Sandman: 2ª Temporada | Confira nossa crítica

Num momento em que a pressa dos streamings por conteúdo substituiu o capricho, diminuindo demais a qualidade das produções, é muito bom ver uma obra entregar material de tamanho esmero.

Ficha Técnica
Título: Sandman
Ano de Produção: 2024
Dirigido Por: Neil Gaiman
Estreia: 2025
Duração: 12 episódios
Classificação: 18 anos
Gênero: Fantasia
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Após anos aprisionado, Morpheus, o Rei dos Sonhos, embarca em uma jornada entre mundos para recuperar o que lhe foi roubado e restaurar seu poder.

 

Família Eterna

Interagir com nossos parentes, em boa parte dos casos, é um enorme desafio de paciência e diplomacia. Agora imagine relações desgastadas pelo lento transcorrer dos milênios, indispensáveis perante obrigações primordiais à existência humana.

Justamente diante de tal cenário jaz o frígido Sonho (Tom Sturridge), após a convocação de uma reunião extraordinária pelo impassível irmão mais velho, Destino (Adrian Lester). Reencontrando ele, então, os excêntricos demais membros fraternos da genealogia dos Perpétuos.

Conforme a história evolui, torna-se necessário também recorrer aos pais. Precisando o contrariado protagonista pedir ajuda ao inclemente Tempo (Rufus Sewell) e à compreensiva Noite (Tanya Moodie). Ações deveras malfadadas, sem resultado prático nenhum frente as necessidades do afastado rebento.

Presente Diabólico

Imerso num turbilhão de infortúnios em profusão, o Senhor do Sonhar ainda acaba vítima das maquinações ardilosas de Lúcifer (Gwendoline Christie). Cujo qual lhe concede a chave do Inferno, bem como seu total e absoluto domínio.

Todavia, o agora aposentado Estrela da Manhã não toma a atitude em questão por motivos nobres, obviamente! Pois a posse de tão valioso reino, coloca um enorme alvo nas costas do novo dono. Atraindo, de pronto, a atenção das mais variadas divindades do mundo.

Sem pretensões de manter consigo o soturno império erguido pelo Arcanjo Caído, só resta ao atual detentor selecionar alguém que considere à altura dessa função. Tarefa, a propósito, extremamente inglória.

Olhos Cobiçosos

Monopolizando os holofotes, enquanto é bajulado e ameaçado pelos candidatos interessados no inestimável prêmio, Morpheus tenciona resolver o quanto antes o imbróglio. Afinal, assuntos de maior importância requerem sua ilustre presença.

Avaliar uma temporada onde tanta coisa aconteceu, trata-se de missão bastante complexa. Portanto, algo sem dúvida vai passar batido! Contudo, foi precisamente a rica quantidade de assuntos abordados com maestria, o principal destaque dessa leva derradeira de episódios.

O verdadeiro espetáculo, entretanto, fica por conta dos quesitos técnicos. Uma legítima aula de deleite audiovisual! Proporcionando aos espectadores cenários monumentais, efeitos especiais impecáveis, profunda trilha sonora, excelentes figurinos, maquiagem magistral e atuação fantástica de todo o elenco.

Porém, a cadência demasiada em alguns trechos incomoda um pouco, provocando a falsa sensação de que a trama não sai do lugar. Outro ponto negativo é a ausência de grandes confrontos, capazes de conceder ares épicos à aguardada jornada final. Fora um desfecho agridoce, indigno da grandiosidade do resto dessa maravilhosa adaptação.

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