O genial “A Rede Social” (2010) do diretor David Fincher retratava a história das figuras centrais e das quais foram as responsáveis por criarem uma das maiores redes sociais da internet da história. Porém, engrenagens para esse nascimento resultou além de muito trabalho, certos golpes e fazendo a gente se perguntar até hoje quem criou o que nessa página tão conhecida. “Tetris” segue por uma linha narrativa parecida, ao desmembrar a verdadeira história por detrás sobre a origem de um dos melhores e mais criativos jogos de vídeo game da história.
| Título: Tetris |
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| Ano de Produção: 2023 |
| Dirigido Por: Jon S. Baird |
| Estreia: 31 de março de 2023 |
| Duração: 1h 58min |
| Classificação: 12 anos |
| Gênero: Biografia, Drama |
| País de Origem: EUA |
| Sinopse: Antes de Tetris se tornar um dos jogos de computador mais famosos do mundo, ele passou por uma jornada extraordinária: quando o desenvolvedor de jogos de computador nascido na Holanda, Henk Rogers (Taron Egerton), descobriu o jogo do programador russo Alexey Pajitno (Nikita Efrenov) no final da década de 1980, a Cortina de Ferro da URSS está prestes a cair. Com o objetivo de comercializá-lo mundialmente em consoles de videogame, Rogers adquire a licença do Tetris e se envolve em um turbilhão de mentiras e corrupção, de modo que precisa negociar até com o serviço secreto russo KGB. Enquanto várias partes fazem reivindicações legais sobre o jogo, Rogers logo se vê envolvido em uma enorme batalha legal… |
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Narrativa
Dirigido por Jon S. Baird, o filme retrata os primeiros anos da Tetris antes de se tornar um dos jogos mais conhecidos do final dos anos oitenta. Quando um desenvolvedor de jogos Henk Rogers (Taron Egerton), descobriu o jogo do programador russo Alexey Pajitno (Nikita Efrenov) a União Soviética estava prestes a cair. Com o objetivo de comercializá-lo mundialmente em consoles de videogame, Rogers adquire a licença do Tetris e se envolve em um turbilhão de mentiras e corrupção, de modo que precisa negociar até com o serviço secreto russo KGB.
Em tempos atuais em que as adaptações de vídeo games para o cinema e TV andam fazendo um grande sucesso é sempre bom ver um filme que fale um pouco sobre as origens e as motivações que levaram certas pessoas a criarem jogos de computador que mudaria a rotina de diversas gerações. No caso deste filme ele começa de imediato, onde vemos Henk Rogers descobrir por acaso o Tetris e tentar obtê-lo a todo custo para comercializá-lo O início do filme, por exemplo, nos dá uma noção do tipo de narrativa que nos aguarda, sendo ela dinâmica, cuja edição de cenas se moldam como um verdadeiro balé e se entrelaçando com cenas que prestam uma curiosa homenagem aos visuais dos primórdios do vídeo game. Para quem cresceu nos tempos de Atari e Nintendo o filme acaba se tornando um verdadeiro prato cheio.
Como não poderia deixar de ser, o longa é uma bela reconstituição de época, ao nos passar tempos mais dourados e inocentes de juventude que aguardava sempre por uma nova novidade no mercado dos games e sintetizando tempos mais simples em que não ficávamos vidrados em um celular, mas sim em um simples jogo construtivo. Porém, sempre existe um lado sombrio por detrás da cortina e o filme toca na ferida sobre os desdobramentos sobre a licença para a comercialização mundial do jogo, mas acredito eu que a minha geração jamais imaginaria que a origem do produto estava em solo russo e tão poucos nos tempos da União Soviética. É aí que o filme entra em um território curioso e ao mesmo tempo delicado, já que a trama não esconde sempre as conhecidas neuroses ao retratar aqueles tempos Russos como sendo os grandes vilões contra a humanidade, muito embora eu ache que esse retrato aqui foi um tanto que contido diga-se de passagem.
Porém, por mais que se diga que o filme seja baseado em fatos verídicos, é completamente impossível que algumas passagens vistas na tela realmente tenham acontecido. O famigerado agente da KGB, interpretado por Greg Kolpakchi, com certeza é um personagem fictício, pois ele é completamente caricato, estando ali somente para representar o lado vilanesco do Comunismo, mas do qual o mesmo reconhece que estava acabando e se aproveitando do licenciamento da Tetris para obter algum lucro. Curiosamente, o filme retrata o preludio da queda da União Soviética e com o direto da presença do próprio Mikhail Gorbachev inserido dentro da trama.
Claro que tudo isso é somente para dar maior dramaticidade para trama, com o direto de uma perseguição no final do terceiro ato que não deve nada a um filme de ação. É nítido, por exemplo, que os realizadores buscaram inspiração em “Argo” (2012), já que ambos os casos as situações de tensão podem até terem acontecido, mas cuja reconstituição dos fatos se tornam um tanto que inverossímil. Mas isso é hollywood, onde a toda poderosa sempre decide dar uma incrementada em certas histórias.
Apesar dessas liberdades criativas o filme é uma sessão obrigatória para aqueles que cresceram nesta época e ao mesmo tempo conhecer melhor como funciona as engrenagens do dinheiro e sobre quem dá o valor mais alto pelo produto. Independentemente de quem seja o verdadeiro dono de alguma grande ideia, infelizmente, o dinheiro acaba sempre fala mais alto e fazendo com que a verdadeira história fique por um tempo obscura diante dos nossos olhos. Portanto, nada melhor do que o próprio cinema revelar os fatos, mesmo quando nem tudo é realmente fiel ao que realmente havia ocorrido.
Veredito
“Tetris” é um filme obrigatório para os amantes de um dos melhores jogos de vídeo game da história, mesmo quando suas origens se encontram também muitas ambições e intenções duvidosas.
Onde Assistir: Apple TV.
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