Resident Evil 4 é a prova de que um Remake pode ser desejado.
| Desenvolvido por: Capcom |
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| Publicado por: Capcom |
| Gênero: Survival Horror |
| Série: Resident Evil |
| Lançamento: 23 de março de 2023 |
| Classificação indicativa: 18 anos |
| Modos: 1 Jogador |
| Disponível para: PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e PC |
A verdade é que Remakes são vistos com certa negatividade, pois é sempre preferível jogar algo novo do que uma história reaproveitada.
Mas, e se conseguissem deixar a narrativa ainda melhor que a original, será que seria motivo suficiente para os jogadores o comprarem novamente?
É justamente isso o que Resident Evil 4 Remake consegue fazer: substituir com esmero um dos maiores clássicos do survival horror.
Un Forastero
Resident Evil 4 consegue trazer toda a história do original e deixá-la mais bonita, como um arbusto depois de podado, que não só apresenta uma aparência melhor, como fica mais forte e saudável. A Capcom tomou o cuidado de retirar apenas aquilo que tirava o ar realista do jogo e acrescentar outros momentos muito mais ricos para a aventura.
Personagens que antes você poderia detestar ou pelo menos não se importar, ganham carisma e diálogos mais coerentes. A sensação é que todos os atores que participaram do novo elenco, souberam convencer muito mais. Além de tudo, retirar a sexualização das conversas fez com que até o Luis Sera se tornasse um personagem, agora, admirável.
La Aldea
Com um ar ainda mais sombrio, todo o vilarejo, assim como seus arredores, ganharam um aspecto mais sinistro e assustador. A maioria dos cenários está lá, só que de um jeito novo e melhor ambientado. Dá gosto de procurar itens e documentos em cada cantinho, para conferir todos os ângulos daquele lugar já conhecido, mas reestruturado.
Resident Evil 4, inclusive, foi localizado de forma excelente, trazendo todos os textos, interface e diálogos para o nosso idioma, menos em alguns trechos, onde os habitantes falam a língua local. Afinal, não iríamos querer perder o charme dos inimigos. Em resumo, as vozes combinaram com seus personagens, aumentando a empatia e a imersão como um todo.
Es diferente
A principal fonte de diversão de um jogo é sua gameplay. Afinal, uma gameplay ruim corre com qualquer jogador.
No entanto, como trazer uma nova mecânica e mesmo assim manter o jogador ansioso e preocupado a cada passo? Trazendo novas ferramentas e limitando seus movimentos.
Leon continua não podendo correr de forma desenfreada e nem esquivar, deixando o jogador levemente trancado em situações perigosas e o forçando a ser estratégico e habilidoso. Mas, é possível agachar, realizar ataques corporais, após desestabilizar seu adversário, e até realizar abates de maneira furtiva e bloqueios com a faca.
Aliás, os abates furtivos com a faca são ótimos para passarem despercebidos, contudo, parece que não é uma estratégia totalmente eficiente, já que muitos inimigos não permitem abertura para que você os mate sem chamar a atenção de ninguém. No entanto, o bloqueio com a faca – o famoso parry – é simplesmente incrível e incrementa os combates de forma eficiente.
Logo, a faca passa então a ter uma utilidade muito maior em Resident Evil 4, se tornando até a queridinha de alguns. Mas não fiquem entusiasmados, pois ela quebra! Ora, estamos num survival horror, não é?! Obviamente, é da essência do gênero passar sufoco.
Las Plagas
Igualmente, os inimigos recebem uma atenção especial, seja no primor gráfico, que torna toda a mutação muito mais assustadora, seja no seu comportamento e resistência, quando da dificuldades maiores. A reação aos tiros foi bem formulada, tornando a vida do jogador mais fácil. Atire numa dinamite e ela explodirá a todos ao redor; acerte um tiro antes do inimigo disparar e você cortará seu movimento; e atinja um coquetel molotov e seu adversário pegará fogo. São coisas que já existiam, mas parece que, agora, funcionam muito melhor.
A mira também está excelente, mesmo que nos consoles o balanço do corpo do personagem atrapalhe um pouco, ficando em desvantagem com a precisão dos mouses no PC. Além disso, o DualSense soube ser aproveitado e oferece não só gatilhos, que mudam o “peso” em relação à arma, como também vibrações únicas para algumas ações.
Quanto ao desempenho gráfico no PlayStation 5, se mostrou eficiente, e a estabilidade da taxa de quadros não decepciona. É claro que é possível notar que se tratando de um console tão potente, deixa um “pouquinho” a desejar em alguns aspectos, mas nada que atrapalhe a aventura, principalmente se considerarmos que ainda não é um jogo exclusivo da atual geração.
¡Puede Mejorar!
O sistema de progressão do jogo acaba por aumentar o fator replay, oferecendo diversas recompensas para o jogador que for mais minucioso em suas buscas e desafios.
Além da própria progressão ingame, em que é possível melhorar armas – e utilizar um colete de proteção – e, ainda, com o dinheiro adquirido da venda de tesouros, agora é possível conquistarmos outros benefícios.
Aliás, ao ir atrás de colecionáveis, você pode acabar adquirindo uma faca inquebrável. Ou conquistando pontos na galeria de tiros, o jogador pode receber chaveiros, que podem ser acoplados em sua mala para lhe conceder vantagens. Sem contar com os trajes que, também, podem ser adquiridos ao completar desafios e realizar as missões secundárias do mercador, lhe garantindo acesso a uma nova loja de trocas, repleta de novos itens como armas, acessórios e muito mais.
Resident Evil 4 Remake: ¿Vale la pena?
Seja você um ex-jogador ou um forasteiro em Resident Evil 4, jogue! Pela primeira vez, um Remake deve disputar com força um GOTY, pois ele não é, apenas, uma boa readaptação. Aqui, a Capcom aprendeu com seus erros e deu uma aula de como agradar a todos e tornar um jogo antigo em algo hypado, desejado e altamente recomendado.
Eu não escolhi esse caminho. O caminho, ele me escolheu. Leia mais aqui
