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Renfield – Dando Sangue Pelo Chefe | Confira nossa crítica

Uma nova perspectiva sobre a história de Drácula, sob o olhar do servo, Renfield, que vive um relacionamento tóxico com seu chefe sanguessuga! É simplesmente Nicolas Cage sendo o Bela Lugosi, em uma de suas melhores atuações.

Ficha Técnica
Título: Renfield – Dando Sangue Pelo Chefe
Ano de Produção: 2023
Dirigido Por: Chris McKay
Estreia: 23 de abril de 2023
Duração: 1h33min
Classificação: 18 anos
Gênero: Terror. Comédia.
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Em resumo, Renfield – Dando Sangue Pelo Chefe é um filme de comédia, terror e fantasia sombria, que conta a história de Renfield (Nicholas Hoult), o leal capanga do temido Conde Drácula (Nicolas Cage). Renfield se dedica totalmente a servir o Conde e obedece prontamente todas as suas ordens, incluindo encontrar as presas perfeitas para que o vampiro possa continuar vivendo por toda a eternidade. Porém, após tantos séculos de servidão, Renfield finalmente tem um momento de lucidez e decide que quer deixar seu posto para começar uma nova vida longe do “chefe” – vontade que se intensifica ainda mais quando ele acaba se apaixonando.

Uma história de dor e humor

Em resumo, quando Renfield se tornou o leal servo de Drácula, deixou para trás sua família (mulher e filha), em busca de uma vida melhor, mas, o que encontrou foi o mais puro terror e manipulação.

Aliás, em cima disso, é mostrado sob a visão dele, quem é o famoso Conde Drácula, o senhor das sombras. Os poderes de Drácula são mostrados de forma icônica, enquanto sua personalidade é colocada de forma violenta, porém cômica. Seria Drácula o pior chefe do mundo?

O filme se inicia, em síntese, em uma reunião de vítimas de relacionamentos tóxicos e abusivos, conseguindo unir leves tons cômicos em um assunto mais sério, sem ficar ofensivo.

Além do mais, já alerto, pois o filme pode ter alguns pequenos “gatilhos” bem pontuais, mas que não estragam a experiência do filme.

Ressuscitando um imortal

Diante de tantas lendas e informações sobre Conde Drácula e os vampiros, seria difícil fugir dos clichês, porém o roteiro bem consistente transforma esse filme numa mistura de assustador e engraçado, com ótimas cenas de ação e homenagens bem preparadas, com direito a efeitos especiais de envelhecimento de imagem.

Nicolas Cage conseguiu unir a personalidade dele com a de Bela Lugosi e Christopher Lee, satirizando a si mesmo e honrando o legado dos atores dos clássicos. As referências são bem claras e o protagonismo/antagonismo de Drácula e Renfield faz com que, a cada momento, eles revezem quem consegue roubar a cena.

Velhas Práticas, Novos Inimigos

Chris McKay e Robert Kirkman realizam o sonho de longa data de Nicolas Cage de ser Drácula neste filme, no qual conta com uma atualização na agenda do vampiro, mostrando ele no mundo atual, mesmo sendo em um papel coadjuvante (um dos raros em sua vasta carreira).

Nicholas Hoult é o protagonista do filme e carrega um fardo com isso, já que seu coadjuvante é uma das maiores estrelas de Hollywood, em um papel clássico e icônico. E ele consegue fazer com maestria seu papel, de um advogado que se torna um sidekick atrapalhado, mas eficiente, de um dos mais temidos monstros do cinema.

Trazendo as explicações de como funcionam seus poderes para o público não ficar perdido, o roteiro consegue ser simples e inteligente ao mesmo tempo. Renfield está cansado de seu relacionamento tóxico de trabalho com seu chefe e conhece Rebecca (Awkwafina), a policial incorruptível, por quem sente enorme admiração.

Uma nova aventura e muita bala

Enquanto Drácula tira seu poder do sangue de gente jovem e saudável, freiras, casais despercebidos e ônibus lotados de líderes de torcida, o pobre Redfield tem apenas uma fração de poder, no entanto, somente quando se alimenta de insetos.

Entre dilemas e mortes, o roteiro consegue ser muito bem feito, com um ótimo desenvolvimento. Trazendo, dessa forma, a dose certa de sangue e profundidade nas relações de cada um.

Ademais, o filme ainda brinca com temas pesados de forma curiosa, como uma família da máfia das drogas chamada “Los Lobos”, enquanto fala de cultura musical como a do SKA (amado por uns, odiado por outros).

Falando sobre narcisismo e relação entre chefe e empregado de forma escancarada, o filme aborda até as filosofias dos grupos de apoio à vítimas. Ouso dizer que pode até se tornar tema de discussão entre espectadores após o filme.

Veredito: Renfield – Dando Sangue pelo Chefe

Muito humor e cenas de ação e com um roteiro bem estruturado, esse é um filme que vai marcar muita gente.

Um excelente longa metragem pra gastar adrenalina e dar boas risadas.

Até mesmo os créditos finais tem seu charme, no qual merecem pela originalidade, homenagens e qualidade de atuação impecável.

Uma carta de amor aos filmes clássicos, com uma história redondinha e fechada. Mas que deixa uma brecha para outros monstros terem o seu momento de brilhar.

 

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