REVIEW: Shadow of the Tomb Raider

Sendo o último de uma trilogia, Shadow of the Tomb Raider fecha um ciclo de desenvolvimento e refina os conceitos originais presentes em seus antecessores, mesmo que não emplaque grandes inovações. Nesta aventura, veremos uma Lara muito mais complexa em seus ideais e conflitos internos, além de visivelmente mais madura, que nem de longe se assemelha à Lara insegura e frágil dos jogos passados. Desta vez a Crystal Dynamics sai de cena para ficar apenas na supervisão da produção e o desenvolvimento fica a cargo da Eidos Montreal.

FICHA TÉCNICA

Desenvolvedora(s): Eidos Montréal
Publicadora(s): Square Enix
Diretor(es): Daniel Chayer-Bisson
Plataforma(s): PC, PlayStation 4 e Xbox One
Data(s) de lançamento: 14 de setembro de 2018
Gênero(s): Ação-aventura
Modos de jogo: Um jogador

⌊⌊   ENREDO   ⌉⌉

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Nessa nova aventura, o enredo é ambientado nas selvas da América do Sul e conecta as peças finais ligando Lara à Trindade, a organizado secreta que surgiu desde o reboot, antagonizando em toda a trilogia. Graças a um item mágico, Lara inadvertidamente desencadeia o início do apocalipse da era dos homens. Novamente, o destino do mundo está em suas mãos antes que a Trindade o alcance e mude definitivamente o mundo que conhecemos.

⌊⌊   VISUAL/GRÁFICOS   ⌉⌉

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Os cenários são espetacularmente belos, vastos e incrivelmente detalhados, tornando-o um deleite aos olhos até mesmo dos mais desatentos. A iluminação volumétrica “brilha” literalmente nesse jogo, ocasionando momentos de tensão mesmo sob a água, que por sinal foi uma das grandes sacadas positivas do jogo. Áreas submersas repleta de itens e ameaças, que podem acabar com você, enquanto se perde vislumbrando a beleza das cavernas e palácios submersos.

⌊⌊   JOGABILIDADE/GAMEPLAY   ⌉⌉

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Em alguns momentos, lembra muito o estilo Uncharted com áreas abertas para exploração, mas sua semelhança termina aí. Shadow of the Tomb Raider mescla perfeitamente o tema com os cenários (belíssimos por sinal) e aos puzzles espalhados pelo jogo. Puzzles estes não muito complexos, estando bem equilibrados. Em Shadow of the Tomb Raider o foco principal está na exploração e coletagem de itens espalhados pelo cenários. E são MUITOS! A ordem aqui é coletar matérias-primas para se fabricar armas, ervas e vestimentas. As cenas de ação com tiroteios estão bem menos presentes, como se a Eidos quisesse propositadamente retornar à essência do jogo original, onde a ação não era o foco inicial, mas sim a exploração das áreas e resolução de alguns puzzles. Temos como adições para esta nova jornada, o aprimoramento da furtividade (ao passar lama no corpo para se camuflar no ambiente ou de flechas com ação alucinógenas contra os inimigos), além de novos equipamentos como o Rapel e o equipamento de escalagem.

⌊⌊   CONCLUSÃO   ⌉⌉

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Mas nem tudo são flores. Enquanto o aspecto visual brilha, o enredo é extremamente clichê, E é justamente aqui – na história – que Shadow of the Tomb Raider perde valiosos pontos. A narrativa de Lara, já amadurecida pelos traumas vividos nas aventuras anteriores, não é aprofundada da forma como deveria. Seus conflitos internos são abandonados na metade do jogo e o que se vê é uma personagem bem superficial. Não que Shadow of the Tomb Raider seja ruim. Longe disso! Ele resgata o que já era bom em seus antecessores, ao nos entregar ainda com mais beleza, cenários de natureza e ruínas retratadas de forma jamais vista em nenhum outro jogo. Uma lástima que o enredo não acompanhe a grandiosidade e a espetacular realização técnica. O resultado final é uma experiência gratificante para aqueles gostam de explorar horas e horas, cada canto dos cenários criados. Shadow of the Tomb Raider está disponível para PC, PlayStation 4 e Xbox One. O jogo foi terminado em um Xbox One. Agradeço ao amigo L_Vini, o qual cedeu uma cópia do jogo.