O Telefone Preto | Confira nossa crítica – (Retrô)

O Telefone Preto 01

Os filmes de terror de sucesso se sustentam não somente pela tensão ou pelas cenas de violência, como também pela preocupação que nós sentimos pelos destinos dos personagens. Claro que isso somente acontece desde que os personagens sejam bem construídos antes de começarem serem perseguidos ou escravizados pelo vilão ou entidade sobrenatural da trama. “Telefone Preto” (2022) é mais ou menos isso, onde há uma construção convincente na apresentação dos personagens principais para somente depois coloca-los neste macabro jogo de xadrez.

Ficha Técnica
Título: O Telefone Preto
Ano de Produção: 2022
Dirigido Por: Scott Derrickson
Estreia: 21 de julho de 2022
Duração: 1h 43min
Classificação: 16 anos
Gênero: Terror
País de Origem: EUA
Sinopse: Em O Telefone Preto, em 1978, uma série de sequestros estão acontecendo na cidade de Denver. Ethan Hawke interpreta o “Grabbler”, um serial killer que tem seu alvo crianças do bairro. Finney Shaw, um garoto de 13 anos, é sequestrado. o garoto acorda em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto em uma das paredes. Quando o aparelho toca, o garoto consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino, e elas tentam evitar que o Finney sofra o mesmo destino. Enquanto isso, sua irmã Gwen tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar e corre contra o tempo para tentar ajudar os detetives Wright e Miller a ajudar o irmão, apenas para que isso seja em vão. Finney continua a fazer tentativas para escapar que apenas falham, até que uma das vítimas do serial killler fala sobre um plano que finalmente poderia levar Finney à liberdade.

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DIREÇÃO E NARRATIVA


Dirigido por por Scott Derrickson, do ótimo “A Entidade” (2012), o filme se passa em 1978, onde uma série de sequestros estão acontecendo na cidade de Denver. Ethan Hawke interpreta o “Grabbler”, um serial killer que tem seu alvo crianças do bairro. Finney Shaw, um garoto de 13 anos, é sequestrado. o garoto acorda em um porão, onde há apenas uma cama e um telefone preto em uma das paredes. Quando o aparelho toca, o garoto consegue ouvir a voz das vítimas anteriores do assassino, e elas tentam evitar que o Finney sofra o mesmo destino. Enquanto isso, sua irmã Gwen tem sonhos que indicam o lugar onde ele pode estar e corre contra o tempo para tentar ajudar os detetives na investigação.

FILHO DE PEIXE…

Baseado no livro de Joe Hill, filho dos autores Stephen King e Tabitha King, o filme é interessante pelo fato da trama se situar em 1978, época em que o cinema “Slasher” estava começando a se proliferar a partir de sucessos como o “Massacre da Serra Elétrica” (1974) e “Halloween – A Noite do Terror” (1978). Por conta disso não faltam referência de clássicos do gênero, mas ao mesmo tempo nos dando uma dica do que estará por vir para os personagens principais. Vale destacar os inúmeros momentos em que a fotografia se torna granulada e remetendo aos filmes baratos da época, mas que alavancaram milhões para os pequenos estúdios.

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PROPOSTA DO FILME

Mas o filme não possui nenhuma originalidade, porém, carrega ingredientes de sucesso dentro do gênero e que aqui funcionam dentro do possível. Se por um lado o filme começa como uma espécie de suspense psicológico, logo ele vai ganhando contornos sobrenaturais e fazendo com que essa mistura corra um sério risco de não funcionar. Surpreendentemente essa transição de subgêneros funciona graças a mão segura da direção de Scott Derrickson, que cria um clima claustrofóbico e gerando vários momentos de tensão em nós na medida do possível.

Porém, é pelos jovens personagens principais que o filme nos conquista, pois nos simpatizamos com eles e até mesmo nos identificamos. Esse feito acontece principalmente pelo fato de os dois irmãos já enfrentarem o terror do dia a dia, desde ao fato de sofrerem bullying na escola como também serem maltratados por um pai alcoólatra. Tanto Mason Thames como Madeleine McGraw se saem bem ao interpretarem os dois irmãos, sendo que o primeiro se sobressai nos momentos de grande tensão onde ocorre os principais eventos que irão desencadear situações imprevisíveis dentro da trama. Porém, embora boa parte do tempo esteja usando máscara, Ethan Hawke é o que realmente rouba a cena.

Numa verdadeira mistura de Hannibal Lecter com Coringa, Hawke constrói para si um psicopata que não dá nenhuma explicação para as suas ações, mas sim somente jogando pistas no ar sobre o porquê de ele agir assim. Sua figura em si com certeza não será esquecida por muito tempo, pois embora simples ela é eficaz ao transmitir uma personalidade complexa e perturbadora. Infelizmente o ótimo trabalho dele e do elenco juvenil não esconde uma solução dada a trama de uma forma um tanto que previsível em seu ato final, mas até lá estamos mais do que anestesiados e na expectativa pelos destinos dos personagens.

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VEREDITO

“O Telefone Preto” é um interessante filme de horror em que se transita inúmeras fórmulas de sucesso e cujo resultado é eficaz na medida do possível.

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