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The Mandalorian (3ª temporada) | Confira nossa crítica (Com Spoilers)

Mandalorian

Mesmo sendo aquém de suas temporadas antecessoras, o terceiro ano de The Mandalorian chega ao fim, mas sem perder o seu encanto.

O texto contém spoilers!

Ficha Técnica
Título: The Mandalorian (3ª temporada)
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Bryce Dallas Howard, Carl Weathers, Lee Isaac Chung, Peter Ramsey, Rachel Morrison e Rick Famuyiwa
Estreia: 1 de março de 2023
Duração: 265 min
Classificação: 14 anos
Gênero: Ficção Científica, Ação e Aventura
País de Origem: Estados Unidos
SinopseAs jornadas do Mandaloriano através da galáxia de Star Wars continuam. Uma vez que um caçador de recompensas solitário, Din Djarin se reuniu com Grogu. Enquanto isso, a Nova República luta para levar a galáxia para longe de sua história sombria. O Mandaloriano cruzará o caminho com antigos aliados e fará novos inimigos enquanto ele e Grogu continuam sua jornada juntos. 

Grogu e Din Djarin em segundo plano

Primeiramente, devo esclarecer que a temporada não foi ruim, mas se compararmos com o que fez sucesso, em suas primeira e segunda temporadas, deixou a desejar, uma vez que seu ponto alto não foi bem trabalhado, qual seja as aventuras de Din Djarin (Pedro Pascal) e Grogu

Aqui, ambos foram colocados como coadjuvantes em relação ao arco de Bo-Katan Kryze. E nos momentos que apareciam, eram somente para seguir o “protocolo” da fofura. O que gerou a dúvida na internet quanto à permanência de Pedro Pascal na trama.

Dúvida essa que somente nos últimos minutos do segundo tempo foram “sanadas” (por enquanto), quando ambos retomaram o seu protagonismo, com um desfecho emocionante e cheio de expectativas. Afinal, os produtores já prometeram mais histórias de The Mandalorian, sem contar com um filme do chamado “Mandoverso”. 

A Ascensão Krzye

Convenhamos, a protagonista da vez foi Bo-Katan Kryze e quero deixar claro que isso não é um ponto negativo, visto que, finalmente, fecharam o entrave da personagem. Afinal, essa incansável “noite das mil lágrimas” vem se estabelecendo desde Clone Wars, passando por Rebels e, portanto, necessitava de um desfecho, ainda que tenha sido corrido. 

E não há como negar, a terceira temporada só não decaiu pela mudança de paradigma, pois a líder dos mandalorianos é uma personagem extremamente carismática e apresenta uma dualidade sem igual, ponto para a atriz, Katee Sackhoff.

A personagem não é um poço de bondade, mas não é de todos só maldade. É uma pessoa que enfrentou perdas imensuráveis que justificam suas ações e sua quietude em não revelar tudo de imediato. 

Aliás, adorei a estratégia dela, principalmente, ao ponderar seus pensamentos quanto ao mitossauro (ser místico bastante importante aos seus).

Quem é esse Pokémon? Ou Espião? 

Ouso dizer que não sei se foi a intenção de The Mandalorian trazer uma “caixa de mistérios” à trama ou se foram os fãs que criaram essas teorias mirabolantes pela internet, mas a ideia de um espião propiciou, ainda mais, vontade de continuar a explorar essa temporada. 

No fundo, acabou não sendo ninguém! Além disso, vale lembrar que quem pensou na Armeira, por mais que as teorias levassem à personagem, era algo óbvio demais que não compactuaria com o que estamos acostumados de Jon Favreau e Dave Filoni

No fim, somente foi “fogo de palha”, mas essa faísca até que valeu. Pois, me lembrou o famoso Mephisto em todos os filmes da Marvel (sim, você lembrou do meme de Leonardo DiCaprio, aqui rs). 

Não haverá reboot

Algo já foi estabelecido nas HQs (como Darth Vader vol. 1 e 2), nos livros, na Star Wars Celebration 2023 e, agora, nos episódios de The Mandalorian: não haverá reboot da Trilogia Sequels. Acostumem-se com essa realidade!

