
Desenvolvido por: Brownies inc. |
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Publicado por: Bandai Namco Entertainment Inc. |
Gênero::Roguelite |
Série:Towa and the Guardians of the Sacred Tree |
Lançamento: 18 de Setembro |
Classificação indicativa: 12 anos |
Modos: Um jogador ou Dois jogadores |
Disponível para: PC, Playstation 5, Xbox Series S|X e Nintendo Switch |
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é um daqueles jogos que chega silenciosamente, mostrando suas qualidades e querendo lhe puxar para esse seu universo mágico com uma jogabilidade roguelite extremamente interessante, mas será que vale a pena? vamos descobrir nessa review.
Vale ressaltar que esta review só foi possível graças ao envio antecipado de uma cópia pela Bandai Namco, com o objetivo de viabilizar a produção de conteúdo. Nosso agradecimento à Bandai Namco pelo apoio!
História de um mundo mistico e único
Towa and the Guardians of the Sacred Tree nos leva até a vila de Shinju, um lugar místico erguido sob uma árvore sagrada que abriga o deus da região. Esse cenário colorido e multicultural, povoado por diferentes raças fantásticas, é ameaçado pelo Magatsu, uma entidade que espalha a corrupção chamada misma. Cabe à jovem sacerdotisa Towa e seus guardiões lutar para restaurar a paz.

A narrativa surpreende por ser mais densa do que o esperado para um roguelite, com diálogos constantes, monólogos da protagonista e um cuidado notável no desenvolvimento de personagens. No entanto, esse foco narrativo pode comprometer o ritmo, já que longas cenas entre combates podem cansar quem busca ação imediata. A ausência de legendas em português também limita o alcance da história.
Jogabilidade divertida e única em muitos aspectos
A estrutura de jogo se divide em duas partes. Na vila, Towa cuida da gestão: interage com NPCs, organiza recursos e forja armas. É um sistema robusto, mas que pode se tornar arrastado pela quantidade de microssistemas. Já no combate, o título brilha. O jogador escolhe dois guardiões um principal (Tsuguri) e um de suporte (Kagura) cada qual com habilidades e armas únicas.
As runs seguem em visão isométrica, lembrando Hades, e apostam em batalhas rápidas e dinâmicas. O uso de duas armas com recarga alternada dá fluidez e estratégia ao ritmo das lutas. O combate é rápido e dinâmico, baseado no uso de duas armas com movesets próprios.
Como elas se desgastam, é necessário alternar constantemente entre uma e outra, o que mantém o ritmo intenso e incentiva investir nos melhores upgrades. O resultado é um sistema de batalha envolvente, ainda que contrastado pelo ritmo mais lento da parte de gestão.
Sistemas de progressão
O avanço acontece tanto na vila quanto nas runs. Em Shinju, Towa pode criar novas armas, liberar habilidades e estreitar laços com personagens que oferecem vantagens. Já durante as runs, o avanço se dá de forma mais imediata. Cada sala vencida garante recompensas que funcionam como cartas de habilidade, modificando desde o dash até ataques básicos e carregados.
A variedade é grande, com efeitos que aumentam dano, adicionam status especiais ou simplesmente refinam o estilo de combate. A raridade das cartas também varia, indo das mais simples às douradas, que representam os melhores bônus.
Embora o sistema seja criativo, a dificuldade geral é baixa: combinações eficientes de guardiões e upgrades tornam até mesmo chefes pouco desafiadores.
Gráficos, direção de arte e trilha sonora
Visualmente o jogo não competirá com blockbusters técnicos, mas compensa com direção de arte muito bem resolvida. A paleta de cores é rica, cenários são detalhados e o design dos personagens (com influência óbvia de anime) é carismático e expressivo. As animações e efeitos são competentes e a performance no PS5 se mantém estável durante a experiência.
Sonoramente, a dublagem se destaca, conferindo personalidade aos guardiões, e a trilha instrumental acompanha bem os dois modos do jogo: temas serenos na vila e faixas mais urgentes nas batalhas. Efeitos sonoros e mixagem completam um pacote sonoro que eleva a imersão, embora opções de acessibilidade auditiva sejam limitadas.
Towa and the Guardians of the Sacred Tree, vale a pena jogar?
Towa and the Guardians of the Sacred Tree é um título que ousa misturar a calma da gestão com a intensidade de um roguelite de ação. Essa dualidade pode encantar alguns jogadores e frustrar outros, mas não deixa de ser refrescante dentro do gênero. Com direção de arte charmosa, bom combate e sistemas criativos, é uma experiência que merece atenção, ainda que sofra com problemas de ritmo e desafio. Para quem busca algo novo e híbrido, vale dar uma chance.
