Ruby Marinho: Monstro Adolescente | Confira nossa crítica

Uma Kraken adolescente vivendo entre humanos e descobrindo quem ela é, durante a transição de fases da vida, animada pela Dreamworks!

Ficha Técnica
Título: Ruby Marinho – Monstro Adolescente
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Kirk DeMicco
Estreia: 29 de Junho de 2023
Duração: 1h31
Classificação: Livre
Gênero: Animação
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Ruby é uma estudante doce e desajeitada do ensino médio que descobre ser descendente direta das guerreiras kraken. Destinada a herdar o trono de sua avó, Ruby deve usar seus novos poderes para proteger aqueles que ela mais ama.

 

Adolescentes em alto mar

A Dreamworks, conhecida por seus personagens caricatos em filmes como “Shrek” e “Kung Fu Panda”, agora nos apresenta um novo universo: “Ruby Marinho – Monstro Adolescente”. Embora seja vendido como um filme infantil, é mais apropriado para adolescentes, principalmente por sua linguagem e temas – incluindo gírias adolescentes, mudanças físicas, sentimentos confusos na vida amorosa, baile de formatura e preocupações típicas dessa fase da vida.

No filme, acompanhamos a época do fim do período colegial da turma de Ruby Marinho, que está animada com o baile de formatura, mas, sua família não permite porque ela jamais deve entrar na água do mar (e os motivos são explicados ao longo dos acontecimentos do filme).

Libertem o Kraken!

Apesar de alguns diálogos no primeiro ato do filme terem uma agenda política cultural que pode desagradar algumas pessoas, o filme consegue ser divertido e dramático ao mesmo tempo. Comparado com outro clássico da Disney, “A Pequena Sereia” (o qual recebe algumas cutucadas em alguns momentos do filme), “Ruby Marinho” oferece novidades e diferenças significativas, além de trazer informações interessantes sobre criaturas do mar como krakens e sereias, e as diferenças entre suas lendas originais e a versão que as conhecemos nos dias atuais.

Altos e Baixos

A animação é bem feita, e os personagens são típicos da Dreamworks (personalidades divertidamente exageradas e aparências fora do comum). A dublagem também é um ponto forte, embora algumas pessoas tenham sentido falta das vozes originais do trailer na versão final. No entanto, isso não afeta a qualidade geral do filme.

Os efeitos visuais do filme, principalmente em relação à luzes e cores, é magnífico, e emociona, como a maioria dos trabalhos da Dreamworks. A trilha sonora é boa, mas, não muito marcante, apenas consegue passar a emoção no momento, depois, é facilmente esquecida.

A Pequena Kraken

Ruby vive com seus pais e seu irmão mais novo, e para se misturarem aos humanos, eles usam a desculpa de serem “canadenses”, para as pessoas não estranharem a cor azul de sua pele.

Ela tem amizades bem inusitadas (um streamer de games, uma garota apocalíptica e uma amiga “espoleta”, além de ter crush em um garoto “nerd descolado” que anda de skate), e é até simpática, mesmo com os moradores mais estranhos de seu vilarejo.

Veredito final

“Ruby Marinho – Monstro Adolescente” é um mergulho no rito de passagem adolescente dos dias atuais aos moldes de adolescentes dos Estados Unidos, um tema bastante diferente de como seria a adolescência no Brasil, por exemplo. É um filme interessante de se assistir, sem ser cansativo. Se vale ou não o ingresso, dependerá da consciência de cada um. Mas, para cinéfilos curiosos em conhecer os dilemas dos adolescentes americanos em alto mar, a história de “Ruby Marinho – Monstro Adolescente” é uma boa pedida.

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