Quem disse que seria fácil filmar a biografia do Queen, uma das maiores bandas de todos os tempos, tendo como foco principal seu vocalista, o lendário Freddie Mercury? Não foi fácil! mas o resultado dentro da expectativa criada, foi pra lá de satisfatório.
Bohemian Rhapsody é um filme de drama biográfico produzido por Graham King e Robert De Niro, e escrito por Justin Haythe e Anthony McCarten. Ele se concentra em um período de 15 anos, desde a formação do Queen, e o vocalista Freddie Mercury até sua apresentação no Live Aid, em 1985, seis anos antes da morte de Mercury. O elenco principal é formado por Rami “Mr. Robot” Malek (Freddie Mercury), Ben Hardy(Roger Taylor), Gwilym Lee(Brian May), Joseph Mazzello(John Deacon), Allen Leech(Paul Prenter), Lucy Boynton(Mary Austin) e com participação especial de Mike Myers(Ray Foster).
Formato: Filme
Gênero: Cinebiografia
Paise(s): Reino Unido/Estados Unidos
Direção: Bryan Singer/Dexter Fletcher
Produção: Graham King
- Sinopse: Bohemian Rhapsody é uma celebração exuberante do Queen, sua música e seu extraordinário cantor principal Freddie Mercury, que desafiou estereótipos e quebrou convenções para se tornar um dos artistas mais amados do planeta. O filme mostra o sucesso meteórico da banda através de suas canções icônicas e som revolucionário, a quase implosão quando o estilo de vida de Mercury sai do controle e o reencontro triunfal na véspera do Live Aid, onde Mercury, agora enfrentando uma doença fatal, comanda a banda em uma das maiores apresentações da história do rock. Durante esse processo, foi consolidado o legado da banda que sempre foi mais como uma família, e que continua a inspirar desajustados, sonhadores e amantes de música até os dias de hoje.
A trilha sonora é garantia de qualidade, com os grandes clássicos da banda presentes, começando pela música que dá nome ao filme – “Bohemian Rhapsody”, assim como a belíssima “Love of my life”(aqui uma linda homenagem ao povo brasileiro, com o diálogo em que Fred faz uma justíssima referência a apresentação no Brasil – Rio de janeiro), além de “I want to break free”, “Radio Gaga”, “Another one bites dust”, “We are the Champions” e “We will rock you”, entre outras. A produção conta também com a reprodução de grandes momentos do grupo, sendo o meu destaque para o famoso show em Wembley durante o Live Aid. Reviver estes momentos antológicos da banda, faz com que você se pergunte, como o diretor Bryan Singer conseguirá demonstrar em apenas um filme, a saga de uma banda que não pode ser definida apenas por um gênero? E ainda, como contar a história de um mito como Freddie Mercury? Bohemian Rhapsody, tenta percorrer a história da banda através destas reproduções e explorando bem o visual que marcou a época (se o filme mostra, vale aqui dizer que o filme mostra a narrativa de como o grupo se formou e se houveram desentendimentos/acontecimentos que marcaram a história da banda ), mas simplifica a complexidade que foi o homem e o artista Freddie Mercury, demonstrando-o como um performer exótico, cheio de talento e de personalidade forte.
Bohemian Rhapsody, por sua vez, vale-se de sua figura central, Freddie Mercury, e a encarnação absolutamente fascinante de Rami Malek. O ator é de uma entrega incondicional, conseguindo imitar trejeitos, gestos e olhares de alguém que poderia facilmente ser taxado de caricato, mas Freddie Mercury era Caricato! Por isso, o trabalho de Malek acaba sendo primoroso. Além da caracterização, o trabalho vocal de Malek é mais uma demonstração de dedicação intensa. Por mais que a maioria das vozes durante as músicas sejam originais da banda, há trechos, como a cena em que Malek canta Parabéns a Você ao piano, que são a mistura entre a voz do ator e de um cantor canadense descoberto na internet chamado Marc Martel – que já integrou uma banda cover do Queen, a Queen Extravaganza, E que Particularmente, gostei muito desta mistura.
