O Urso: 4ª Temporada | Confira nossa crítica

Aclamada por grande parte da crítica especializada e do público, essa ilustre produção desperta sentimentos ambíguos em quem a assiste. Oscilando entre ser genial ou simplesmente maçante.

Ficha Técnica
Título: O Urso
Ano de Produção: 2024
Dirigido Por: Christopher Storer 
Estreia: 2025
Duração: 10 episódios
Classificação: 16 anos
Gênero: Drama
País de Origem: Estados Unidos
Sinopse: Carmy, um jovem chefe requintado, volta para Chicago para administrar a lanchonete de sua família. Enquanto ele luta para transformar a loja e a si mesmo, ele trabalha ao lado de uma equipe arredia que acaba se transformando na sua família.

 

Transição Atribulada

Com um enredo complexo, que aborda os problemas pessoais de quase todos os personagens, fica até difícil falar em protagonismo. Porém, é o caso dos dois Chefs principais do histórico e reformulado restaurante O Urso.

Herdeiro do local, após suicídio de seu irmão mais velho, o genioso Carmy Berzatto (Jeremy Allen White) promove uma mudança radical nos longevos procedimentos pré-estabelecidos. Transformando a antes singela instalação, num estabelecimento de alto luxo.

Porém, tamanhas alterações geram conflitos acalorados com os funcionários antigos e, principalmente, junto à promissora nova sócia dele, Sydney Adamu (Ayo Edebiri). Tornando o ambiente deveras tóxico, bem como colocando em risco a produtividade da equipe.

Rara Magia

Por tratar-se de uma obra cujo espectro é majoritariamente acinzentado, graças ao foco nas atribulações diárias da vida adulta, foi surpreendente ver cenas com ar idílico em alguns episódios. As quais, aliás, são a melhor parte do ciclo atual.

O grande destaque fica por conta, especialmente, da maravilhosa conversa em grupo ocorrida embaixo de uma mesa, durante o casamento sucedido no maior capítulo da leva. Absolute cinema total!

Claro que também há outros pontos relevantes na trama, tal qual reconciliações, arestas aparadas e redenção de figuras controversas. Concedendo um agradável tempero doce, à amarga mistura usual do seriado.

Coadjuvantes de Luxo

Por mais incrível que pareça, são os atores do núcleo secundário os quais fazem valer realmente a pena acompanhar à arrastada teia de eventos. Afinal, nomes como Jamie Lee Curtis, Oliver Platt e Jon Bernthal, sem dúvida elevam demais o nível do espetáculo.

Embora possua uma enorme base de fãs e muitos prêmios conquistados, o estilo narrativo da série em questão pode não agradar boa parte do público. Pois ostenta características bem distintas, focando excessivamente nos diálogos, sem quase nada de agitado transcorrendo na tela.

A parte técnica, contudo, merece aplausos! Abusando dos cortes dramáticos, envergando belíssima fotografia, ótimos figurinos, cenários impecáveis, trilha sonora interessante e atuações magistrais de todo o elenco.

Todavia, falta carisma às peças centrais da história! Cujas quais despertam mais antipatia do que simpatia na audiência, apesar do esforço hercúleo dos atores para compensar essa falha dos roteiristas. Tendo em vista que, sejam mocinhos ou antagonistas, tal tipo de ligação é primordial para conectar-se a novos admiradores. Erro primário e persistente, a despeito do sucesso alcançado pela laureada concepção.

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