
Desenvolvido por: Brace Yourself Games, Tic Toc Games |
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Publicado por: Klei Publishing |
Gênero::Musica e ritmo |
Série:NecroDancer |
Lançamento: 5 de Fevereiro |
Classificação indicativa: 10 anos |
Modos: Um jogador |
Disponível para: PC |
Rift of the NecroDancer é uma experiência bem única mas que merece muita atenção, desde sua jogabilidade ritmica até sua história contada em formato de visual novel, tudo combinado com trilha sonora e arte incríveis, entregam uma expirência interessante. Vem comigo que eu detalhe tudo neste review.
História
Rift of the NecroDancer expande o universo iniciado em Crypt of the NecroDancer, mas troca as masmorras por um cenário mais moderno e urbano. A protagonista, Cadence, é transportada para uma realidade contemporânea após eventos não totalmente explicados, onde fendas rítmicas começam a se abrir e ameaçar o equilíbrio do mundo. Cabe a ela resolver esses distúrbios ao som de muita música, enfrentando inimigos com ataques sincronizados à batida.
A narrativa é leve, quase incidental, e funciona mais como cola entre os diferentes desafios musicais do que como um enredo com peso dramático. Ainda assim, ela tem charme. Cadence agora interage com amigos, participa de atividades cotidianas como aulas de yoga e ajuda pessoas em pequenas tarefas, tudo isso apresentado com bom humor e simplicidade. Embora não vá marcar o jogador pela profundidade, a história contribui para dar identidade ao jogo e apoiar sua estética mais “slice of life”, sem comprometer o foco na ação rítmica.
Jogabilidade
A maior mudança de Rift of the NecroDancer em relação ao seu antecessor está na estrutura das mecânicas. Enquanto o original combinava roguelike com ritmo, em labirintos pixelados, o novo jogo assume o formato de um lane-rhythm game, no estilo Guitar Hero ou Dance Dance Revolution, mas com suas próprias ideias. O jogador deve lidar com inimigos que aparecem em cinco pistas horizontais, derrotando-os com comandos sincronizados à música. Cada inimigo tem seu próprio padrão de movimento e tempo de ataque, exigindo atenção e reflexos rápidos.
Apesar de parecer simples à primeira vista, o jogo surpreende pela variedade. A cada novo capítulo, surgem minigames com novas mecânicas: lutas contra chefes com puzzles rítmicos, sessões de yoga baseadas em precisão e fluidez, e até desafios com elementos de bullet hell, todos integrados à trilha sonora. Essa constante reinvenção mantém a jogabilidade fresca e evita a repetição, mesmo com uma base mecânica sólida e constante.
A curva de dificuldade é bem calibrada. As primeiras músicas são acessíveis, mas conforme o jogo avança, a precisão exigida aumenta e os padrões se tornam mais complexos. Felizmente, há modos de acessibilidade e configurações de dificuldade que permitem ajustar a experiência conforme o nível de habilidade de cada jogador. Para os fãs de jogos rítmicos, o desafio é envolvente sem ser injusto.
Aspectos técnicos e artísticos
Visualmente, Rift of the NecroDancer mantém o estilo pixel art que tornou a série reconhecida, mas com uma direção de arte mais limpa e moderna. O cenário urbano colorido, os personagens carismáticos e os efeitos visuais bem integrados à batida criam uma estética coesa, charmosa e agradável. Tudo pulsa com ritmo: desde os ataques até os elementos do fundo, tudo se move com base na música, o que fortalece a imersão.
A trilha sonora, como era de se esperar, é o grande destaque técnico. Composta por Danny Baranowsky e artistas convidados, ela varia entre estilos eletrônicos, chiptune e até trilhas com pegada rock. As faixas são não apenas cativantes, mas também funcionais, já que cada uma dita o ritmo e a estrutura das fases. A mixagem é bem feita, e o som nunca se torna confuso, mesmo nas batalhas mais caóticas.
No quesito desempenho, o jogo roda de forma estável. Os tempos de carregamento são curtos, a interface é clara e há suporte para diferentes tipos de controle. Mesmo em setups mais modestos, a performance se mantém fluida, o que é essencial para um jogo que depende tanto de precisão e resposta rápida aos comandos.
Rift of the NecroDancer: Vale a pena?
Rift of the NecroDancer é uma reinvenção criativa de uma franquia que já era conhecida por inovar. Ao abandonar o formato roguelike e abraçar um gameplay rítmico mais tradicional, ele corre riscos, mas consegue manter a identidade carismática e musical da série. A nova abordagem oferece um ritmo acessível, mecânicas variadas e uma trilha sonora de primeira, tudo apresentado com visual marcante e humor leve.
No entanto, vale dizer que a experiência é claramente voltada para quem gosta de jogos rítmicos. A ausência de um modo roguelike ou de exploração pode decepcionar fãs mais puristas do primeiro jogo. Além disso, por ser totalmente single-player, o fator replay depende unicamente do gosto pessoal pela música e pelos desafios oferecidos.
