Disponível para: PC, Playstation 4 e Playstation 5
Outlast se tornou uma das minhas franquias de terror favoritas na última década, e não é por acaso. A estética brutal, a jogabilidade imersiva em primeira pessoa e a narrativa perturbadora e macabra são apenas alguns dos elementos que a tornam tão única. Com o lançamento de The Outlast Trials, a série ganha uma nova abordagem multiplayer, mas a grande questão é: será que essa fórmula funciona tão bem quanto o original?
O Experimento
“Trials” se refere aos testes pelos quais os jogadores passam, assumindo o papel de uma cobaia anônima aprisionada em uma instalação psiquiátrica e governamental. O objetivo desse local é investigar assassinos em série e suas motivações. Embora o motivo pelo qual fomos escolhidos como cobaias seja inicialmente obscuro, ao longo do jogo, encontramos arquivos e interagimos com novos personagens que revelam gradualmente mais detalhes sobre o lugar e seus pacientes.
A narrativa é conduzida principalmente por meio de arquivos de texto colecionáveis, algumas cenas breves e diálogos esporádicos. O que realmente me impressionou foi o cuidado evidente na construção da ambientação, da motivação dos personagens e da história como um todo. Mais uma vez, a equipe da Red Barrels demonstra seu talento e dedicação, criando uma atmosfera envolvente em The Outlast Trials.
Sobreviva aos experimentos
No quesito jogabilidade, The Outlast Trials introduz uma série de fases distintas chamadas “Experimentos”, que podem ser jogadas com até quatro amigos. Cada fase oferece uma ampla seleção de níveis de dificuldade, incluindo modificadores que tornam cada experiência única à medida que se avança. Em cada “Experimento”, há um perseguidor temático, e em dificuldades mais altas, múltiplos perseguidores, cada um com comportamentos e habilidades próprios. Isso exige que os jogadores estejam sempre atentos aos seus movimentos e aprendam suas características ao longo do tempo.
A essência da jogabilidade mantém o estilo clássico de “esconder e correr”, familiar aos fãs da série. Ao mesmo tempo, o jogador precisa completar uma série de objetivos paralelos para progredir no experimento. A variedade de objetivos impressiona, e a aleatoriedade dos elementos em cada fase garante que, mesmo ao rejogar, o jogador enfrente novos desafios e surpresas, o que mantém a tensão alta.
O verdadeiro diferencial na jogabilidade, porém, está nos novos elementos introduzidos pelo jogo. Agora, os jogadores podem coletar itens como garrafas, tijolos, kits de cura, gazuas e antídotos, cada um oferecendo uma forma estratégica de lidar com os inimigos. Por exemplo, garrafas podem ser usadas para distrair perseguidores, enquanto os kits de cura ajudam a recuperar saúde após confrontos. A variedade de itens acrescenta uma camada estratégica significativa ao jogo.
Além disso, os jogadores têm à disposição os “RIGs”, que oferecem habilidades únicas como ver através de paredes, auto-cura e muito mais. Esses RIGs podem ser atualizados, permitindo ao jogador personalizar seu estilo de jogo e adaptar suas habilidades às diferentes fases e desafios.
Gráficos e ambientação
A qualidade gráfica de The Outlast Trials é impressionante, mantendo o padrão elevado que a franquia sempre entregou desde o primeiro jogo. No entanto, o que realmente se destaca é a direção de arte, que cria cenários absurdamente insanos e perturbadores, capazes de deixar o jogador em constante desconforto.
A ambientação desempenha um papel crucial, não apenas como pano de fundo, mas também como uma extensão da temática de cada perseguidor. Ela contribui para a imersão, oferecendo puzzles, passagens secretas e itens ocultos que incentivam a exploração. Os ambientes variam desde parques de diversão até delegacias, todos meticulosamente elaborados, belos em sua forma macabra e visualmente envolventes. Cada cenário intensifica o terror e a tensão, reforçando o cuidado com os detalhes que a Red Barrels aplicou para garantir que o jogador se sinta sempre à beira do pânico.
Aspectos técnicos
Joguei The Outlast Trials no PlayStation 5 a 60 FPS e, acredito, em 4K, e a experiência foi perfeita. Os servidores funcionaram de forma impecável, o chat de voz também estava fluido e, durante as 20 horas que passei jogando, não enfrentei nenhum problema com bugs ou dificuldades de conexão. O jogo rodou de maneira muito estável, o que acredito ser fruto do excelente período de acesso antecipado, que claramente ajudou a Red Barrels a polir ainda mais o título antes do lançamento.
Vale a pena jogar The Outlast Trials?
Com certeza! The Outlast Trials mantém a essência assustadora da franquia, mesmo com o fator multiplayer, que só acrescenta mais diversão. A experiência como um todo é excelente e vale muito a pena tanto no PlayStation quanto no PC.
Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PS5 pela Red Barrels para a elaboração desta análise.
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