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New Tales from the Borderlands I Confira nossa review

New Tales from the Borderlands nos leva para um mundo emocionante e repleto de bom humor.

New Tales from the Borderlands - Teoria Geek
Ficha Técnica
Desenvolvido por: Gearbox Software
Publicado por: 2K
Gênero: Aventura
Série: Borderlands
Lançamento: 21 de outubro de 2022
Classificação indicativa: 18 anos
Modos: 1 Jogador
Disponível para: PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X e Series S, Nintendo Switch e PC

 

Antes de mais nada, é importante que você saiba que um dos aspectos que mais gosto em um jogo é sua narrativa, aquela trama capaz de nos envolver o suficiente para darmos um sorriso e quase chorarmos.

New Tales from the Borderlands consegue fazer isso de forma satisfatória, seja por seus personagens carismáticos, visual arrojado ou ainda, pelo seu nível de piadas (talvez um pouco exagerado) na história.

Da esquerda para direita: Ock, Fran e Anu.

Os Perdedores

Nós controlamos três personagens desconhecidos, e que por assim dizer, não exigem que você tenha jogado outros títulos para compreender sua história. Esses indivíduos possuem cada qual suas próprias personalidades e talentos que tornam o enredo rico em diversidade. São eles:

Anu: Uma cientista insegura e petulante que sonha em deixar sua marca, mudando o mundo para melhor com alguma grande invenção.

Ock: Irmão adotivo de Anu, é em tese um ladrão que sonha em montar seu próprio negócio, mas não é lá muito inteligente.

Fran: Uma vendedora de iogurte pansexual com sérios problemas emocionais no controle da raiva.

Outros personagens secundários colaboram de forma positiva na história.

As Escolhas

Como de costume, a história dos nossos “perdedores”, é contada separadamente, mas elas se cruzam por diversos momentos exigindo um certo trabalho em equipe. Essa conexão entre os personagens é adquirida conforme criamos um bom entrosamento entre eles. Uma má ou boa pontuação, pode afetar o rumo da história. Porém, nenhuma escolha até o final do game parece impactar de forma gritante, fazendo com que você sinta que o roteiro, não é tão maleável assim.

É realmente nostálgico poder experimentar um jogo espiritualizado nos jogos da Telltale depois de tantos anos, principalmente com legendas em PT-BR que garantem uma total compreensão do que se está acontecendo. Além disso ele também é dividido em 5 capítulos, mas felizmente eles estão todos ali e a gente não precisa esperar a próxima semana para descobrir o que irá acontecer.

Cada personagem possui um acessório que ajuda na aventura.

Os jogos interativos de escolha precisam não só de uma boa história, mas de bons momentos de interação, e esse é o principal pecado de New Tales from the Borderlands. Existe narrativa em excesso, com pouquíssimas interações que impactariam nossa campanha. Você praticamente está assistindo um filme estático na maioria das vezes.

Poucas Ações

É possível dizer que a Gearbox Software acertou no número de piadas, pois o jogo é muito engraçado (principalmente nas cenas sangrentas) e possui diversas referências que um bom entendedor vai conseguir dar risada – referências de outros jogos e até filmes conhecidos da galera nerd.

Existe um jogo dentro do jogo chamado de: Arcadeiros.

O que faltou foram mais cenas de ação com interação para deixar tudo mais equilibrado e divertido. São poucas vezes que você consegue andar com os personagens e interagir com os cenários, menos vezes ainda onde é possível errar as QTEs, já que são absurdamente fáceis. Mas entenda, New Tales from the Borderlands consegue trazer bastante emoção nas poucas situações críticas que cria, elas são só realmente, poucas.

É perceptível que tentaram remediar a falta de confrontos com os Arcadeiros, que são figuras de ação que você pode achar no cenário ou ganhar de rivais, cada uma possui habilidades específicas que podem favorecer ou não seu confronto com outras figuras.  Esses duelos são realmente hilários, porém a mecânica das batalhas é tão simples que não exige habilidade suficiente para que a curtição se mantenha estável. É algo bem divertido, até não ser mais.

Os cenários variam bastante, entre: cidade, espaço e diversos ambientes fechados.

Parte Técnica

New Tales from the Borderlands roda liso e com uma boa performance no PlayStation 5. O jogo está realmente bonito, utilizando o traçado já característico do mundo de Borderlands. Diversos figurinos arrojados para alterarmos os visuais dos personagens também se fazem presentes para estilizarmos nossa campanha e a deixarmos ainda mais rica em detalhes.

Já a trilha sonora possui momentos “animais” e outros extremamente cômicos, se enquadrando bem a trama.

Entretanto, o DualSense mais uma vez não é aproveitado como deveria, mas se tratando de um jogo narrativo, sua ausência não é tão sentida assim.

New Tales from the Borderlands: Vale a pena?

Vale, se você estiver ciente de que o jogo peca em interação, mas garante uma história divertida e até mesmo imersiva. Porém, se procura algo com boas pitadas de emoção, inovações e destinos altamente maleáveis, pode ficar frustrado.

Dessa forma, New Tales from the Borderlands consegue agradar e até matar a saudade dos bons jogos interativos. Mas está longe de obter as glórias que esse nicho já teve no passado.

O recomendado é esperar uma promoção, até porque o jogo é curto, e deve durar umas 10 horas no máximo.


Cópia de imprensa disponibilizada gratuitamente para PlayStation 5 pela 2K para a elaboração desta análise.

Depois de tudo o que passamos juntos. De tudo o que eu fiz. Não pode ser em vão. Permaneça conosco.

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