Com o sucesso de Stranger Thing, a década de 1980 voltou a ser assunto entre os mais saudosistas, e enquanto a terceira temporada de ST ainda está sendo gravada, para que os fãs não fiquem órfãos, nós do Teoria-Geek montamos um catálogo com as melhores séries dessa época que marcou gerações.
21 – MacGyver (1985 – 1992; 5,1/10 IMDb):
MacGyver (“Profissão: Perigo” no Brasil), foi um dos personagens mais icônicos dos anos 80 e virou referência pop. O personagem ficou famoso por ter uma mente privilegiada e conseguir, por exemplo, montar bombas e armas mortais com clipes de papel, lápis e chiclete. Os tempos ingênuos (e censurados) de 1980 omitiam qualquer referência sobre drogas na versão brasileira. O diálogos falavam sobre “muamba”, mas nunca sobre cocaína, maconha ou heroína.
20 – Manimal (1983; 6,6/10 IMDb):
Exibida pela NBC, a produção contava a história de Jonathan Chase, um homem que era capaz de se transformar em qualquer animal que desejasse. Ele ajudava a detetive Mackenzie a resolver alguns mistérios que aconteciam na cidade. Manimal se destacava pelos ótimos efeitos especiais de transformação – que estavam em moda depois do videoclipe Thriller, de Michael Jackson. Embora a série tenha durado apenas uma temporada com oito episódios, Manimal se tornou aquelas produções queridas, especialmente entre as crianças dos anos 80.
19 – Punky, A Levada da Breca (1984 – 1988; 6,6/10 IMDb):
Punky Brewster (“Punky, A Levada da Breca”, no Brasil), é uma garota engraçada e bem humorada, abandonada (supostamente) por seus pais. O pai de Punky deixou a família quando ela tinha dois anos, e anos mais tarde, foi abandonada por sua mãe, que a levou até um supermercado (shopping center na dublagem brasileira) em Chicago e desapareceu. Punky então fica sozinha, apenas com a companhia do seu cão Pinky (Brandon, no original). Logo depois, ela descobre um apartamento vago em um prédio local e passa a viver lá. O prédio era gerenciado pelo fotógrafo Arthur Bicudo (Henry Warnimont), um senhor viúvo. Quando Arthur descobre Punky no apartamento vazio adjacente ao seu, ele ouve a história da garota e se emociona, tornando-se um pai para a garota, adotando-a mais tarde. Devido a dificuldade de comportamento da garota, a série é repleta de trapalhadas e situações inusitadas.
18 – Casal 20 (1979 – 1984; 6,7/10 IMDb):
O nome da série acabou virando bordão para os casais cheios de afinidade. Sucesso de público em quase todos os países em que foi exibido, Casal 20 ganhou esse título no Brasil porque a tradução literal de Heart to Heart não faria sentido. Como a atriz Bo Derek estava fazendo sucesso com o filme Mulher Nota 10, tiveram a brilhante ideia de juntar um homem nota dez com outra mulher nota dez, formando um casal 20. Criada pelo escritor Sidney Sheldon, a série apresentava Jonathan e Jennifer Hart, um casal milionário que a cada episódio acabava se envolvendo com algum crime misterioso, um caso de espionagem ou um assassinato.
17 – Arnold (1978 – 1986; 6,7/10 IMDb):
Diff’rent Strokes (no Brasil: “Branco & Negro”, no Retro Channel, “Minha Família é uma Bagunça”, na Nickelodeon e no SBT, “Arnold”), é uma comédia estrelada por Gary Coleman como Arnold Jackson e Todd Bridges como o seu irmão mais velho, Willis Jackson. Eles são duas crianças negras de uma região pobre no Harlem cuja mãe falecida trabalhou previamente para um viúvo rico branco, Phillip Drummond (Conrad Bain), que acabou por adotá-los. Eles vão morar em um apartamento em uma cobertura localizada na Park Avenue com Drummond, com sua filha Kimberly (Dana Plato), e sua empregada que no momento era Edna Garett (Charlotte Rae).
16 – Super Máquina (1982 – 1986; 6,9/10 IMDb):
Knight Rider (pt: “O Justiceiro” e br: “A Super Máquina”) foi estrelada por David Hasselhoff, como Michael Knight, um tipo de cavaleiro andante dos dias atuais, que dirigia um carro com avançada tecnologia e personalidade própria, adquirida a partir do desenvolvimento de uma inteligência artificial, motivo pelo o qual a série fez tanto sucesso na época, inovando ao colocar um carro falante como personagem.
