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The Callisto Protocol l Confira nossa review

The Callisto Protocol revive as raízes do survival-horror com brilhantismo e um amor nítido ao horror sci-fi.

The Callisto Protocol
Ficha Técnica
Desenvolvido por: Striking Distance Studios
Publicado por: Krafton
Gênero: Terror de sobrevivência
Série: The Callisto Protocol
Lançamento: 2 de dezembro de 2022
Classificação indicativa: 18 anos
Modos: Single-player
Disponível para: PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e PC

 

Buscando reviver as raízes do gênero de “survival-horror”, o jogo de estreia da Striking Distance Studios é dirigido pelo criador de Dead Space, Glen Schofield, e chegou oficialmente no último dia 2 de dezembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC.

Desenvolvido pelo recém-formado estúdio com apenas 3 anos de existência, fundado em julho/2019, a Striking Distance Studios atualmente possui 171 colaboradores e subdividi-se em duas regiões: San Ramon, na Califórnia, e Zaragoza, na Espanha.

Com brilhantismo e um nítido amor ao horror sci-fi, The Callisto Protocol bebe de fontes de Hollywood, mas não é um sucessor espiritual do original Dead Spacena bíblia “Jacob” é filho de “Isaac” … Isaac Clarke, protagonista de Dead Space, uma estranha coincidência — e no desenrolar desta análise você descobrirá o motivo!

Mas, será que essa aventura realmente vale a pena? É hora da leitura!
SDS em foto comemorativa na inauguração da sede em San Ramon! (Créditos: Glen Schofield)

Não há segredos que o tempo não revele

Situado em Calisto, a segunda maior lua de Júpiter, no ano de 2320, o piloto de carga Jacob Lee, interpretado pelo ator Josh Duhamel de Transformers: O Último Cavaleiro, O Legado de Júpiter e Blackout da Netflix, se vê em meio à uma série de eventos após cair “acidentalmente” depois de aceitar uma tentadora oferta de emprego para levar um material volátil e altamente secreto junto com seu companheiro Max Barrow, ambos da United Jupiter Company, a UJC — em português do Brasil, CJU — a bordo da nave UJC Charon.

O termo “acidentalmente” se refere à nave após sofrer um ataque severo de uma figura misteriosa interpretada pela atriz Karen Fukuhara, a Kimiko de The Boys, líder de um grupo terrorista chamado Outer Way em português do Brasil, Via Exterior. Já na superfície da lua, Jacob é confundido como invasor e acaba sendo levado à uma prisão de segurança máxima operada pela UJC — estranho, não? —, a Black Iron, chamada de Ferro Negro — será que o nome é uma referência ao escritor Philip K. Dick? — em nosso idioma, por um dos oficiais superiores interpretado pelo ator Sam Witwer de Star Wars: The Force Unleashed e Days Gone.

Encarcerado, um misterioso surto instaura o caos na lua e a trama se resume em uma única palavra: FUGIR! “Não há momentos para pensar, apenas sobreviver”, e se referindo ao desenrolar da história, a primeira comparação não é com Dead Space, mas sim com Uncharted, devido protagonizar uma série de desventuras onde tudo parece dar errado. Durante a jornada, Jacob descobrirá segredos obscuros escondidos no interior da instalação do espaço sideral além de outras peças-chave — sem mencionar detalhes, claro — interpretados por James Mathis III de God of War Ragnarok, Jeff Schine de Resident Evil 3 Remake, Louise Barnes de NCIS: Investigações Criminais e Zeke Alton de Call of Duty: Black Ops Cold War.

Bem-vindos à Prisão de Ferro Negro!

A ajuda não vai chegar!

Antes de fugir da prisão e chegar ao Hangar, passaremos por dutos de ar, esgoto, áreas externas com tempestades de neve, colônias e muitos outros locais construídos com muito capricho e nos mínimos detalhes. Como trata-se de survival-horror, não há marcadores artificiais ou um minimapa para auxiliar o jogador em qual direção ir. Há sempre uma sensação claustrofóbica gerando um pânico em meio aos ambientes fechados e situações de perigo.

