
Desenvolvido por: 11 bits studios |
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Publicado por: 11 bits studios |
Gênero:: Gerenciamento e exploração |
Série:The Alters |
Lançamento: 13 de junho de 2025 |
Classificação indicativa: 16 anos |
Modos: um jogador |
Disponível para: PC, PS5 e Xbox Series S|X |
The Alters, junto com Clair Obscur: Expedition 33, tem sido considerado um dos títulos mais surpreendentes de 2025, mas será que o jogo realmente faz jus a toda essa expectativa? É o que vamos descobrir nesta review completa.
Antes de começarmos, o Teoria Geek agradece imensamente à 11 bit studios pelo envio da cópia para PC, que possibilitou esta análise.
História: Reflexões Existenciais e escolhas Pessoais
A trama gira em torno de Jan Dolski, um trabalhador comum que se vê preso em um planeta hostil e radioativo após um acidente espacial. Com suprimentos limitados e o tempo jogando contra ele, Jan descobre uma tecnologia que permite criar “Alters”, versões alternativas de si mesmo baseadas em decisões que ele poderia ter tomado ao longo da vida.
Cada Alter carrega uma personalidade única, com memórias, habilidades e traumas próprios. O jogo usa essa premissa para explorar temas profundos como identidade, arrependimento, solidão e os caminhos não escolhidos. As interações entre Jan e seus Alters são intensas e frequentemente desconfortáveis, levando o jogador a refletir sobre as consequências das próprias escolhas.
A narrativa é envolvente, com diálogos bem escritos e múltiplos desfechos baseados em suas decisões. No entanto, em alguns momentos o ritmo desacelera, especialmente quando o jogo foca nos aspectos mais técnicos da sobrevivência e da administração da base. Importante: o jogo possuí legendas em português Brasil.
Jogabilidade: Gestão, estratégia e sobrevivência
The Alters combina gerenciamento de base, exploração e elementos de sobrevivência. O jogador deve manter Jan e seus Alters vivos enquanto trabalha para consertar sua base móvel e escapar do planeta. Isso envolve coleta de recursos, fabricação de equipamentos, pesquisa e cuidado com a saúde física e mental de todos os personagens.
Cada Alter possui habilidades específicas que impactam diretamente o funcionamento da base. Um pode ser engenheiro, outro cientista, outro cozinheiro. Cabe ao jogador organizar o trabalho, gerenciar conflitos e resolver crises emocionais. A IA dos Alters é avançada e exige atenção constante, o que pode ser desafiador e, às vezes, cansativo.
O gerenciamento de tempo é fundamental. O planeta tem ciclos perigosos devido à radiação solar, e cada decisão consome tempo valioso. Saber o que priorizar pode significar a diferença entre sobreviver ou morrer. Essa pressão constante cria uma tensão que se mantém do início ao fim da campanha.
Exploração e gestão do Tempo
A base pode se mover pelo planeta, permitindo acessar novas regiões em busca de recursos. A exploração é feita por robôs que enfrentam perigos ambientais e criaturas hostis. Apesar de não ser o foco principal, a exploração oferece variedade e complementa bem a rotina de gerenciamento.
O tempo é seu inimigo mais implacável. As atividades diárias precisam ser cronometradas com precisão. Pesquisas, manutenção e produção consomem horas preciosas, e cada decisão tem peso. Essa mecânica reforça a urgência da situação e mantém o jogador engajado, embora possa frustrar quem prefere um ritmo mais tranquilo.
Aspectos técnicos e artísticos
Visualmente, The Alters impressiona com um estilo realista e detalhado. O ambiente do planeta é desolador, repleto de tonalidades frias e paisagens inóspitas. A base, com seus corredores estreitos e iluminação artificial, transmite uma sensação constante de claustrofobia.
As animações faciais são destaque, dando vida às emoções dos Alters de forma convincente. Entretanto, o jogo sofre com pequenas quedas de desempenho, especialmente em cenas mais carregadas graficamente. Embora não comprometam a experiência, esses problemas técnicos merecem atenção.
A trilha sonora é discreta, mas eficiente. Sons suaves e atmosferas tensas acompanham a jornada de Jan, reforçando a imersão. Efeitos sonoros como alarmes, batidas metálicas e ruídos externos completam a ambientação de forma eficaz.
The Alters: Vale a Pena Jogar?
The Alters é uma experiência profunda e exigente. Seu foco está na narrativa e no gerenciamento estratégico, o que pode afastar quem busca ação ou uma jogabilidade mais dinâmica. Porém, para jogadores que apreciam histórias introspectivas, dilemas morais e planejamento tático, é um prato cheio.
O ponto mais forte do jogo está na forma como usa ficção científica para explorar questões humanas. Cada Alter representa uma possibilidade, uma escolha não feita, e interagir com essas versões de Jan torna a jornada emocionalmente marcante.