15 – Super Vicky (1985 -1989; 7,1/10 IMDb):
Small Wonder, lançado no Brasil como “Super Vicky”, é uma andróide com a aparência de uma menina de 10 anos, que vive junto a uma típica família de humanos. Seu nome verdadeiro é V.I.C.I. (Voice Input Child Indenticant). Ela foi construída pelo engenheiro Ted Lawson, especialista em robôs. A robozinha parecia uma menina comum, mas a vizinhança mesmo achando que ela era filha legítima do casal Lawson, andavam desconfiados do jeitão esquisito de Vicky, principalmente a abelhuda Harriet Brindle (Emily Schulman), uma garotinha chata que morria de amores por Jamie Lawson.
14 – Anjos da Lei (1987 – 1991; 7,3/10 IMDb):
21 Jump Street (“Anjos da Lei”, no Brasil), fez parte do pacote de estreia do canal Fox, inspirada em um programa real da polícia de Los Angeles que desde o final dos anos 50 usava policiais jovens infiltrados em colégios e faculdades e que já havia rendido um sucesso, a revolucionária Mod Squad, criada por um dos policiais que havia trabalhado no programa, Bud Ruskins. E se hoje Johnny Depp amarga filmes ruins com escândalos tenebrosos, no final nos anos 1980 ele despontava como um dos atores mais promissores da época, graças a este seriado.
13 – Alf, o ETeimoso (1986 – 1990; 7,4/10 IMDb):
ALF, acrônimo da expressão inglesa Alien Life Form (“forma de vida alienígena”) cujo nome real é Gordon Shumway (Paul Fusco), do planeta Melmac, segue um sinal de rádio amador para a Terra e acaba caindo na garagem da casa da família Tanner. Os Tanner são uma típica família de classe média em Riverside, Califórnia. Sem saberem ao certo o que fazer, os Tanner levam ALF para casa e o escondem da Alien Task Force (um grupamento do exército que procura extraterrestres) e de seus vizinhos intrometidos, até que ele possa reparar sua nave espacial. Ele torna-se um membro permanente da família, embora o choque cultural, a solidão e a saudade de casa frequentemente causem problemas aos Tanner.
12 – Miami Vice (1984 – 1990; 7,5/10 IMDb):
A série passa-se na cidade de Miami e gira em torno de dois policiais, interpretados pelos atores Don Johnson e Philip Michael Thomas. Retrata o submundo dos cartéis, corrupção e tráfico de droga.
11 – Magnum (1980 – 1988; 7,5/10 IMDb):
Magnum, P.I. surgiu quando a CBS decidiu que deveria desenvolver um projeto que aproveitasse os equipamentos da série Havaí 5-0, que foi um seriado de muito sucesso nos anos 60 e 70. Magnum era um seriado de contradições e talvez por isso até os dias atuais não tenha sido bem compreendido. Era uma série de ação, mas que não abdicava de uma trama quase sempre inteligente e bem-humorada. Passava-se em um cenário paradisíaco (as praias do Havaí) e exaltava o hedonismo do protagonista (um apaixonado por belas mulheres, camisas florais, cerveja e vôlei), mas não deixava de ressaltar cicatrizes (físicas e morais) que a violência havia deixado em Thomas Sullivan Magnum, um ex-oficial da Inteligência Norte-Americana que se desligara da Marinha dos EUA para se tornar jardineiro e investigador particular nas horas vagas.
10 – Esquadrão Classe A (1983 – 1987; 7,6/10 IMDb):
The A-Team é uma série de televisão americana, exibida originalmente pela rede de televisão NBC, sobre um grupo fictício de ex-comandos do Exército dos Estados Unidos que atuavam como mercenários, utilizando práticas comuns da Guerra do Vietnã. Missão por missão, cada membro do grupo tem sua função específica, que se articulam para realizar os planos malucos do Coronel Hannibal.
09 – A Gata e o Rato (1985 – 1989; 7,6/10 IMDb):
Moonlighting (A Gata e o Rato em terras tupiniquins) foi a responsável por lançar Bruce Willis ao estrelado junto com Cybill Shepherd, que interpretaram uma dupla de detetives privados. A série era uma mistura de comédia, drama e romance e acabou se tornando em um dos maiores clássicos das séries de detetives e casais.