A composição dos outros membros da banda também é sensacional, os atores são bem parecidos, os personagens estão bem trabalhados e convincentes, nos permitindo por “viajar”, esquecendo que estamos assistindo é um filme, e nos permitir imaginar que estamos vendo a história do Queen passando ao vivo à frente de nossos olhos.

Banda Queen caracterizada na gravação do videoclipe “I want to break free”
Há defeitos no filme? lógico que sim! parte dos problemas de Bohemian Rhapsody, é muito devido a as confusões durante a produção, que afastaram o irregular Bryan Singer (Os Suspeitos, X-Men: Apocalipse) da direção com dois terços das filmagens realizadas, prejudicando em grande escala 0 roteiro, que opta por uma fórmula que pode parecer simples demais para retratar a história de alguém tão intenso, as vezes se tem a impressão que havia um pouco de “pressa” em alguns momentos, simplificando os relacionamentos de Freddie com várias pessoas que foram muito mais importantes em sua vida, sendo pouco retratadas no filme: Um exemplo foi seu relacionamento com Jim Hutton (Aaron McCusker), que é pouco aproveitado no filme, e sua família que aparece muito pouco também. A luxúria do fundador do Queen, também é subestimada. Assim como seu consumo sistemático de drogas e álcool em gigantesca escala (só foi retratada apenas uma festas de tantas), Essas coisas foram pilares da carreira de Freddie, e poderiam ter mais espaço na obra.

Momentos de Fred com Mary Austin
Curiosidades:
- Freddie Mercury era um comprador compulsivo, acumulou milhões de libras em objetos de arte, alem de ser extremamente generoso com os amigos a quem enchia de presentes.
- Ele Chegou a gastar tanto que a operadora de cartão de crédito certa vez bloqueou seu cartão “Ilimitado” para checar se ele estava realmente em sã consciência na quantia que estava gastando durante uma turnê no Japão.
- Mary Austin (Lucy Boynton),a primeira namorada de Freddie antes que ele se assumisse, primeiramente, bissexual, e depois apenas gay, herdou toda fortuna do astro. Os produtores foram bastantes generosos com ela no filme, no que tange sua personalidade, talvez por ela ter supostamente ajudado na produção.
Minha opinião: Eu como fã do Queen, gostaria que os outros membros da banda tivessem mais destaques, ao mesmo tempo compreendo que em apenas duas horas de projeção não daria mesmo para se estender muito, Pra mim o resultado foi satisfatório, pois como já disse, Ramy Malek encarnou Freddie Mercury com muita dedicação, mostrando que é um ator completo e pronto pra qualquer desafio. os problemas apresentados no filme na minha humilde opinião, não atrapalharam. Bohemian Rhapsody, é um filme que vai fazer você rir e chorar -Eu chorei sim!- com a mesma intensidade, afinal de contas é sobre a vida de um dos maiores astros do Rock que já existiu e que viveu sua vida intensamente.
Minha Nota: 09/10
Ficha Técnica:
Formato: Filme
Gênero: Cinebiografia
Paise(s): Reino Unido/Estados Unidos
Duração: 134 min
Direção: Bryan Singer/Dexter Fletcher
Produção: Graham King
Jim Beach
Robert De Niro
Peter Oberth
Brian May
Roger Taylor
Roteiro: Anthony McCarten
Elenco: Rami Malek
Lucy Boynton
Gwilym Lee
Ben Hardy
Joseph Mazzello
Aidan Gillen
Tom Hollander
Allen Leech
Mike Myers
Música: John Ottman
Cinematografia: Newton Thomas Sigel
Edição: John Ottman
Companhia(s) produtora(s): 20th Century Fox
New Regency
GK Films
TriBeCa Productions
Queen Films
Distribuição: 20th Century Fox
Lançamento: Reino Unido – 24 de outubro de 2018
Estados Unidos – 2 de novembro de 2018
Brasil – 1 de novembro de 2018
Portugal – 1 de novembro de 2018
Idioma: Inglês
Orçamento: US$ 52 milhões[1]
Receita: US$ 141 703 510
Trailer Legendado:
//youtu.be/bGXKKgVMjpI