RESENHA | Filme: Bring the Soul (BTS)

Bring the Soul é o terceiro longa-metragem do BTS, grupo sul-coreano e de sucesso internacional. Lançado em 07 de agosto nos cinemas de várias capitais do Brasil e exibido até o dia 11 do mesmo mês.

 

Ficha técnica

Nome Original: Bring the Soul: The Movie

Direção: Park Jun Soo

Produção: Big Hit Entertainment

Lançamento: 07 de agosto de 2019

Duração: 103 minutos

Sinopse: Após o último dia da turnê “Love Yourself” na Europa, os integrantes do boygroup BTS contam histórias pessoais, permitindo que os fãs conheçam o grupo em sua intimidade.

 

Com direção de Park Jun Soo e produção da Big Hit Entertainment, o filme mostra um pouco dos bastidores da turnê Love Yourself em sua etapa pela Europa, com cenas dos shows e também depoimentos dos integrantes gravados em Paris.

Bring the Soul: The Movie vem como sucessor do “Burn the Stage: The Movie” (2018), que faturou US$ 18,5 milhões de bilheteria mundial, e o “Love Yourself In Seoul” (2019), com US$ 13,9 milhões de bilheteria. Logo percebe-se que a Big Hit descobriu um novo meio de arrecadar muito dinheiro com esses filmes.

Tal como os outros dois filmes, o Bring the Soul: The Movie foca na rotina dos membros do BTS durante a turnê mundial, que aterrissa em diferentes cidades europeias e leva milhares de fãs a lotarem enormes estádios. E apresenta mais do que sete artistas, e sim sete rapazes que trabalham arduamente para manter seus sonhos e transmitir mensagens de amor próprio e superação através da música.

O mais interessante é que o filme retrata de maneira muito natural e apresenta ao público um BTS sem máscaras. É o retrato real das inseguranças, das emoções e sentimentos dos integrantes. De todos os imprevistos que acontecem ao longo da turnê e em como eles lidam com grandes responsabilidades e expectativas em suas costas, mesmo sendo muito jovens (eles estão na faixa dos vinte anos).

Há também cenas fora dos palcos, dos integrantes passeando em seus raros momentos livres, agindo como “rapazes comuns” que só querem se divertir de vez em quando. Comendo, bebendo vinho e rindo, muito descontraídos. Ou simplesmente dormindo e mostrando que, por trás da fachada surreal, eles são humanos como qualquer um de nós, com suas fraquezas e necessidades.

É possível notar, de um filme para o outro, como eles amadureceram e aprenderam a superar seus medos e inquietações. Algumas cenas são bastante comoventes e os relatos inéditos demonstram como às vezes a pressão é um fardo para eles, que encontram na amizade e no carinho dos fãs um ponto de apoio.

O modo intimista como o Bring the Soul: The Movie é apresentado faz com que o público se sinta mais próximo do grupo. Os integrantes dão tudo de si para entregar aos fãs um show digno de sonho. No entanto, todo esse empenho cobra o seu preço e podemos ver a fragilidade deles em momento em que estão chorando ou machucados, como foi o caso do Jungkook quando precisou dar pontos no calcanhar depois de um corte e ainda assim participou de todos os shows.

A amizade entre os membros é outro ponto a ser comentado. Há um ar de confiança e transparência entre eles, que agem como se fosse uma verdadeira família. E desabafam sobre cansaço, dores e inseguranças, compartilhando seus verdadeiros sentimentos, não somente uns com os outros, mas com o fandom também.

Bring the Soul é um filme perfeito para os fãs e que provoca inúmeras emoções, feito com muito amor para justamente retribuir o amor recebido em uma troca carinhosa que há entre o BTS e os Armys.

A permanência nos cinemas durou pouco, porém, o filme dará origem a uma nova série-documentário de mesmo nome que estreia em 27 de agosto no Weverse, com ainda mais materiais exclusivos e imperdíveis sobre o grupo.