
Desenvolvido por: Evil Empire |
---|
Publicado por: Ubisoft |
Gênero::Ação e plataforma |
Série:Prince of Persia |
Lançamento: 20 de agosto de 2025 |
Classificação indicativa: 14 anos |
Modos: Um jogador |
Disponível para: PC |
Eu gosto muito de Prince of Persia, principalmente The Lost Crown. Quando The Rogue Prince of Persia foi anunciado, imaginei que seria algo no mesmo sentido, um jogo de ação e plataforma com forte foco em combate. De certa forma, ele é isso mesmo, mas com um detalhe que muda tudo: aqui, o formato é roguelike. E não qualquer roguelike, mas um desenvolvido pela mesma equipe de Dead Cells. A pergunta é inevitável: será que funciona? Vamos descobrir nessa review.
Antes de continuarmos, o Teoria geek agradece e muito a Ubisoft pelo envio da cópia para produção de conteúdo.
História: simples e familiar
A trama não é o grande foco aqui, mas existe. No papel do príncipe, precisamos enfrentar as hordas de invasores hunos que ameaçam sua terra. O enredo serve mais como pano de fundo para justificar as tentativas sucessivas e as mortes que fazem parte do gênero roguelike. É direto, simples e não tenta reinventar nada. Por um lado, isso é positivo: não atrapalha a experiência com enrolação. Por outro, quem espera uma narrativa rica como em The Lost Crown pode se decepcionar.
Mas para ser honesto, o pouco de história que tem aqui foi o suficiente para me motivar em cada uma das runs, achei ela simples como disse mas o suficiente para servir como incentive e talvez fosse exatamente isso que o jogo precisava.
Jogabilidade: divertida e impressionante
Aqui está o coração do jogo. The Rogue Prince of Persia aposta em um sistema de combate ágil e dinâmico, claramente inspirado no parkour da série, mas adaptado para o loop roguelike. Saltar de paredes, usar corridas horizontais e chutes para reposicionar inimigos é tão satisfatório que até momentos mais simples acabam divertidos.
O combate é fluido, mas também exige estratégia. Você tem armas principais e secundárias que podem ser trocadas ao longo da run, além de amuletos que oferecem efeitos especiais.
Esse sistema lembra muito Dead Cells, mas com uma pegada mais acrobática. A variedade de armas já é boa desde o começo, mas algumas parecem mais úteis que outras, o que pode limitar a criatividade em certas runs.
Um ponto negativo é a repetição. Como o jogo ainda está em acesso antecipado, os biomas e inimigos não têm tanta variedade, e isso pode cansar rápido. A jogabilidade é viciante, mas o conteúdo ainda não está no mesmo nível de profundidade de outros roguelikes consolidados.
Sistemas de progressão
A progressão segue o padrão: você coleta recursos durante cada tentativa para desbloquear armas, amuletos e melhorias que ficam disponíveis nas próximas runs. Isso cria aquele ciclo clássico de “só mais uma tentativa” que funciona muito bem. A cada nova arma desbloqueada, o combate ganha camadas extras.
O problema é que o ritmo do desbloqueio pode parecer lento demais. Jogadores acostumados com recompensas mais frequentes podem se frustrar. Por outro lado, esse design alonga a vida útil do jogo e força você a dominar a movimentação do príncipe em vez de depender apenas de upgrades.
Aspectos técnicos e artísticos: uma obra de arte
Visualmente, o jogo é bonito. O estilo artístico segue uma linha colorida, quase cartunesca, que combina com o ritmo frenético do gameplay. Não chega a ter o impacto visual de The Lost Crown, mas ainda assim consegue criar cenários vibrantes que dão vontade de explorar.
A trilha sonora é outro destaque. Mistura instrumentos orientais com batidas modernas, criando uma energia contagiante que dá ainda mais vida ao combate. Porém, assim como os cenários, as músicas acabam se repetindo bastante, o que pode cansar em sessões longas.
Tecnicamente, o jogo roda bem, com animações suaves e sem quedas perceptíveis de performance. Isso é essencial para um roguelike, onde cada fração de segundo conta.
The Rogue Prince of Persia: Vale a pena jogar?
The Rogue Prince of Persia não é um jogo perfeito, pelo menos não ainda. O acesso antecipado limita o conteúdo e pode gerar certa frustração pela repetição. Mas a base está sólida: combate ágil, parkour criativo e progressão envolvente. Quem gosta de roguelikes certamente vai encontrar aqui mais um vício.
Se você está em busca de algo parecido com The Lost Crown, mas com uma pegada mais experimental, The Rogue Prince of Persia é uma boa pedida. Só é importante ter em mente que ele ainda está em construção, e o melhor pode estar por vir com futuras atualizações.
