RESENHA | Filme: Cargo (2018)

Estrelado por Martin Freeman (O Hobbit), Cargo é um filme de drama travestido de zumbis.
O filme conta a história de um pai tentando sobreviver com seu bebê num mundo pós-apocalíptico. Levando-se em conta a máxima “Pra cada escolha, uma renúncia”, o protagonista deve escolher bem seu próximo passo, já que cada um pode ser o último.

 

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Ficha técnica

Título: Cargo (Original)
Ano produção: 2017
Dirigido por: Ben Howling Yolanda Ramke
Estreia: 18 de Maio de 2018 ( Brasil )
Elenco de Cargo:
Martin Freeman –  Andy
Simone Landers – Thoomi
Anthony Hayes – Vic
Bruce R. – Carter
Caren Pistorius – Lorraine
Duração: 104 minutos
Classificação: 16 – Não recomendado para menores de 16 anos
Gênero: Drama Ficção Científica Suspense Terror
Países de Origem: Austrália

 

Sinopse

Numa Austrália tomada por zumbis, pai faz de tudo para levar sua filha sã e salva para algum lugar longe de todo o apocalipse mundano instaurado.  Filme é baseado em um curta de mesmo nome.

 

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Com pouca grana, um único protagonista/ator conhecido e uma história simples, Cargo retrata o que os filmes de zumbi/tragédia/apocalipse representam atualmente: mais foco nos personagens do que numa matança desenfreada.
Esqueça Madrugada dos Mortos ou o Retorno dos mortos vivos de George A. Romero ou blockbusters como World of War Z (Guerra Mundial Z) com Brad Pit. O enredo aqui é bem simples: pai tenta sobreviver ao apocalipse zumbi na Austrália (belíssimo cenário, diga-se de passagem!).

Longe de se tornar um clássico, talvez num futuro distante cult. Cargo apresenta uma vantagem ao espectador: explorar uma relação familiar destruída por meio de uma tragédia. A perda da esposa e toda a dificuldade que um pai com uma filha de colo tem somada à tentativa da própria sobrevivência.
Tudo acontece muito rápido: no primeiro ato do filme já está estabelecida a situação. Pessoas ainda normais tentam fugir de uma praga apocalíptica que transformam todos em zumbis. Ok, a trama não é nova. O que inova aqui é Andy (Martin Freeman) tentando sobreviver, mas sendo pai, sendo mais humano do que qualquer coisa – literalmente falando.

Nem dou destaque para Freeman, mas sim para os atores aborígenes utilizados na produção. A relação da personagem adolescente tentando ajudar Andy, o preconceito dos brancos contra os nativos daquele país e como essa etnia teve muito mais capacidade de adaptar-se à praga do que os brancos é um ponto favorável.  Os zumbis – sensíveis à luz – enterrando suas cabeças na terra é um detalhe interessante.

Pontos negativos: segundo e terceiro atos longos e cansativos. Final previsível.

Se você procura sangue, ação e não gosta de melodramas, Cargo não é pra você. Caso contrário, torna-se uma boa opção para quem gosta de um filme mais contemplativo cheio de belas paisagens e pra quem gosta de pensar os problemas humanos como desafios e não somente problemas.