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Obscure | Um survival horror memorável

Obscure

Existem bons jogos atuais que abordam o Survival Horror, mas quem já era gamer na década de 90, provavelmente concordará comigo quando digo que os melhores, foram naquela época. Monstros, zumbis, dinossauros, fantasmas… Tantas opções para serem abordadas e muitas foram com maestria. E um dos clássicos que se mantém no coração dos amantes daquela adrenalina de ter um monstro no seu cangote para te dilacerar, certamente é Obscure.

Criado pela Hydravision no ano de 2004, Obscure é um jogo de terceira pessoa que aborda o terror e a ação. Esta trama certamente torna o objetivo da sobrevivência, algo bem difícil de ser alcançado. Para as plataformas de Playstation, Xbox, Wii e PC, o game inovou trazendo nosso querido Survival Horror com a possibilidade de ser jogado em multiplayer! Isso mesmo, jovem, podemos nos borrar de medo em parceria. Os puzzles ficam mais intrigantes, os combates ficam muito mais divertidos (e difíceis de certa forma) e a jornada toda se torna algo muito mais elaborado e emocionante de se explorar.

PORÉM, o lado péssimo disso: a câmera é fixa e foca no personagem principal, é ele quem ela segue. Ou seja, se você está jogando sozinho, sem problema, o “console” te acha. Mas se está com um coleguinha de carne e osso assumindo o segundo controle e ele fica para trás, ele de fato FICA PARA TRÁS. Ele que lute para encontrar o caminho sem enxergar ou você terá de voltar para “encaixar” ele na câmera outra vez. Em cenários aonde vocês tentam fugir, isso vira um completo caos.

Durante o jogo, é possível revezarmos entre o grupo de amigos. Geralmente andamos em dupla, mas em ambos os jogos existe uma quantidade maior de personagens para podermos escolher quem controlarmos, já que cada um contém habilidades específicas que podem dar aquela ajuda extra em determinado cenário ou situação. Mais força para derrubar inimigos, mais rapidez para fugir deles, mais precisão para mandar bem no tiroteio, mais inteligência para saber com precisão para onde devemos ir… Estas são apenas algumas das características que é claro que não encontramos em um só personagem. Temos que ser astutos para saber quando incorporar cada um deles, embora no segundo o jogo já nos dê a opção pronta na maior parte das vezes.

Em 2007 tivemos o segundo jogo da série, que infelizmente naquele mesmo estilo, foi o último. Mas ainda assim, ele conquistou os corações da velha geração (sim, estamos ficando velhos, meus caros) marcando nossa memória. Dessa forma, para que não relembrarmos um pouquinho da delícia que foi se aventurar pelos cenários sinistros e sermos perseguido pelos monstros bizarros apresentados na trama? Bora!

Obscure I

No Colégio Leafmore, um aluno chamado Kenny Matthews certo dia decide ficar até mais tarde para praticar basquete. Ao notar que sua mochila foi roubada, ele tenta ir de atrás do responsável, porém chega em um porão misterioso aonde encontra um aluno chamado Dan. Quando tentam sair do lugar, criaturas bizarras aparecem e matam Dan, deixando Kenny trancado sozinho com aquelas coisas.

A irmã de Kenny, Shannon, e sua namorada, Ashley, notam o sumiço do rapaz e se juntam a um amigo chamado Josh para procurá-lo, ficando trancados na escola durante um sábado. Durante o progresso, eles encontram mais um aluno chamado Stan, que se junta a eles. Conforme vagam pelo local, o grupo descobre que a luz é capaz de afugentar as criaturas, tornando a lanterna um item indispensável, assim como permitindo que o jogador quebre algumas janelas para a claridade auxiliá-lo.

No jogo existem seis personagens no total. Conforme avançam, algumas pistas são reveladas e descobrimos que o mistério que interliga tudo, está relacionado ao diretor do colégio chamado Herbert Friedman. O diretor testava experimentos com uma planta misteriosa em energéticos, permitindo que os alunos ingerissem. Com o passar das descobertas, a trama fica cada vez mais intrigante.

