The Handmaid’s Tale: 6ª Temporada | Confira nossa crítica

Quando uma produção tão aclamada chega ao final, obviamente deixa um buraco no coração dos fãs. Mesmo sem entregar uma leva final de episódios à altura da sua fama!

Ficha Técnica
Título: The Handmaid’s Tale
Ano de Produção: 2024
Dirigido Por: Bruce Miller
Estreia: 2025
Duração: 10 episódios
Classificação: 16 anos
Gênero: Drama
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Em um futuro distópico, a taxa de natalidade do mundo cai abruptamente como resultado de diversas doenças e condições ambientais do planeta. No meio deste caos, um governo teocrático, totalitário e cristão está ditando novas regras.

 

Relação Conturbada

Figura mais ambígua da trama, dividida entre as crenças retrógradas às quais sempre defendeu e o bom coração que possui, Serena Waterford (Yvonne Strahovski) se vê diante de um cenário absolutamente inesperado.

Afinal, com o filho recém-nascido nos braços, ela encara a dura realidade de uma fugitiva. Sendo caçada por ambos os lados, lhe deixando sem saber sequer para onde ir caso queira manter o rebento seguro.

Nesse perturbador contexto, seu caminho cruza frequentemente o da também fugitiva June Osborne (Elisabeth Moss). A qual até lhe ajuda nos momentos de maior necessidade, mas não perdoando jamais tudo o que passou na casa da antes poderosa senhora.

Dança das Cadeiras

Conforme o conflito entre os rebeldes e o exército de Gilead escala, a lealdade das pessoas é colocada à prova. Com antigos aliados decepcionando na hora H e velhos antagonistas mudando de lado inesperadamente.

A severa Tia Lydia (Ann Dowd) mesmo, revela-se um inusitado exemplo de redenção. Antes ferrenha defensora da doutrina aplicada no país, a líder das aias sente tal propósito deixar de fazer sentido ao se deparar com os imundos bastidores da política, chefiada pelos devassos Comandantes.

Único representante honroso da elite, Joseph Lawrence (Bradley Whitford) ainda tenta salvar a nação de uma guerra civil, promovendo mudanças utópicas nos projetos e leis ultrapassadas dela. Contudo, voz destoante dentre lobos famintos por poder, ele descobre estar de mãos atadas perante o desastre.

Desfecho Frustrante

Com o pau torando, a conflagração pegando fogo, no momento mais agitado da história, os olhares acabam se voltando, inexplicavelmente, para as divagações recapitulativas da protagonista. Algo deveras broxante, de fato!

Como alguém que não leu o livro por trás da série, ficou aquele gostinho agridoce na boca quando subiram os créditos finais. Me lembrando, inclusive, o encerramento horroroso de Game of Thrones. Porém, ao pesquisar, descobri haver uma obra já em desenvolvimento que dará continuidade aos acontecimentos. Concedendo, assim, um ar menos decepcionante à arrastada season finale.

Os quesitos técnicos, porém, não deixaram nem um pouco a desejar. Mantendo o padrão elevado da fotografia, da trilha sonora, dos cenários, dos figurinos e das atuações de praticamente todo o elenco.

Quem sabe, tivessem os responsáveis imprimido uma velocidade razoavelmente menos morosa ao enredo, teriam agradado um pouco mais aos espectadores. Pois, no cerne, abordando os temas base que tornaram a franquia famosa, ainda vimos a magistralidade do seriado aflorar, mesmo no meio de tantas falhas.

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