Não é de hoje que o cinemão norte americano faz uma refilmagem de um filme de sucesso estrangeiro, principalmente em tempos que os grandes estúdios de lá tem tido falta de ideias mais criativas. Pegamos como exemplo o sucesso Sueco “Deixa Ela Entrar”, que é apontado como um dos melhores filmes recentes sobre o vampirismo, mas que logo ganhou a sua versão norte-americana, porém, esquecida. Já O Pior Vizinho do Mundo (2022) é um desses casos que as versões norte americanas acaba dando certo e até mesmo se tornando mais conhecida que a sua versão original.
Título: O pior vizinho do mundo |
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Ano de Produção: 2022 |
Dirigido Por: Marc Forster |
Estreia: 26 de janeiro de 2023 |
Duração: 126 min. |
Classificação: 14 anos |
Gênero: Comédia. Drama. |
País de Origem: Estados Unidos. |
Sinopse: Acompanhamos um homem chato, aposentado e rabugento, Otto (Tom Hanks), de 59 anos. Vários anos antes, foi deposto como presidente da associação de condomínios, mas não se importava com a deposição e, por isso, continua vigiando o bairro com mão de ferro. Quando a grávida Parvaneh e sua família se mudam para a casa geminada em frente e as cartas da nova vizinha acidentalmente vão parar na caixa de correio de Otto, uma amizade inesperada acaba se formando e a vida dos dois mudam drasticamente. Uma comédia dramática sobre amizade inesperada, amor e a importância de se cercar das ferramentas adequadas. |
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Dirigido por Marc Forster, do título “O Caçador de Pipas” (2007), o filme é uma refilmagem da versão sueca de 2015, “Um Homem Chamado Ove”. Nele acompanhamos um homem chato, aposentado e rabugento, Otto (Tom Hanks), de 59 anos. Vários anos antes, foi deposto como presidente da associação de condomínios, mas não se importava com a deposição e, por isso, continua vigiando o bairro com mão de ferro. Quando a grávida Parvaneh e sua família se mudam para a casa geminada em frente e as cartas da nova vizinha acidentalmente vão parar na caixa de correio de Otto, uma amizade inesperada acaba se formando e a vida dos dois mudam drasticamente.
Embora seja uma refilmagem de um filme de sucesso, essa nova versão, ao menos possui uma carta no baralho certeira e o nome dela é Tom Hanks. Conhecido sempre como o queridinho da América, Hanks pelo visto está cada vez mais aceitando papéis que realmente tem a ver com a sua idade atual e se destacando em filmes recentes como, por exemplo, “Elvis” (2022). Aqui neste caso vemos ele interpretar um senhor de idade pouco sociável, para não dizer insuportável, mas que esconde para si dores emocionais da qual o seu próprio corpo não pode mais suportar.
Gradualmente, o diretor nos apresenta esse curioso personagem das formas mais ousadas, desde a ficar mandando as pessoas a seguirem as regras do local onde ele vive, como também pelo fato dele sempre estar tentando se matar, mas sempre acontece algo para o impedir. É notório que Hanks se esforça ao máximo para aparentar ser uma pessoa amarga dentro de si, mas ao mesmo tempo nos passando uma noção de como o seu personagem pede por ajuda, mesmo quando não deseja a mesma. A vizinha Marisol, interpretada com intensidade por Mariana Treviño, se torna a solução para os seus problemas, mesmo quando ele nunca admita.
Ambos em cena possuem uma química deliciosa para ser assistida, pois são duas pessoas completamente diferentes uma da outra, mas que acabam se ajudando para enfrentar certos obstáculos da vida. Por conta disso, o filme transita entre momentos dramáticos para o mais puro humor inocente e sendo algo cada vez mais raro no cinema americano e do qual realmente funcione. É aquele típico filme que até mesmo já tenhamos uma noção de como irá terminar, mas ficamos na poltrona para podermos testemunhar.
Curiosamente, o filme dá ainda espaço com relação aos assuntos espinhosos de hoje, desde ao fato das pessoas se encontrarem cada vez mais dependentes com as suas tecnologias, como também cada vez se tornando mais desumanas. Além disso, há também a questão do preconceito, seja com relação às pessoas mais velhas, como também aquelas que decidem ser elas mesmas, mas que são abandonadas por suas pessoas mais próximas. O protagonista, por suas vez, entende isso na pele, principalmente com relação ao seu doloroso passado, mas que obtém uma nova luz quando abre a sua porta para o desconhecido.
O Pior Vizinho do Mundo é uma boa comédia dramática que estava fazendo falta no cinemão norte americano, mesmo sendo uma refilmagem de um grande sucesso estrangeiro.
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