Neste primeiro volume da série temos uma característica bem marcante e rara em jogos antigos: se você morre com um dos personagens, pode continuar sem ele. Isso mesmo, se você não sentir falta da pessoa, o jogo também não sentirá, vai te dar um final onde ele tenha ficado para trás conforme sua decisão. Se você quiser sacrificar um alguém chato para salvar outro melhorzinho, fique a vontade também, é sua chance (risos).

Obscure II

Obscure II se passa dois anos após os eventos do primeiro jogo. Kenny, o protagonista da trama anterior, junto com sua irmã Shannon, agora estão na Faculdade de Fallcreek. Ambos ainda sofrem com as consequências da infecção que sofreram no Colégio Leafmore, fazendo de Kenny uma pessoa bem mais agressiva e permitindo a Shannon controlar a “Aura Negra”.

Agora, os dois protagonistas juntamente com mais cinco amigos, descobrem uma nova planta que usam como droga. Mas esta mesma planta está diretamente relacionada aos experimentos do diretor do antigo colégio, aos quais Kenny e Shannon ainda sofrem pelas consequências. Kenny, ao ingerir a planta, se transforma em um monstro terrível. Desesperada, Shannon entra em contato com Stan, um de seus amigos que também sobreviveu ao experimento de dois anos atrás. Assim, novamente eles terão de lutar contra criaturas bizarras, ao lado de novos amigos. E agora, ainda terão de enfrentar Kenny em sua forma monstruosa enquanto tentam ajudá-lo e impedir que a contaminação se expanda por toda a faculdade e além.

Em comparação ao primeiro jogo, Obscure II apresenta gráficos bem superiores, uma dificuldade maior e um tempo de duração mais extenso também. Uma organização melhor dos itens, um arsenal beeem maior e os personagens jogáveis também aumentaram de número. Contudo, no primeiro jogo o destino dos personagens é traçado conforme a jogatina, já que podemos sacrificar um para salvar o outro. E nesta segunda trama, o destino deles já é certo, não podemos fazer nada para alterar.

E… Se você é daqueles que quer um jogo com final feliz, aconselho a nem se envolver neste aqui. Desgraça, sangue e caos recheiam o começo, meio e fim da jogatina e nada podemos fazer para alterar isso.

Obscure: Final Exam

Em 2013, lançaram esta “preciosidade” aqui. Só vou mencionar para mencionar mesmo (risos) já que ele viajou há quilômetros de distância das duas primeiras tramas. Enquanto elas exploraram literalmente a obscuridade de monstros e tudo que era de mais macabro, esta coisa aqui é um spin-off em formato arcade, todo cartonizado e com personagens terrivelmente caricaturizados.

Pode até ser visto como um jogo divertido, mas parece que só aproveitaram a onda do nome dado a trama inicialmente, porque de resto… Nada a ver. Se você conseguir se esquecer de onde o título vem, aventure-se e seja feliz. Mas eu não consegui, ou seja, parei no segundo volume do jogo e só ficou a saudade!

Valeria a pena um Remake?

Já que a moda é falar de Remake, por que não sonhar?

Obscure tem uma trama bacana e o fato de podermos ter um jogo cooperativo, melhora ainda mais a experiência. A coleta de itens e armas, os puzzles bem elaborados e a necessidade de unir tudo isso a personalidade do personagem que vamos usar em questão, é muito legal. É um jogo gostoso de experimentar e o roteiro mesmo um pouco sem graça, com o tempero certo, poderia se tornar algo muito bom e quem sabe, ainda ter uma continuação para além do que já temos hoje.

Os personagens são bacanas, apesar de serem aqueles estereótipos de atleta burro, líder de torcida popular e dramática e por assim vai. Os cenários sombrios e claustrofóbicos são bem elaborados, te fazendo lembrar de vários outros títulos da mesma vibe da época… Imaginem só isso reimaginado para tecnologia atual. Como estão vindo tantos remakes à tona, pode não ser uma ideia tão ilusória sonhar com nossos queridinhos mais antigos, passando pela repaginada e voltando as prateleiras das lojas.

Afinal, Resident Evil está sendo praticamente refeito. Silent Hill está vindo aí com tudo e sem sombra de dúvidas a lista de Remakes só vai aumentar. E este game aqui, certamente poderia entrar nesta listagem e receber mais uma chance para ter o destaque que não recebeu na época de seu lançamento.

Nas mãos certas, essa trama teria chance de roubar alguns holofotes!

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