A fuga em si não é o maior dos problemas. Nenhuma ajuda vai chegar. Ou você aprende a sobreviver, ou fim de jogo. E, cá entre nós, na dificuldade Segurança Máxima, literalmente ninguém irá ouvir seus gritos no espaço porque ao habilitá-la você testará sua sanidade mental — assim como Jacob na ilustração acima.

No PS5, The Callisto Protocol roda com duas opções gráficas da Unreal Engine 4:

Level design é um espetáculo a parte!

The Evil Within no espaço?

O HUD é distribuído pelo corpo do personagem, tudo na câmera de terceira pessoa… Barra de vida, barra de energia, contador de munição. Os inimigos, chamados de Biófagos, recebem dano seja no combate corpo a corpo ou à curta distância. Possuindo estágios de infecção, como em Resident Evil e The Last of Us, as ameaças biológicas são violentas, horripilantes e fatais.

Há uma pequena variedade de Biófagos!

Com um cacetete energizado, pistola, espingarda ou GRP — isto é, uma arma gravitacional capaz de puxar e arremessar monstros — Jacob se torna invencível, disseram. Como um bom e velho vinho, The Callisto Protocol utiliza o ambiente a seu favor assim como no clássico terror de sobrevivência The Evil Within com chefes desafiadores onde nem sempre sair atirando é a melhor opção já que os recursos são extremamente escassos.

Falando sobre recursos, há uma estação de reforjamento que você pode utilizar para evoluir os atributos das armas através das chamadas Moedas de Calisto, que são adquiridas tanto explorando as áreas ou pisando em inimigos — melhor ser rápido e antes do processo de mutação, se não os inimigos se tornam mais agressivos e poderosos.

“Atire nos tentáculos”!

Engenharia do horror

Com foco na imersão, baseado na versão de PlayStation 5, The Callisto Protocol atinge uma experiência aterrorizante graças à Engenharia do Horror. É muito gratificante ao usar um fone 3D ter a sensação de pavor, do desconhecido, de ouvir o inimigo pelos dutos de ventilação e captar seu deslocamento tudo completamente através do áudioclaro, se não sofrer um ataque do coração antes.

Em quesito de efeitos sonoros, é nítido a dedicação. Principalmente os emitidos pelo instrumento da Apprehension Engine, tá? Utilizado bastante em grandes nomes do cenário de horror em Hollywood. No DualSense por sua vez, temos a utilização dos microfones — quando não estamos usando algum fone inserido no controle. A conversa entre um personagem secundário com Jacob é transmitida tudo por meio do controle sem fio. O feedback háptico, por exemplo, você sente o impacto dos golpes de Jacob.

Se correr o bicho pega… se ficar o bicho come!

O calcanhar de Aquiles

No entanto, há sempre um “Calcanhar de Aquiles” no processo. The Callisto Protocol não possui dublagem em português do Brasil, somente legendas. Por exemplo, alguns detalhes da trama são narrados através dos colecionáveis chamados de “Biografia de Implante” — os populares Audiologs, em inglês. É uma acessibilidade muitíssimo necessária, além é claro de levar “O Protocolo Calisto” à mais jogadores.

O mesmo é válido para a divulgação do Helix Station. O Brasil é um país gigantesco no universo de entretenimento dos videogames e não entender os acontecimentos do Podcast por falta de acessibilidade é muito triste porque existem detalhes importantíssimos lá… mas, enfim. Sobre texturas, houve alguns pequenos erros. No entanto, não chegaram a estragar a experiência.

Por fim, The Callisto Protocol possui 8 capítulos no total. Com uma jornada relativamente curta, a história principal possui entre 12 a 15 horas de duração — caso não fique hipnotizado com o Modo Fotografia.

The Callisto Protocol, vale a pena?

The Callisto Protocol revive as raízes do survival-horror com brilhantismo e um amor nítido ao horror sci-fi. Esconde segredos na trama que chamam a atenção do jogador, enquanto passa por uma jornada repleta de infectados horripilantes em busca da sobrevivência, afinal, O Protocolo é sobre a vida e ela realmente vale muito a pena.

Com a participação de figuras de Hollywood, o título não possui upgrade gratuito entre gerações. Confira a seguir como adquirir, seja digital ou físico:

Mídia física:

Mídia digital:


*Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 5 pela Striking Distance Studios e KRAFTON para a elaboração desta análise*
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