REVIEW | Jogo: Final Fantasy VII

Desenvolvido por: Squaresoft
Publicado por: Squaresoft / Square-Enix
Série: Final Fantasy
Lançamento: 31 de janeiro de 1997 (Japão), 7 de setembro de 1997 (EUA) e 17 de novembro de 1997 (Europa)
Gênero: JRPG
Modos: Single Player
Versões: PlayStation e Microsoft Windows (original); PlayStation 3, PlayStation Portable e PlayStation Vita (PlayStation Classics), PlayStation 4, iOS, Android, Xbox One e Switch (ports/remaster); PlayStation Classic Mini; e Dive In (streaming).

Cultuado por muitos, odiado por outros, Final Fantasy VII indiscutivelmente é o maior game da Square-Enix, lançado ainda antes da fusão da Squaresoft com a Enix, responsável por Dragon Quest. Com seu desenvolvimento iniciado em 1994 para o Super Nintendo, o game só foi lançado em 1997, para o PlayStation original. A SquareSoft enfrentou atrasos e dificuldades técnicas enquanto realizava experimentações feitas em várias plataformas, o que a levou a mudar a produção para o console da Sony, iniciante no mercado de games, pelas vantagens do formato da sua nova mídia, o CD-ROM, tendo inclusive extrapolado o espaço de armazenamento da mídia, lançando o game em 3 discos.

O título foi o primeiro jogo da série principal lançado fora de uma plataforma Nintendo, encerrando assim a parceria de longa data entre Square e Nintendo, o que acabou enfurecendo alguns executivos desta companhia. Foi o primeiro título da série a empregar FMV e gráficos 3D, com a maioria das cenas usando modelos de personagens sobre imagens pré-renderizados, com modelos dos personagens variando entre estilos SD nos cenários, no mapa mundi e cutscenes ingame, e um estilo mais realista durante os combates e algumas poucas CGI.

Os sistemas de jogabilidade permaneceram praticamente inalterados em relação a jogos anteriores, porém Final Fantasy VII foi o primeiro a utilizar uma ambientação com elementos de ficção científica e uma apresentação mais realista, em um contexto cyberpunk. O orçamento final de produção e publicidade ultrapassou a marca de US$80.000.000, um valor sem precedentes para a época.

Foi também o título da franquia que mais teve spin-offs, como um filme impressionante em CGI, Advent Children, contando os eventos 2 anos após os acontecimentos do game; Crisis Core, uma prequel, lançada para o PSP; Before Crisis, game de celular lançado exclusivamente no Japão, também prequel; Last Order, um episódio em anime recontando certo trecho flashback apresentado no game; Dirge of Cerberus, game action shooter em terceira pessoa contando eventos após Advent Children; On the Way to a Smile: episode Denzel; um OVA contando eventos anteriores, pouco antes de Advent Children; e seus personagens apareceram em diversos outros games da companhia, tais como Final Fantasy Tactics, Dissidia, Kingdom Hearts, Itadaki Street e Ehrgeiz: God Bless The Ring, além de Smash Bros., da Nintendo, agora com as pazes feitas novamente.

A trilha sonora é formidável, sendo também o primeiro título da franquia com músicas e efeitos sonoros em qualidade de CD, com trilhas memoráveis, até hoje como preferidas por muitos fãs, tais como a icônica One Winged Angel, música tema do vilão Sephiroth, a primeira música cantada da franquia. Muitas delas foram retrabalhadas ao longo dos anos, nas outras iterações do sétimo episódio, mas ainda assim, suas formas originais não ficaram datadas.

O combate não muda muito em relação aos títulos anteriores, porém, cabe ressaltar, que este é um dos títulos mais fáceis da franquia, com os verdadeiros desafios ficando a cargo de chefes opcionais do endgame. Seguindo sem fazer grind, enfrentando apenas os inimigos que surgirem ao longo do caminho (nos irritantes combates aleatórios), será suficiente para concluir o game, sem muita resistência.

A história é uma das melhores, com alguns dos plot twists mais comentados do mundo dos games: sim, Aerith e Zack, estou olhando para vocês!

Primeiramente, o game era exclusivo de PS1, sendo lançado para PC no ano seguinte e, mais recentemente, recebendo port para os 3 consoles vigentes, com alguns cheats: opção de acelerar o tempo, pular batalhas randômicas e invulnerabilidade, apesar de poder continuar sofrendo game over, se for o caso de um ataque muito forte ou inutilização completa dos membros da party.

Olhando o game hoje, é indiscutível a necessidade que o game tinha de um remake, com essa semente plantada na cabeça dos fãs ainda em meados de 2005, durante a apresentação de uma tech demo para PS3. Internet afora, existem inúmeros mods para consoles desbloqueados e PC que dão uma retrabalhada no visual dos personagens, cenários e na trilha sonora. A melhor opção, para um console original, fica sendo o PSP ou Vita, que com suas telas menores o visual incomoda menos. Se você ignorar os gráficos extremamente datados e o sistema de colisão com os itens do cenário desengonçado, o game original ainda se sustenta até hoje, é claro que necessitando o jogador situar-se com a cabeça no contexto da época. Se não for feito isso, o preconceito reinará.