Superman | Confira nossa crítica

O ponto de partida do DCU de James Gunn com Superman chega aos cinemas com mistura de leveza e poder, com um universo já estabelecido, em um filme bonito e cheio de nostalgia.

 

Fator Nostalgia

James Gunn consegue mostrar que continua tendo uma boa mão para unir nostalgia e novidade com maestria, assim como havia feito anteriormente com os Guardiões da Galáxia. Aqui, ele mostra que fez bem a lição de casa, ao conseguir unir bem a estética dos quadrinhos e do primeiro filme de Christopher Reeve, já no título do filme, com a utilização de fonte “retrô”.

Ele brinca bastante como passado, seja com o topo do prédio do Planeta Diário, ou outros elementos, mesmo colocando toda a tecnologia e loucura de Lex Luthor para ser o contraste sobre modernidade. A adição de Krypto (o super cão), e o fato de já haver meta humanos sendo conhecidos no planeta durante 3 séculos, faz com que o filme não fique com cara de um filme de origem, e com isso, já esteja dinâmico e não precisando de muitas explicações.

A Ciência do Perigo

Lex Luthor já tem rivalidade forte contra Superman bem definida desde o início, trazendo muitos momentos de “cérebro contra músculos”, e algumas revelações bem curiosas. O fato de termos aqui um paralelo sobre buracos negros e “universos de bolso” pode garantir ainda possibilidades de multiverso a qualquer momento, caso seja interessante para a história, sem ficar a bagunça que foi em “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” ou mesmo em “The Flash”.

A presença de Senhor Fantástico (Mr Terrific) o traz como um dos melhores personagens do filme, com momentos hilários e outros momentos mais sérios, enquanto Guy Gardner serve como alívio cômico no mesmo estilo dos quadrinhos. Já a Gaviã tem poucos momentos, mas, consegue ter bom destaque neles.

Temas Pesados de Forma Didática

Enquanto tivemos muitos filmes nas últimas duas décadas tentando encaixar temas atuais de forma forçada, em Superman, finalmente vemos temas sérios sendo colocados de forma orgânica, como imigração e guerra por questões geopolíticas. Se o espectador estiver bem atento, pode até relacionar com coisas que estão acontecendo diariamente no mundo, como guerras territoriais e até culturais.

O poder da imprensa é mostrado no filme de forma genial, deixando explícito como é, na prática, um cancelamento instantâneo de uma figura pública, por algo sendo mostrado fora de contexto ao mundo, principalmente pela televisão. O filme até brinca com os “trolls” e “haters” da internet, colocando macaquinhos adestrados espalhando ódio em foruns e sites, dentro do filme. Talvez apenas um ou outro momento de cena de ação, o CGI traga um leve desconforto, porém, nada que estrague o filme.

Veredicto Final

Um filme honesto, e sem sombra de dúvidas, pode agradar a gregos e troianos, pois é, sem dúvidas, o clima de um filme de quadrinhos como ele deveria ser, bem colorido, com cueca em cima da calça, e as piadas não ficam atrapalhando o ritmo (como ocorre em vários filmes dos últimos 15 anos). Vale o ingresso, sem sombra de dúvidas!