Com boas atuações da dupla central Karen Gillan e Brenton Thwaites, “O Espelho” é um ótimo filme de terror que me passou desapercebido durante o seu lançamento.
Título: O Espelho |
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Ano de Produção: 2013 |
Dirigido Por: Mike Flanagan |
Estreia: 03 de julho de 2014 |
Duração: 1h 40min |
Classificação: 16 anos |
Gênero: Terror |
País de Origem: EUA |
Sinopse: Tim (Brenton Thwaites) e Kaylie (Karen Gillan) são dois irmãos traumatizados pela morte inexplicada dos pais. Quando Tim sai de um hospital psiquiátrico, após anos internado, ele tem certeza de que a causa da tragédia familiar é um grande espelho que acompanha a família há séculos. Cercados por fenômenos paranormais, os dois tentam provar que o objeto é o verdadeiro responsável pela sangrenta história de seus ascendentes. |
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NARRATIVA
De nome, Mike Flanagan não é popular na roda da cinefilia que curte filmes da nova onda do horror da última década, iniciada por James Wan com sua franquia “Invocação do Mal” (2013) e cujo os seus filmes possuem as velhas fórmulas de se fazer terror ao ser usado efeitos práticos do cinema vindo do passado.
Porém, é dele títulos como “Ouija – Origem Do Mal” (2016) e das séries de enorme sucesso como “A Maldição da Residência Hill” (2018), “A Maldição da Mansão Bly” (2020) e o recente “Missa da Meia Noite” (2020). Lançado há a mais de dez anos, “O Espelho” (2013) foi o seu primeiro grande filme e que, sinceramente, me passou a desapercebido, mas que valeu a pena tê-lo descoberto.
O filme conta a história de Tim (Brenton Thwaites) e Kaylie (Karen Gillan), dois irmãos traumatizados pela morte inexplicada dos pais. Quando Tim sai de um hospital psiquiátrico, após anos internado, ele tem certeza de que a causa da tragédia familiar é um grande espelho que acompanha a família há séculos. Cercados por fenômenos paranormais, os dois tentam provar que o objeto é o verdadeiro responsável pela sangrenta história de seus ascendentes.
SEMELHANÇA COM O “INVOCAVERSO”?
Em um primeiro momento o filme parece não ser muito diferente de diversas obras que vieram posteriormente devido ao sucesso de “Invocação do Mal” e de “Sobrenatural” (2010), sendo ambos de James Wan. Porém, Mike Flanagan parece ter se dado conta da tendência que estava acontecendo dentro do gênero, mais precisamente com o surgimento do subgênero “pós terror”, do qual alguns títulos como, por exemplo, o incrível “Midsommar”(2019) se envereda mais para o horror psicológico do que para o convencional. “O Espelho” possui as velhas fórmulas de sucesso dos filmes citados acima, porém, até isso acontecer, o filme é construído para pensarmos exatamente ao contrário.
Esse pensamento se fortalece ainda mais com a presença dos dois irmãos, sendo que Tim estava internado em um manicômio após o último evento trágico, enquanto a sua irmã Kaylie se tornou obcecada em provar que o espelho é amaldiçoado. Juntos em cena, ficamos desconfiados a todo momento se tudo não passa de um delírio dos dois protagonistas, ao ponto que após se reencontrarem ambos participam de um teste mortal com relação ao espelho e que podem leva-los para um caminho sem volta. É neste momento, por exemplo, que o filme vira uma mistura de “Invocação do Mal” com “Jogos Mortais” (2004), mas as comparações param por aqui.
DIREÇÃO
O grande feito de Mike Flanagan é criar uma linha narrativa em que o passado e presente se entrelaçam e fazendo com que ambos os eventos trágicos, mesmo separados por alguns anos, se conectem de uma forma surpreendente. A edição é outro grande feito da produção, fazendo com que, tanto os protagonistas do presente, como também quando eles eram crianças no passado, participem do mesmo cenário e criando um verdadeiro jogo de cena caprichado. Tudo isso para ser encaminhado para um final imprevisível e que não sairá da mente do cinéfilo tão cedo.
VEREDITO
Com boas atuações da dupla central Karen Gillan e Brenton Thwaites, “O Espelho” é um ótimo filme de terror que me passou desapercebido durante o seu lançamento, mas que valeu a pena finalmente tê-lo conhecido.
Onde Assistir: Prime Vídeo.
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