Filme biográfico sobre a dupla Claudinho e Buchecha, que encantou e chocou o país nos anos 90 traz mensagem positiva em homenagem ao membro falecido em alta qualidade.
Título: Nosso Sonho |
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Ano de Produção: 2023 |
Dirigido Por: Eduardo Albergaria |
Estreia: 21 de setembro de 2023 |
Duração: 1h 20min |
Classificação: 12 anos |
Gênero: Biografia, Drama, Músical |
País de Origem: Brasil |
Sinopse: “Nosso Sonho” é uma cinebiografia de “Claudinho e Buchecha”, dupla de maior sucesso do funk melody nacional de todos os tempos e ícone máximo do gênero na música brasileira.
A história de uma amizade que se transforma em força de superação e conquista. Um filme que mostra como o ritmo e a poesia da periferia conquistaram o Brasil. Uma história real repleta de fantasia. Um musical, emocionante e divertido, feito de drama e tragédias, mas também de humor, surpresas e redenção. |
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História Emocional
Quem viveu os anos 90 no Brasil, provavelmente chegou a ouvir alguma das músicas da dupla Claudinho e Buchecha, que trazia romantismo e humor, em um dos raríssimos funks brasileiros sem palavrão e sem palavras de baixo calão. A dupla aqui é retratada tanto em sua infância, quando se conheceram, quanto em sua época de ascensão musical, e o que ocorreu após a tragédia que separou a dupla para sempre.
Curiosamente, há poucos, muito poucos mesmo, detalhes que ficaram estranhos, como itens de época errada em cena, o que não estraga nem um pouco a experiência do filme. O que muitos podem acabar estranhando é a escolha dos atores em relação à aparência. O ator que faz o Claudinho é a cara do Buchecha, e vice-versa, o que pode deixar o espectador um tanto confuso, mas, ambos conseguem fazer um show de atuação. O pai de Buchecha ficou muito parecido com o da vida real.
Recontando Lembranças
A linearidade do filme é contada com futuro e passado em flashbacks bem colocados, e a fotografia do filme traz o aspecto estético que traz a sensação de que você está viajando junto dos personagens entre os períodos em que as situações ocorrem.
Temos aqui uma história contada de forma poética, mostrando bem a personalidade de ambos, mas, focando mais no falecido Claudinho, e no quanto ele foi importante na vida pessoal e profissional de todos à sua volta. Aliás, uma homenagem digna, que faz jus à amizade que tiveram.
A Música Conta Tudo
A trilha sonora consegue ajudar a contar tanto os acontecimentos quanto trazer memórias curiosas, assim como também como foi a evolução na vida de cada um que fez parte da história. As canções foram bem escolhidas, tanto para as transições entre as cenas, quanto na forma que foram mostradas.
O cuidado em relação à poética das cenas, para costurar tudo, e mostrar que, para Buchecha, Claudinho foi um anjo, em mais de um sentido, na vida dele. Salvou sua vida, literalmente, várias vezes, além de ter feito coisas que coincidiriam com seu falecimento.
Mistérios & Curiosidades
Na vida real, vários fatos mostrados, foram considerados por muitos fãs como “avisos” ou mesmo “premonições”, sobre a morte de Claudinho, como ele pedir para seu amigo dar de presente para sua filha os CDs autografados quando ela fizesse 15 anos, ou mesmo a letra que diz “Buchecha sem Claudinho”, lançada antes do fim trágico. há quem diga que ele já sabia que algo estava para acontecer com ele, e por isso ele fez o que fez, e na sua última viagem, preferiu não viajar no mesmo veículo de seu amigo e protegido, Buchecha.
Buchecha, quando trabalhou de boy/entregador, realmente acabou conseguindo alguns autógrafos como mencionado no filme, e um deles, Lulu Santos, acabou permitindo (e até fazendo participação especial) em uma versão da dupla de uma música dele.
Assista o trailer:
Veredicto
O filme é bem emocional, com roteiro bem amarrado, um ótimo destaque em qualidade, e merece ser visto no telão do cinema, e pode marejar um pouco os olhos em algumas cenas, e fazer dar risadas em outras, pela irreverência e carisma dos atores mostrando bem o contraste na vida pessoal da dupla, além de ter cenas de arquivo pessoal de família nos créditos finais, que podem emocionar.
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