08 – Cheers (1982 – 1993; 7,8/10 IMDb):
Cheers é a sitcom americana de Charles-Burrows-Charles Productions em associação com a Paramount Television para a NBC. Apesar de ter demorado um pouco a consolidar-se, aos poucos a série foi ganhando público e crítica e se tornou um dos seriados mais longos da época. Cheers era o nome de um bar de Boston, onde um grupo de pessoas conhecidas vinham para sentar, beber, contar fatos malucos, reclamar e contar piadas. O dono do bar era Sam Malone (Ted Danson), um ex-jogador de beisebol do Boston Red Sox e também muito famoso por ser “meio-galinha”, além de ser obcecado pelo seu cabelo.
07 – Caverna do Dragão (1983 – 1985; 8,0/10 IMDb):
Sem dúvida a maior frustração das crianças da década de 1980 (e das seguintes) foi o cancelamento da série sem um episódio final, embora o roteiro oficial tenha sido criado. Dungeons & Dragons (“Caverna do Dragão” BRA ) é uma série de animação coproduzida pela Marvel Productions, TSR e Toei Animation, baseada no jogo de RPG homônimo.
06 – Anos Incríveis (1988 – 1993; 8,3/10):
O adulto Kevin Arnold (Daniel Stern – narrador) relembra de seu tempo de adolescência (vivido por Fred Savage), que passou no final da década de 1960 e início de 1970. Da adolescência à vida adulta, com o melhor amigo Paul (Josh Saviano) e a namorada de tempos em tempos, Winnie (Danica McKellar), ele passa pelas tentativas e pelos traumas que fazem parte da vida de todo ser humano.
05 – Chaves (1971 – 1980; 8,4/10. IMDb):
Sim, eu sei, El Chavo Del Ocho é um seriado da década de 1970, mas como ele aportou em solo nacional em 1984, não podia deixá-lo de fora, afinal, no Brasil talvez nenhuma série reverbere tanto os anos 80 como Chaves –e pensar que o “dono do baú” não queria o seriado…-, que ainda hoje é um fenômeno cultural, de audiência e público.
04 – Changeman (1985 – 1986; 8,5/10 IMDb):
Embora não tenha feito muito sucesso no Japão, Changeman marcou uma geração de crianças no Brasil. Exibido originalmente pela extinta TV Manchete, o seriado conquistou o público pelo carisma dos heróis as empresas num momento em que nada de novo no gênero estava aparecendo na televisão brasileira. A última invasão japonesa havia acontecido em 1960, com Nacional Kid.
03 – Jaspion (1985 – 1986; 8,5/10 IMDb):
Assim como Chageman, Jaspion fez muito mais sucesso no Brasil do que em seu país de origem, o Japão. O interessante de Jaspion era que, além das lutas, as histórias iam ficando mais sérias perto do fim. A personalidade e o visual do personagem iam ficando mais maduros com o passar dos episódios, para que os jovens sentissem o peso da responsabilidade de envelhecer.
02 – Jiraiya, O Incrível Ninja (1988 – 1989; 8,6/10 IMDb):
Sekai Ninja Sen Jiraiya, traduzido como Guerra Mundial dos Ninjas Jiraiya e lançado no Brasil sob o título de Jiraiya: O Incrível Ninja é uma série de televisão japonesa do gênero tokusatsu, pertencente ao gênero Metal Hero. A série diferenciou-se de suas antecessoras por quebrar o padrão das séries anteriores na qual está inserida, introduzindo um herói sem superpoderes e utilizar como temática a tradição japonesa dos ninjas, até então nunca explorada nos Metal Heroes.
01 – Os Simpsons (1989 – ; 8,7/10 IMDb):
Os Simpsons despensam apresentações, a família amarela mais famosa do mundo conquistou seu espaço por fugir do padrão exigido pela sociedade conservadora. Cheia de personagens que tiram sarro de todos os paradigmas sociais, essa série parece boba, parece cheia de palavrões e sem escrúpulos, mas é nesses detalhes que surgem as críticas e a forma bizarra, e inteligente, de falar como o mundo funciona segundo as regras pré definidas.