Papai é Pop | Confira nossa crítica

Papai é Pop é um filme muito maior do que representa. É um filme de reflexão e aprendizado para toda a família. Não é somente sobre paternidade, mas também, de maternidade. 

papai é pop
Ficha Técnica
Título: Papai é Pop. 
Ano de Produção: 2021
Dirigido Por: Caíto Ortiz
Estreia: 11 de agosto de 2022
Duração: 1h48min
Classificação: 12 anos
Gênero: Comédia dramática
País de Origem: Brasil
Sinopse: Em síntese, o filme Papai é Pop, conta a história de Tom (Lázaro Ramos), que vê sua vida mudar completamente ao se tornar pai. Aos poucos, junto com a esposa Elisa (Paolla Oliveira), ele vai aprendendo o significado da paternidade. Por meio de situações cotidianas, o filme apresenta uma representação fiel da relação entre pais e filhos.

 

Realidade Nua e Crua

Levemente inspirado no best-seller homônimo de Marcos Piangers, o filme conta as experiências de Tom (Lázaro Ramos) e Elisa (Paolla Oliveira) com a vinda da filha, Laura (Malu Aloise).

Tom é o reflexo de milhares de brasileiros que não tiveram uma referência paterna, pois foram criados por uma mãe solo. Tanto que, ao se tornar pai, em vez de buscar conselhos à sua própria esposa ou até mesmo à sua mãe, prefere dar ouvidos ao amigo, que não possui qualquer sensibilidade no quesito.

Isso porque, o amigo de Tom é a caracterização de muitos pais por aí, os quais acreditam que somente com a ajuda de custo ou com os passeios nos finais de semana, podem ser considerados como excelentes pais. São os famigerados “pais de selfie”.

Aliás, é aí que mora o segundo problema! Uma vez que há outra realidade em relação à criação dos filhos: as transferências das responsabilidades para a, tão somente, figura materna. Afinal, qual pai não já chegou em casa, após um longo dia de trabalho e foi assistir ao seu futebol e deixou a esposa com a dupla jornada?!

Elenco Exemplar

Mais uma vez, estamos diante da maestria do trabalho de Lázaro Ramos, que consegue transmitir de maneira eficaz, os dois pontos cruciais do seu personagem: a imaturidade e o seu ponto de virada. É impressionante, como até as feições do seu rosto mudam quando nos deparamos com a evolução de Tom, no decorrer da trama.

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E não podemos esquecer da Elisa, de Paolla Oliveira. A atriz trouxe uma personagem totalmente identificável, até mesmo para quem ainda não é mãe. Sua Elisa é o retrato da mulher que cuida da casa, que trabalha, mas também, que está exausta e necessita descansar, nem que seja por um único dia. Uma das partes que mais me cativou no filme, foi perceber a alegria de Elisa ao se encontrar com suas amigas, após meses em casa cuidando da filha. Paolla refletiu, perfeitamente, o perfil de mulheres que vivenciam essa mesma situação, em que um simples encontrinho, acaba por se tornar um respiro, diante de tantas responsabilidades nas costas.

Igualmente, outra personagem que merece destaque é Gladys, a mãe de Tom. Elisa Lucinda foi de uma sensibilidade ímpar, ao dar a voz à mãe experiente, que já conhece as felicidades e os dissabores da maternidade e, portanto, entende que deve conscientizar o seu filho de maneira dura e apoiar a sua nora, no que for necessário (sem a acusação tão presente em muitas sogras por aí). É um personagem que reflete o verdadeiro significado de empatia.

Veredicto: Papai é Pop

Com um roteiro bastante sensível e de fácil compreensão, Papai é Pop dá um tapa na cara do espectador e evidencia a realidade nua e crua da falta de apoio que as mães têm com a criação e educação dos filhos, ainda que falhe com a resolução fácil, totalmente justificável, diante do gênero comédia.

Ademais, embora o filme tenha sido gravado em um contexto pandêmico, a direção é inteligente. Uma vez que demonstra que todos esses problemas realmente ocorrem dentro de quatro paredes. Afinal, um simples adesivo colado no banheiro não muda o mundo, mas pode ser um início de algo significativo nas relações familiares.

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