O que eu entendi, com a presente temporada, é a tentativa de consertar a última trilogia com elementos novos, nos quais não foram explicados anteriormente, para que não ocorra em um filme derradeiro isso aqui: Somehow, Palpatine returned”

E tal feito é de extrema valia, desde que não seja algo corrido, não dando tempo do telespectador absorver as informações que estão sendo passadas. 

O que eu sinto, é que não houve uma proporcionalidade. Isto é, em alguns pontos, as explicações estavam extremamente corridas e, em outras, exageradas de tão lentas. E isso faz com a série perca o seu ritmo e crie o que ninguém quer, ou seja, as famosas “barrigas”. 

Cenas de tirar o fôlego

Uma das coisas que mais me encanta em Star Wars é a preocupação com a fotografia e com as cenas de ação e essa temporada de The Mandalorian não deixou a desejar nesses quesitos. Principalmente, em certos momentos em que é possível ver que a direção fez a sua lição de casa e trouxe referências em frames espetaculares, como a nave da Bo-Katan indo ao encontro ao dragão, por exemplo. 

Da mesma forma, a trilha sonora! Eu não sei o que eles fizeram com a mixagem, mas senti o tema do nosso querido mandalariano mais presente, principalmente, em suas cenas de combate corpo a corpo no último episódio.

Último episódio para não dar defeitos

Se algo não pode ser criticado, na 3ª temporada de The Mandalorian, foi o seu episódio derradeiro. Aqui, eu percebi que eles guardaram o melhor para o final. Isso porque, assistir aos Mandalorianos em ação para a retomada de Mandalore foi de arrepiar e se emocionar.

Definitivamente, era Clone Wars em live action. Algo, ao meu ver, que há muito tempo deveria ter sido explorado pela Disney e LucasFilm. 

No mais, como eu havia dito acima, embora coadjuvantes em seu próprio produto, o último capítulo fez com que Grogu e Mando retornassem ao seu protagonismo. E, nesse ponto, as cenas foram maravilhosas, desde os momentos em que um R5 ajudou a abrir os escudos, retomando ao nosso saudoso R2D2 de outrora, até os guardas pretorianos indo de encontro ao nosso querido “baby Yoda” (desculpa, Disney). Ou seja, era climax atrás de climax!

A única coisa que me decepcionou, um pouco, foi o desfecho irrisório do sabre negro. Principalmente, pela carga do artefato, no qual há anos vem criando uma mitologia por trás do assunto, em torno do único mandaloriano Jedi. Logo, ter aquele destino simples, me relembrou à biblioteca queimada por Yoda em The Last Jedi. Ou seja, artefatos são artefatos e mais nada. Superemos! 

Menção Honrosa

MH1: Lizzo, Jack Black e o veterano Christopher Lloyd são oficialmente cânones de Star Wars e trabalharam, em um episódio, boa parte do que trata a Política de Aristoteles. Acreditem, Star Wars é muito mais que luta de navinhas, hein?!

MH2: Discurso do Paz Vizsla e seu plot twist ao final.

MH3: Moff Gideon e as lutas contra Din Djarin e Bo-Katan.

Veredicto: The Mandalorian (3ª temporada)

Depois de refletir, percebi que o intuito de The Mandalorian, em seu terceiro ano, foi de uma temporada de transição. Isto é, seu papel principal foi fechar arcos e, consequentemente, abrir outros, o que acaba por justificar o seu leve declínio em relação às antecessoras. Assim, por mais que tenha sido corrida ou com pontos que deixaram a desejar, a temporada conseguiu fechar uma história que já vem de uma herança tardia, desde os tempos de The Clone Wars. 

E embora a sua leve baixa na qualidade do roteiro, seu final épico conseguiu elevar o grau do terceiro ano e foi ponto de partida para próximos arcos promissores. Afinal, Star Wars é sobre esperança, não?!

Até mais, e Obrigado pelos Peixes!

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