“Pequenas Cartas Obscenas” é uma pérola cinematográfica que nos transporta para a Inglaterra dos anos 1920, em meio a uma cidade litorânea chamada Littlehampton. O filme, baseado em eventos reais, nos apresenta uma trama tão inusitada que chega a ser mais estranha que a ficção.
Título: Pequenas Cartas Obscenas |
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Ano de Produção: 2023 |
Dirigido Por: 25 de julho de 2024 |
Estreia: Thea Sharrock |
Duração: 1h 40min |
Classificação: 14 anos |
Gênero: Comédia, Policial, Drama |
País de Origem: Reino Unido |
Sinopse: Em Pequenas Cartas Obscenas, é um longa baseado em uma história real que chega a ser mais estranha que a ficção. Em Littlehampton, uma cidade litorânea inglesa de 1920, moram a profundamente conservadora local Edith Swan (Olivia Colman) e a turbulenta migrante irlandesa Rose Gooding (Jessie Buckley), que são vizinhas. Elas e outros residentes do bairro começam a receber cartas perversas e obscenas que são, além de incomodativas, involuntariamente hilariantes. Sem precedentes, Rose é acusada é acusada de tal ato. As cartas anônimas provocam um alvoroço nacional e segue-se um julgamento em cima de Rose que corre o risco de perder a guarda de sua filha caso seja condenada. No entanto, quando as mulheres da cidade, lideradas pela policial Gladys Moss (Anjana Vasan), começam a investigar o crime elas mesmas, elas suspeitam que algo está errado e que Rose pode não ser a culpada, afinal. |
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As Protagonistas e Suas Duelantes Palavras
O coração do filme reside nas duas vizinhas centrais: Edith Swan, interpretada magistralmente por Olivia Colman, e Rose Gooding, vivida com fervor por Jessie Buckley. Edith é uma mulher profundamente conservadora, enquanto Rose é uma migrante irlandesa turbulenta. Quando cartas anônimas repletas de palavrões involuntariamente hilariantes começam a circular pela cidade, Rose é acusada do crime. O resultado? Uma disputa verbal do século, semelhante a uma briga nas selvas dos condados ingleses.
A Comédia e a Estranheza da Realidade
O diretor nos presenteia com uma comédia de mistério desenfreada. As trocas de insultos entre as protagonistas são como duelos de esgrima verbal, e cada carta obscena é um tiro certeiro no bom senso. A fúria feminina permeia cada cena, e o público se vê envolvido em uma investigação que vai além do óbvio. Afinal, quem é o verdadeiro autor das cartas?
Olivia Colman e Jessie Buckley: Um Show à Parte
Colman e Buckley são o coração pulsante do filme. A primeira, conhecida por sua versatilidade, entrega uma Edith Swan que vai da rigidez à vulnerabilidade com maestria. Buckley, por sua vez, nos brinda com uma Rose Gooding apaixonante e imprevisível. A química entre as duas atrizes é palpável, e suas expressões faciais e gestos são um espetáculo à parte.
A Excentricidade Britânica e os Insultos Repetitivos
Pequenas Cartas Obscenas mergulha na excentricidade britânica, revelando os segredos ocultos por trás das fachadas respeitáveis. Os cenários pitorescos e os figurinos de época nos transportam para um mundo onde as palavras têm poder e as aparências enganam.
E que dizer dos insultos repetitivos? São como um mantra cômico que ecoa pelos corredores da cidade. Cada “mal-educada” e “patife” é como uma nota musical em uma sinfonia de humor.
Veredito: Uma Comédia Acolhedora e Inesquecível
Pequenas Cartas Obscenas é benignamente agradável. Não espere reviravoltas mirabolantes ou efeitos especiais grandiosos. Espere, sim, uma história que celebra a peculiaridade humana, a amizade improvável e a capacidade de rir mesmo diante das adversidades. Saia do cinema com um sorriso nos lábios e a certeza de que, às vezes, as palavras mais obscenas podem esconder os sentimentos mais sinceros.