivem diversas criaturas desconhecidas, sendo possível o contato delas com o mundo real em momentos específicos. E essa concepção vem de uma teoria real da física chamada: A Interpretação de muitos mundos (ou IMM). É uma interpretação da mecânica quântica que propõe a existência de múltiplos “universos paralelos”.
O Buraco de Minhoca
O termo buraco de minhoca (wormhole em inglês) foi criado pelo físico teórico estadunidense John Archibald Wheeler em 1957 e vem de uma analogia usada para explicar o fenômeno. Pela lógica, um viajante que passasse por um buraco de minhoca pegaria um atalho para o lado oposto do universo através de um túnel incomum, e, com isso, podemos concluir que o Buraco de Minhoca é uma forma de acessar uma dimensão diferente da nossa.
Esse ponto de vista é abordado por Albert Einstein e Nathan Rosen. A partir da Teoria da Relatividade Geral, supondo que esse caminho entre as dimensões se concretizasse, uma viagem no tempo e no espaço seria possível, realizando o sonho de vários filmes de ficção científica.
O Campo magnético da Terra
O professor Clarke explica que não é possível fazer viagens interdimensionais devido à enorme quantidade de energia necessária. Porém, um dos meninos observou que a bússola estava sempre apontando para o laboratório, o que nos leva a definir que a abertura de um portal no espaço-tempo precisa de muita energia, gerando um campo magnético próprio atraindo a bússola. Portanto, a produção desse campo magnético em uma menor escala pelos Buracos de Minhoca é o que torna possível encontrar esses portais que ligam as dimensões em Stranger Things.
Lembrando que o único que pode ser provado é o Campo Magnético pelo uso da bússola, por exemplo. Tanto a Teoria das Realidades Paralelas quanto o Buraco de Minhoca se apresentam como um campo muito fértil de estudo na Física.
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