Infelizmente não tive acesso antecipado ao mais novo exclusivo da Sony, então sendo um reles mortal, terei que esperar até o dia 20 de abril (data de lançamento mundial) para finalmente poder jogar o novo God of War. Porém, como um bom fã da série, levarei em consideração tudo que vi até o momento: gameplays, trailers, entrevistas, além de tudo que conheço do universo de Kratos ao longo dos 6 jogos anteriores da série, para resumir quais são as minhas expectativas em relação ao novo God of War.
⌈⌈ JOGABILIDADE ⌋⌋
Esse é sem sombras de dúvidas o ponto mais polêmico do novo God of War. Alguns fãs ficaram bastante empolgados com as mudanças na jogabilidade, da mesma forma outros ficaram com “pé atrás”, utilizando principalmente a justificativa de “não se mexe em time que está ganhando”, afinal todos os jogos anteriores foram muito bem recebidos/avaliados pela mídia especializada, sendo que a menor média no Metacritic é 80, referente ao God of War Ascension. Bem, certamente estou mais para o lado dos fãs que estão empolgados, principalmente porque acredito que todas as mudanças já apresentadas na jogabilidade são extremamente justificáveis. Vejamos o caso, por exemplo, da câmera: em todos os jogos anteriores tínhamos uma câmera fixa e utilizávamos o analógico direto (que normalmente é utilizado para controlar a câmera) para esquivar, tudo isso fazia sentido em um jogo linear, onde explorar em busca de caminhos alternativos, áreas secretas, chefes opcionais, etc. não era necessário, porém como já sabemos o novo God of War possuirá chefes opcionais (e bem provavelmente áreas opcionais), ou seja, para a exploração e, principalmente, para dá a sensação de existir um mundo aberto, é de fundamental importância que o jogador possua o controle da câmera. Outro aspecto bem comentado foi a mudança no combate, se antes ouvíamos coisas do tipo “God of War é jogo de esmagar botão”, este novo jogo veio para mudar bastante essa impressão, trocando os velhos botões quadrado e triângulo pelos botões R1 e R2, tornando o combate algo mais similar com o que temos nos jogos da série Souls, aqui posso citar Assassin’s Creed Origins como um bom exemplo dessa mudança, já que o jogo da Ubisoft optou por esse tipo de combate e funcionou perfeitamente bem. Diante disso podemos esquecer todos aqueles combos aéreos presentes nos jogos anteriores, o que justifica a inexistência de um botão para pular, obviamente Kratos continuará interagindo com o cenário para chegar em locais mais altos. Na minha opinião, de maneira geral e não apenas em termos de jogabilidade, este novo God of War irá ser muito mais parecido com um RPG de ação, do que com um Hack n’Slash.
⌈⌈ CUSTOMIZAÇÃO ⌋⌋
Talvez um dos principais aspectos que irá proporcionar esse “ar” de RPG ao novo jogo da Santa Mônica. Nos jogos anteriores, no decorrer da história ganhamos novos poderes/armas e podíamos fazer upgrades nos mesmos utilizando os orbes que coletávamos, dando a Kratos novas opções de combos, pronto, era esse o máximo de “customização” que podíamos fazer. Neste novo jogo teremos a opção de criar uma “build” única para Kratos, focando em um dos seguintes atributos: força, runas/rúnico, defesa, vitalidade, sorte e cooldown (algo como resfriar, não achei uma tradução apropriada, mas é o tempo necessário para que possamos utilizar novamente uma determinada habilidade). Além disso ainda poderemos realizar upgrades nas armaduras e nas armas, bem como podemos melhorar as habilidades de Atreus (filho do Kratos que o acompanhará no decorrer do jogo), tornando-o cada vez mais útil nos combates. Isso permite que, no mesmo ponto da história, meu Kratos, focado em força, defesa e vitalidade, seja completamente diferente do seu Kratos, focado em runas, vitalidade e cooldown.
⌈⌈ HISTÓRIA / ENRENDO ⌋⌋
Podemos dizer que a história nunca foi o ponto mais forte ou mais bem trabalhado da série, mas isso não significa que deixou a desejar, pelo contrário, foi suficientemente satisfatória para que pudéssemos entender toda origem do ódio de Kratos, afinal quem não iria querer vingança depois de ter sido enganado e manipulado a ponto de assassinar sua própria esposa e filha? Neste novo jogo até então temos apenas especulações e teorias, mesmo quem recebeu o jogo antecipadamente não mostrou nenhum detalhe importante da história (provavelmente seguindo a orientação padrão para evitar qualquer tipo de spoiler antes do lançamento). Por incrível que possa parecer, o detalhe mais importante já revelado da história ainda é que Kratos tem um filho, Atreus. Aposto minhas fichas que – por estar trazendo diversos elementos de um RPG – a história será melhor desenvolvida, os personagens e suas interações serão melhores trabalhados e no final teremos um enredo que, provavelmente, será o melhor de toda a série. Porém, o que realmente espero é que a transição entre o final de God of War III, em que temos um Kratos satisfeito por ter matado os principais deuses do Olimpo (Poseidon, Hades e Zeus) e por finalmente ter completado sua vingança, vê sua vida sem sentido e, como ato final, tira sua própria vida (ou pelo menos tenta, vide a cena pós crédito) e o início do novo jogo, em que temos um Kratos mais velho, mais calmo e não tão explosivo/impulsivo (e ainda por cima cuidando de um filho), ocorra de forma coerente e sem “pontas soltas”, onde nós jogadores possamos entender tudo que ocorrer neste tempo entre o final do terceiro jogo e o início do novo. Ainda arrisco opinar que Atreus não é filho biológico de Kratos, isso será mostrado em um determinado ponto da história (será uma parte crucial tanto para história quanto para o desenvolvimento de Atreus). Também acredito que a relação entre Kratos e Atreus será o ponto forte da história, e que no final teremos uma “passagem” do legado, isso não significa que Kratos irá morrer (mas caso ocorra não será de todo ruim), mas é bem provável que os próximos jogos ele não será mais o protagonista, afinal ele já tá ficando velho.
