Com uma pegada mais survival e bem stealth, Ghost Recon Breakpoint veio mostrar como a Ubisoft sabe projetar ambientes imersivos com seus mapas de mundo aberto, porém, não agradou nós jogadores em muitos aspectos. O que deu errado?
- Desenvolvido por: Ubisoft Paris
- Série: Tom Clancy’s Ghost Recon
- Lançamento: 4 de outubro de 2019
- Gênero: Ação, aventura e mundo aberto
- Classificação Indicativa: 17 anos
- Modos: Single e multi player
- Disponível para: Playstation 4, Xbox One e PC
Assumimos o papel de um dos Ghosts, denominado “Nomad”, membro do batalhão de elite das forças armadas especiais norte americanas. Nossos antigos aliados se rebelaram, formaram seu próprio batalhão e nos cabe agora resolver os problemas causados pelos inimigos, nos infiltrando e camuflando na ilha fictícia de Auroa. O game foca mais em seu modo survival, com grupos numerosos de inimigos que possuem acesso a muitas das mesmas armas, habilidades e equipamentos que nós. Consequentemente, será necessário coletar recursos, equipamentos e XP para enfrentarmos certos grupos espalhados pelo mapa, conciliando com o gerenciamento do cansaço, fome e a hidratação do nosso personagem.
Temos um começo de campanha muito interessante, um pouco lento, porém ótimo para aprendermos as mecânicas iniciais. O problema é que, após pegarmos o jeito, o jogo se torna bastante repetitivo. São basicamente as mesmas coisas em todas as missões (seja principal ou secundária): ir até um ponto do mapa, resgatar alguém ou colher informações, se esconder para matar um grupo de inimigos e retornar para coletar sua recompensa.
O jogo não possui uma diversidade em suas missões, ou personagens no geral que nós encontramos por Auroa, que nos façam ter aquele sentimento de apego a eles. E por conta dos NPC’s não possuírem backgrounds suficientes, não há aquela vontade genuína de ir atrás do objetivo e ajudá-los, pois sempre é a mesma coisa. O que complica também as missões em nossa gameplay é o fato do deslocamento ser beeeem difícil, com automóveis que desgovernam-se facilmente. Acaba sendo mais tranquilo e divertido pilotarmos helicópteros, porém, isso tira um pouco da nossa experiência, e coleta de loots que ficam escondidos em terra firme no mapa.
Em pouco tempo de campanha, conseguimos chegar ao acampamento que nos permite conectarmos com outros players para enfrentarmos missões online, ou até mesmo jogarmos o PvP chamado “Ghost War”. A proposta é muito divertida e realmente te prende, sendo possível usar o ganho de XP e armas da campanha nesses modos. Como há um porém para tudo, infelizmente, os bugs, crashes parciais ou totais durante o jogo e os respawns malucos que te fazem surgir a muitos quilômetros de distância de seus aliados, acabam desmotivando por muitas vezes.
Falando em desmotivação, um assunto que repercutiu foi sobre as microtransações dentro do game. Em seu lançamento, a versão mais básica estava custando em média de R$230 e o fato de ainda ter microtransações para itens cosméticos não alegrou os jogadores. Mas saiba que elas não são necessárias pois os itens podem ser encontrados pelo mapa e nenhum produto dentro da loja lhe trará real vantagem sobre o inimigo, não sendo um “pay to win”. Podem ficar tranquilos.

É nítido como Breakpoint acabou não agradando a maioria por conta de seus problemas, mas há pessoas, sim, que curtiram o game. Ele irá te proporcionar algumas horas de diversão, mas além das repetidas missões e chatices que os bugs geram, temos que olhar o enredo geral que a história traz e o multiplayer. A ambientação e o enrendo num geral até que compensam um pouco, mas, infelizmente, não superam os problemas e o valor do game.
Quem comprou antes do lançamento talvez tenha se chateado por conta disso, mas se você está pensando em comprá-lo quando os preços diminuírem, talvez não seja tão ruim assim. Quem sabe até lá alguns dos problemas já tenham sido consertados?
~ Ceci
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